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Aumenta acesso de estudantes a novas tecnologias
Estudar em escolas que oferecem os recursos das novas tecnologias é uma realidade cada vez mais próxima dos alunos da rede pública. No ano passado, 58,2%, dos 7,9 milhões dos estudantes do ensino médio do sistema público, freqüentavam escolas com laboratório de informática e 53% estavam matriculados em estabelecimentos ligados à Internet. Cinco anos antes, em 1999, quando a rede pública tinha 6,5 milhões de matrículas, esses índices eram de 46% e 14,2%, respectivamente.
O Nordeste foi a região onde o percentual de estudantes em escolas com acesso às novas tecnologias mais aumentou. Em 1999, dos alunos do ensino médio, 24,2% estudavam em escolas com laboratório de informática, índice que passou para 44,2%, em 2003. Quanto à Internet, o percentual passou de 6,1% para 44,8%. Os dados foram levantados a partir de informações prestadas pelas escolas de educação básica ao Censo Escolar, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).
O aumento também foi verificado no ensino fundamental. Há cinco anos, 25,7% dos 15,1 milhões de alunos matriculados de 5ª a 8ª série no sistema público estudavam em escolas com laboratório de informática. Em 2003, o percentual subiu para 38% dos 15,5 milhões de estudantes. Já com acesso à Internet, o índice saltou de 7,5% para 37%, no mesmo período (veja tabela anexa).
Diferença - Duas novidades marcaram o ano de 2003 na Escola Estadual Aloysio Barros Leal, em Fortaleza (CE): a implantação do ensino médio e do laboratório de informática, com oito computadores ligados à Internet. "Os professores, alunos e funcionários estão passando por um curso preparatório para operar os equipamentos. Queremos capacitar os estudantes para que eles sejam monitores e abrir o espaço à comunidade, inclusive com oferta de cursos de informática", argumenta a coordenadora pedagógica, Maria Josecira Peixoto Uchoa.
A escola já contava com quatro computadores ligados à Internet, que funcionavam na secretaria, na coordenação pedagógica, na sala dos professores e na sala multimeios. Esse último permite que os alunos façam pesquisas orientadas por monitor. "O aluno passa a pesquisar e apresenta um trabalho com mais qualidade para o professor", afirma a coordenadora.
Na opinião do presidente do Inep, Eliezer Pacheco, o incremento da infra-estrutura das escolas reflete no rendimento escolar dos alunos. "Os insumos das escolas estão sendo ampliados, isso indica que a tendência é melhorar a qualidade do ensino", avalia. Dados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2003, divulgados na semana passada, mostram que a existência e a utilização de recursos pedagógicos, como laboratórios e biblioteca, faz em diferença no aprendizado.
Luz e rede de esgoto - os números dos últimos cinco anos do Censo Escolar também evidenciam uma ampliação do acesso dos alunos da rede pública à quadra de esportes, principalmente nas séries iniciais do ensino fundamental. O percentual de estudantes de 1ª a 4ª série matriculados em escolas com quadra de esportes ampliou de 34,4% para 41,6% de 1999 a 2003. Com biblioteca, o índice passou de 40,5% para 42,2%, no mesmo período. Em 1999, havia 20,9 milhões de matrículas nessa faixa de escolarização e, em 2003, 18,9 milhões.
O Censo constatou ainda a melhoria em relação à infra-estrutura básica, como energia elétrica, esgoto sanitário e abastecimento de água. Em 2003, dos alunos matriculados de 1ª a 4ª série do ensino fundamental em escolas públicas, 93,9% freqüentavam estabelecimentos com energia elétrica, índice que era de 88,3%, em 1999. No Nordeste, o aumento foi de quase dez pontos percentuais, passando de 80,8% para 90,2%, no mesmo período. No Norte, subiu de 73% para 81,6%.
O percentual de estudantes brasileiros de 1ª a 4ª série freqüentando escolas públicas com rede de esgoto passou de 92,7% para 96,7%, de 1999 a 2003, e com abastecimento de água, de 97% para 99,2%. No Norte houve o maior avanço. No ano passado, 92,2 % estavam em escolas com rede de esgoto e 98,2%, com abastecimento de água. Cinco anos antes, os índices eram 76,1% e 93,6%, respectivamente.
A ssessoria de Imprensa do Inep