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Censo educacional indica melhoria do fluxo escolar
Levantamento de 2001 mostra crescimento do número de matrículas e turmas nas séries conclusivas do ensino fundamental e médio
O crescimento do número de turmas nas séries conclusivas de educação básica é um indicativo da melhoria do fluxo escolar. De 1998 a 2001, houve um aumento de 16 mil turmas de 8ª série do ensino fundamental e 13 mil de 3ª série do ensino médio. Ao mesmo tempo, houve redução de 22 mil turmas de primeira série do ensino fundamental, etapa escolar que, a cada ano, demanda um menor número de vagas.
Em todo o ensino fundamental e médio houve aumento de 79 mil turmas, sendo 43 mil no nível secundário. Em todas as regiões houve aumento do número de turmas do ensino médio, mas o Norte e Nordeste apresentaram um crescimento bem superior às demais, chegando a 40% de 1998 a 2001. Atualmente há, nas duas regiões, 19 mil turmas a mais do que cinco anos atrás.
A variação na expansão da quantidade de turmas da educação básica do País acompanha a movimentação da matrícula. Enquanto o número de alunos nas quatro primeiras séries do ensino fundamental teve uma redução de 8% de 1998 a 2001, nas demais houve crescimento. De 5ª a 8ª série, o aumento foi de 8% e no ensino médio, 21%.
Essa mudança também é constatada no número de escolas que oferecem as primeiras quatro séries do ensino fundamental e as três do ensino médio. Na quantidade de estabelecimentos que oferecem exclusivamente de 1ª a 4ª série, houve uma redução de 12% (de 143.628 para 126.711) no período de 1998 a 2001. No ensino médio, houve aumento de 15% (de 17.602 para 20.220).
O Censo Escolar 2001 registrou 218.383 estabelecimentos de ensino e 54.362.501 alunos matriculados na educação básica - que vai da creche ao ensino médio - da rede pública e privada. O conjunto de dados está na Sinopse Estatística da Educação Básica, divulgada hoje, 24, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC). A publicação pode ser acessada no endereço www.inep.gov.br .
Séries iniciais recebem mais professores com curso superior
É cada vez menor o número de professores leigos lecionando. Nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, houve uma redução de mais de 50% na quantidade de professores que não têm, pelo menos, o ensino médio completo. Em 1998, existiam 95 mil docentes leigos contra 46 mil verificados no ano passado.
Nesse período, houve um acréscimo de 47 mil funções docentes com curso superior lecionando nas primeiras séries do ensino fundamental. Em 2001, havia 219.349 funções docentes com essa formação e, em 1998, 172.715.
Na pré-escola, também foi identificado um acentuado crescimento da participação de professores com curso superior. Enquanto o número total de funções docentes aumentou, de 1998 a 2001, em 13% (de 219.593 para 248.632), entre os que têm a formação superior, o índice foi de 40%. Houve, ainda, uma queda na quantidade de docentes com apenas o ensino fundamental e aumento entre os que têm o ensino médio.
O Censo Escolar 2001 registrou 2.341.951 docentes exercendo atividades em salas de aula de estabelecimentos de ensino que oferecem a educação básica.
No ensino fundamental, 78% dos alunos têm até 14 anos
Grande parte dos alunos matriculados no ensino fundamental tem até 14 anos de idade. Dos 35.298.089 alunos, 78% estão nessa faixa etária. Este índice é um pouco maior do que o registrado em 1998, que era de 76%.
No ensino médio, que absorveu um significativo contingente de pessoas que estavam fora da escola e de alunos que completaram o nível fundamental acima da faixa etária adequada, a situação é diferente: 54% dos estudantes têm mais de 17 anos de idade. No ensino médio, há 8.398.008 matrículas.
Em relação à idade dos estudantes, o Censo Escolar 2001 mostra que, na educação de jovens e adultos, a maior concentração da matrícula está na faixa etária de 18 a 24 anos, com 1.289.763 (34% das 3.777.989 matrículas).
Levantamento traz novos indicadores
A ampliação do questionário do Censo Escolar 2001 possibilitou o levantamento de uma série de dados que não eram coletados nos censos anteriores. Um deles é a separação dos números de rendimento escolar por turno de freqüência à escola.
De acordo com o Censo, 2.648.638 alunos terminaram o ensino fundamental em 2000. Deste total, 30% têm mais de 18 anos. No noturno, os estudantes nesta faixa etária representam 67% e no diurno, 16%.
O número de concluintes no noturno representa pouco mais de um terço (37%) dos que terminaram o curso no período diurno. O levantamento mostrou ainda que do total de concluintes no ensino fundamental a maioria (53%) é formada por mulheres.
No ensino médio, o número de concluintes foi de 1.836.130, um aumento de 38% em relação a 1997. Dos que terminaram a educação básica em 2000, estudaram no período noturno 57%. Quase a metade (49%) dos concluintes tem 20 anos de idade ou mais.
No período diurno do ensino fundamental, o Censo registrou 25.367.713 aprovações e 3.447.409 reprovações. No noturno, são 2.239.649 aprovados e 377.086 reprovados. No ensino médio diurno, o levantamento contou 3.099.180 aprovações e 278.246 reprovações. No noturno, são 2.995.715 aprovados e 333.847 reprovados.
O Censo revela, também, uma intensa movimentação de matrícula de uma escola para outra. No ano passado, os pedidos de transferências e admissões nas turmas de ensino fundamental e médio envolveram cerca de três milhões de alunos.
Escolas melhoram infra-estrutura para atender alunos especiais
Os alunos que necessitam de atendimento especial nas escolas estão ingressando cada vez mais em classes comuns do ensino regular. No período de 1998 a 2001, essa matrícula cresceu 54%, enquanto nas instituições exclusivamente especializadas para portadores de deficiência o aumento foi de 17%. É o resultado do processo conhecido como Inclusão.
A novidade, apresentada pelo Censo Escolar de 2001, é a melhoria da infra-estrutura das escolas para atender esses estudantes. A matrícula em estabelecimentos com sala de recursos aumentou em 104%, passando a atender a cerca de 38 mil alunos com algum tipo de necessidade especial nas escolas públicas e privadas do País.
Assessoria de Imprensa do Inep