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Aumenta participação feminina em cursos de engenharia
Espaço de predominância masculina, os cursos de engenharia contam cada vez mais com a participação das mulheres nos seus quadros de matriculados. É o que pode ser constatado na comparação dos dados de 1991 e 2002 do Censo da Educação Superior realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).
Em 12 anos, o número de alunas nas engenharias cresceu de 25,5 mil para 42,8 mil um aumento de 67,8%. No mesmo período, a quantidade de homens nesses cursos ampliou 38,7%. Com essa diferença, a representatividade feminina em relação ao total de matrículas subiu de 17,4% para 20,3%.
Nos cursos de Direito, falta pouco para que elas ocupem a mesma quantidade de cadeiras que os homens. Nesta área, o número de mulheres aumentou 223,2% contra 165% do alunado masculino. Em 1991, as mulheres ocupavam 43,9% das vagas e hoje, 48,9%. Em Administração, o crescimento da participação feminina foi ainda maior: passou de 41,1% para 47,4% do total ( veja tabela abaixo).
Saúde As mulheres, que em 1991 já eram maioria no conjunto de cursos de graduação, com 53,3% das matriculas, ocuparam um pouco mais de espaço nos últimos anos. Em 2002, a representatividade feminina chegou a 56,5% dos 3,5 milhões de estudantes. Esse avanço deve-se, principalmente, à expansão da quantidade de cursos na área de saúde.
Na Fisioterapia curso que mais cresceu na área de saúde , três em cada quatro vagas são ocupadas pelas mulheres. Em Odontologia, 60% das matrículas são de alunas.
Na área de humanas, em que, historicamente, existe uma predominância feminina, o cenário é de estabilidade. Em pedagogia, a participação feminina passou de 91,2% para 92,4% e em Letras, de 81,6% para 82,5%.
Formandas Em todos os níveis de ensino, as mulheres são maioria entre os concluintes. A mais significativa diferença está na educação superior, onde representam 63% dos formandos, conforme dados do Censo da Educação Superior 2002. Na distribuição da matrícula, elas são 56,5%.
No ensino fundamental, as meninas representam 53,4% dos formandos da 8ª série. Em relação ao número de alunos matriculados, somam 49% do total, segundo o Censo Escolar 2002. Já no ensino médio, elas são 57,1% dos concluintes e 54,2% das matrículas.
A comparação entre a matrícula total e o número de concluintes sugere que, em todos os níveis de educação, as mulheres têm mais persistência para permanecer no sistema de ensino e chegar até as séries finais. (João Luiz Mendes e Dulcídio Siqueira)
Participação das mulheres na matrícula da graduação - Brasil
1991 | 2002 | ||
ENGENHARIAS | Total | 146.806 | 211.009 |
Mulheres | 25.503 | 42.802 | |
% de mulheres | 17,4 | 20,3 | |
ARQUITETURA | Total | 21.881 | 44.506 |
Mulheres | 12.986 | 28.245 | |
% de mulheres | 59,3 | 63,5 | |
FISIOTERAPIA | Total | 11.379 | 78.099 |
Mulheres | 8.301 | 59.079 | |
% de mulheres | 73 | 75,6 | |
ODONTOLOGIA | Total | 30.575 | 47.716 |
Mulheres | 18.009 | 29.741 | |
% de mulheres | 58,9 | 62,3 | |
DIREITO | Total | 159.390 | 463.135 |
Mulheres | 70.015 | 226.307 | |
% de mulheres | 43,9 | 48,9 | |
ADMINISTRAÇÃO | Total | 177.838 | 454.438 |
Mulheres | 73.157 | 215.926 | |
% de mulheres | 41,1 | 47,5 | |
PEDAGOGIA | Total | 116.253 | 240.368 |
Mulheres | 106.023 | 221.998 | |
% de mulheres | 91,2 | 92,4 | |
FÍSICA | Total | 7.950 | 17.866 |
Mulheres | 1.441 | 3.769 | |
% de mulheres | 18,1 | 21,1 | |
QUÍMICA | Total | 8.856 | 26.268 |
Mulheres | 3.900 | 13.035 | |
% de mulheres | 44,0 | 49,6 | |
MATEMÁTICA | Total | 21.955 | 66.256 |
Mulheres | 9.422 | 33.245 | |
% de mulheres | 42,9 | 50,2 | |
LETRAS | Total | 92.891 | 158.562 |
Mulheres | 75.597 | 130.813 | |
% de mulheres | 81,6 | 82,5 | |
TOTAL GERAL (Todos os cursos) | Total | 1.565.056 | 3.476.194 |
Mulheres | 833.949 | 1.964.649 | |
% de mulheres | 53,3 | 56,5 |
Fonte: Inep/MEC
Assessoria de Comunicação do Inep