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Educação Superior ultrapassa meta e chega a três m
Programa de 1998 pretendia atingir a marca de 2,7 milhões de alunos em 2002
A Educação Superior brasileira atingiu a marca de três milhões de matrículas em 2001. O número é 43% maior do que o registrado em 1998. Com essa expansão, o Ministério da Educação ultrapassou, antes do prazo, a meta estabelecida no Programa Avança Brasil: os novos desafios do ensino superior, de 1998, que pretendia chegar a 2,7 milhões de alunos em 2002, com um aumento de 30%.
Censo Superior |
A matrícula na Educação Superior cresceu 13% de 2000 para 2001. De 1994 até o ano passado, o aumento foi de 82%, um incremento de mais 1,3 milhão de alunos. Naquele ano, 1,7 milhão de estudantes freqüentavam os cursos de graduação. Os dados constam do Censo da Educação Superior e foram coletados juntos a 1.391 instituições de ensino que oferecem cursos de graduação.
O sistema privado, com 2.091.529 alunos, cresceu 16% em 2001. A elevação na quantidade de matrículas foi de 4% nas instituições federais, que têm 502.960 estudantes. Nos estabelecimentos estaduais, cujo número de alunos é de 357.015, o aumento chegou a 8%.
Na rede municipal, com 79.250 estudantes, ao contrário da redução de 17% apresentada em 2000, houve um incremento de 10%. Em 2000, as instituições municipais passaram por um processo de reclassificação da categoria administrativa, pois alguns estabelecimentos eram administrados pela iniciativa privada. Com isso, houve uma queda no número de matrículas.
Regiões - O ritmo de expansão da Educação Superior continua acentuado na região Norte. Em 2001, a matrícula cresceu 23%, totalizando 141.892 alunos na graduação. É o maior crescimento registrado na região na última década. Há dez anos, 51.821 estudantes da região estavam matriculados em cursos de graduação. No Sudeste, com 1.569.610 alunos, o aumento em 2001 foi de 12%.
Nas demais regiões o crescimento é menor que o registrado no ano passado. No Centro-Oeste, com 260.349 alunos, a expansão em 2001 foi de 16%, mas no ano anterior havia sido de 20%. No Nordeste, o crescimento foi de 11%, chegando a 460.315 estudantes. Em 2000, o aumento foi de 16%. No Sul, com um total de 601.588 matrículas, a elevação foi de 11% contra os 15% do ano anterior.
Censo mostra crescimento maior nas capitais
Os estabelecimentos situados nos municípios do interior, depois de cinco anos consecutivos com taxas de crescimento de matrícula mais elevadas dos que as instituições localizadas nas capitais do País, apresentaram índice de expansão menor em 2001. Enquanto a matrícula nas capitais subiu 13%, no interior o aumento foi de 12%. Mas o interior continua concentrando a maioria da matrícula: 53%. Dos estudantes da graduação, 1.619.260 estão no interior e 1.411.494 nas capitais.
Também constituem a maioria, os alunos que estudam no período noturno. Eles já representam 57% do total da matrícula. Dos estudantes da graduação, 1.734.936 estudam a noite e 1.295.818 no período diurno. A tendência é que essa diferença se acentue ainda mais. Em 2001, enquanto a matrícula do noturno cresceu 15%, a do diurno expandiu 9%.
De cada 100 estudantes da rede pública, 36 estão matriculados no período noturno. Em 2001, o crescimento da matrícula no turno da noite foi de 9% e no diurno, 4%. Na rede privada, 67% dos alunos estão em cursos noturnos.
Quanto à distribuição da matrícula por sexo, o Censo da Educação Superior mostra um crescimento equilibrado em 2001. O número de alunos homens aumentou 12% e o de mulheres, 13%. As estudantes, como nos anos da última década, mantêm-se como maioria nos cursos de graduação, representando 56% do total do alunado.
Número de ingressantes bate recorde em 2001
As instituições de Educação Superior receberam mais de um milhão de novos alunos em seus cursos de graduação durante o ano passado, um índice 16% maior do que o de 2000. Apesar de não ter sido o maior índice de crescimento dos últimos anos (em 1999 foi de 20,9%), o sistema teve o maior aumento na quantidade de ingressantes em números absolutos.
Em 2001, o número de ingressantes foi 124% maior do que o registrado em 1994. De lá para cá, quase cinco milhões de estudantes ingressaram na graduação. Desde 1995, a taxa média anual de ingressantes é de 13%.
O maior número de ingressos, em 2001, foi na rede privada: 793 mil alunos, com um crescimento de 19%. Na rede federal, que recebeu, no ano passado, 121 mil novas matrículas, o crescimento foi de 3%. A rede estadual houve 97 mil ingressos, uma expansão de 6%. A rede municipal, após apresentar queda em 2000, voltou a aumentar o número de ingressantes e ganhou mais 26 mil alunos, com elevação de 10%.
O aumento de ingressantes no ensino superior é conseqüência da expansão de concluintes do ensino médio: Em 2000, mais de 1,8 milhão de estudantes terminaram a Educação básica. Também pressionam por mais oferta de vagas as pessoas que já concluíram o ensino médio em anos anteriores e buscam espaço na graduação.
Idade - Os dados do Censo da Educação Superior mostram que o maior índice de crescimento do número de ingressantes na graduação foi entre os estudantes com 50 anos de idade ou mais. Em 2001, entraram 23% a mais de alunos nessa faixa etária do no ano anterior, totalizando quase 11 mil novos matriculados. No conjunto de todas as faixas etárias, o aumento foi de 16%. Entre os alunos de 24 anos ou menos, a elevação do número de ingressantes foi de 15%.
A entrada de pessoas com mais de 50 anos na Educação Superior evidencia a importância que a sociedade tem demonstrado em relação à formação continuada. Dados do questionário-pesquisa respondido pelos alunos participantes do Provão detectam a pretensão da maior parte dos estudantes em prosseguir os estudos.
Diploma para mais 395 mil
De acordo com o Censo mais de 395 mil estudantes concluíram a graduação em 2001. O número é 12% maior do que no ano anterior. A quantidade de concluintes em 2001 foi 61% maior que em 1994. O levantamento contabiliza quase 2,2 milhões de formados de 1995 a 2001.
Esta é a primeira vez que se divulga o número de concluintes do mesmo ano da coleta. Até o levantamento de 2000, os dados de formados eram sempre referentes ao ano anterior ao pesquisado.
Na rede privada, houve 263 mil concluintes, 12% a mais do que em 2000. Nas instituições estaduais, o aumento foi de 18%, totalizando 55 mil formados. Nas federais, foram 65 mil, 12% a mais do que a registrada no ano anterior. Nos estabelecimentos municipais, foram 12 mil formados, um aumento de 7%.
As regiões Nordeste e Sul tiveram o maior índice de elevação do número de concluintes, cerca de 17%. O Norte e Centro-Oeste apresentaram crescimento de 14%. No Sudeste, o aumento foi de 10%.
Ritmo de expansão dos cursos desacelera
O Censo da Educação Superior identificou uma redução no ritmo de crescimento do número de cursos. Em 2001, a quantidade de cursos de graduação aumentou em 15%, totalizando 12.155. No ano anterior, a elevação foi de 19% e, em 1999, chegou a 28%, o maior índice dos últimos dez anos.
Esse cenário é percebido em todas as redes de ensino, com a exceção da municipal, onde o crescimento, de 11%, foi maior do que nos anos anteriores, quando ocorreu o processo de reclassificação da categoria administrativa. No sistema federal, há 2.115 cursos, um número 6% maior do que o registrado em 2000. Nas instituições estaduais, com 1.987 cursos, o aumento foi de 13%, e nos estabelecimentos privados, a elevação chegou a 18% totalizando 7.754 cursos.
A quantidade de cursos ofertada pelas instituições de ensino superior ampliou em 118% no período de 1994 a 2001, possibilitando que mais estudantes tivessem acesso à graduação. O sistema estadual foi o que mais se expandiu e apresenta um índice de crescimento de 158%. Em seguida, está a rede particular, com aumento de 146% em oito anos. O número de cursos das instituições federais foi ampliado em 66%.
Instituições - O Censo da Educação Superior registrou 1.391 estabelecimentos de ensino em 2001. O aumento foi de 18% em relação ao ano anterior. De acordo com o levantamento, há 67 instituições federais, 63 estaduais, 53 municipais e 1.208 privadas. Desde 1994, o número de estabelecimentos de ensino superior cresceu 63%, com a implementação de 540 novas instituições.
O levantamento mostra que o crescimento na rede privada, em 2001, foi de 20%, na federal, de 10%, na estadual, de 3%, e a rede municipal apresentou diminuição de 2% no número de instituições. Entre as oito instituições públicas de ensino superior que aparecem pela primeira vez no Censo, seis são federais e duas estaduais. Alguns desses estabelecimentos já existiam antes de 2001, mas começaram a participar do levantamento no ano passado.
Número de professores é ampliado
O Censo contou 204.106 docentes em exercício na Educação Superior, uma ampliação de 11% em relação ao 2000. O índice de crescimento foi bem acima dos registrados nos últimos dois anos anteriores, quando o aumento ficou em torno de 5%.
Nas instituições federais, o número de professores voltou a crescer depois de apresentar índice negativo em 2000. São 45.058 docentes, um aumento de 3%. Nas demais redes também houve aumento, principalmente na rede privada, onde a expansão chegou a 17,5%, totalizando 122.806 docentes.
O levantamento mostrou também que continua o crescimento da participação dos professores com pós-graduação no conjunto dos docentes do ensino superior. Eles, que desde 2000 passaram a ser maioria, representam 53,5% do total, de acordo com o Censo. Dos professores em exercício, 65.265 têm o mestrado e 44.022, doutorado. Em 94, 39% dos professores eram mestres ou doutores.
A relação entre número de estudantes por professor, em 2001, manteve-se estável em relação ao ano anterior. São em média 15 alunos por docente. Nas instituições federais e estaduais, a proporção é de 11 estudantes por professor e, na rede privada, de 17.
Começa hoje coleta do Censo de 2002
Tem início hoje, 20, a coleta do Censo da Educação Superior de 2002. O levantamento será feito até o dia 31 de março e deve ser respondido por todas as instituições que ofertam cursos de graduação com atividades iniciadas até 30 de outubro de 2002.
O questionário deve ser respondido via Internet, no endereço www.inep.gov.br . Para acessar, os estabelecimentos de ensino deverão utilizar as senhas enviadas pelo Inep.
Os estabelecimentos deverão indicar um pesquisador institucional, com a responsabilidade da coleta de dados e do preenchimento do Questionário Eletrônico. O pesquisador também deverá efetuar a atualização do cadastro da instituição.
De acordo com a portaria que regulamenta o Censo, o preenchimento do questionário é pré-requisito para que o estabelecimento de ensino possa inscrever alunos no Exame Nacional de Cursos, o Provão, e solicitar a Avaliação das Condições de Ensino e a Avaliação Institucional.
Assessoria de Comunicação do Inep