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Países Ibero-americanos têm questionamentos ao Pisa similares
Com o andamento das reuniões no I Encontro Ibero-americano do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que o Inep está realizando na cidade do Rio de Janeiro, a primeira conclusão que os oito países participantes chegaram é de que seus questionamentos quanto à avaliação são bastante similares.
Até agora o ponto mais criticado por todos os presentes é o fato da prova não privilegiar diferenças culturais, sociais e geopolíticas. Outros itens abordados são: o período de tempo curto para elaborar, aplicar e corrigir as provas; assim como o tamanho excessivo das mesmas; e, finalmente, a dificuldade de motivar escolas e alunos a participarem do Pisa.
Segundo Rafael Vidal, representante do México no Encontro, e também mediador das reuniões ao longo do evento, anteriormente, os países ibero-americanos que aplicam o Pisa estavam resolvendo seus problemas de maneira isolada. Contudo, "temos muitos problemas em comum e este Encontro está sendo muito produtivo porque nos demos conta de que os problemas têm mais soluções e podemos cooperar uns com os outros para resolvê-los", afirmou Rafael.
Especialmente no caso do Brasil, um questionamento a mais surge devido ao tamanho da amostra de alunos que participa do Pisa, que é de apenas 5 mil. Segundo os técnicos brasileiros do Pisa convidados para o Encontro, num universo de 50 milhões de alunos no ensino básico, para que uma amostra como esta seja eficaz, nítida e precisa é necessário priorizar todas as regiões, estados e capitais do país, fato que não aconteceu nas edições anteriores do exame, quando, por exemplo, nenhuma escola de Curitiba e Porto Alegre sequer participou.
O Encontro prossegue até amanhã ao meio dia e, ao final, Brasil, Espanha, Portugal, México, Chile, Uruguai, Colômbia e Argentina entregarão a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), um documento contendo uma avaliação conjunta do Pisa 2003, assim como sugestões para a próxima edição do exame, que ocorrerá em 2006.
Assessoria de Imprensa do Inep: (61) 2104-8023 / 8037 / 9563