Estudantes brasileiros participam de avaliação internacional

Ao longo da próxima semana, cerca de 12.300 participarão de uma avaliação especial , o Pisa, Programa Internacional de Avaliação de Alunos. O Pisa aplica a mesma prova, cuja única variação é a tradução, em 56 países para comparar a efetividade dos sistemas educacionais. Para tal, avalia o desempenho de alunos na faixa dos 15 anos. É nessa idade que, em tese, os jovens estão concluindo a escolaridade básica.

No Brasil, farão provas estudantes nascidos entre maio de 1990 e abril de 1991, que estejam cursando de sétima série em diante. As escolas participantes são escolhidas de forma amostral pelo consórcio internacional que administra o Pisa. Esse consórcio recebe do Inep o cadastro do Censo Escolar, sem corte. Com base no Censo, e seguindo alguns critérios para a definção da amostra, o Consórcio escolhe as escolas que deverão participar da avaliação.

As escolas foram comunicadas em abril e, a partir daí, enviaram a lista de seus alunos que atendem aos critérios de idade e de série estabelecidos. As listas foram digitadas no software fornecido pelo Consórcio e o próprio software sorteou, aleatoriamente, 20 alunos de cada escola. Esses alunos deverão fazer a prova. Ao todo, serão cerca de 12.300 alunos, de 630 escolas localizadas em 390 municípios de todas as Unidades da Federação.

A equipe de aplicadores está entrando em contato com a direção de cada escola e combinando a melhor data – obrigatoriamente entre os dias 7 e 11 de agosto – e horário para a realização do teste, já que os alunos devem fazer a prova em seu turno de aula. As provas têm, em média, 80 questões.

O Pisa é coordenado internacionalmente pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e há, em cada país participante, uma coordenação nacional. No Brasil, o Pisa é coordenado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa em Educação Anísio Teixeira). A avaliação é realizada de três em três anos, sendo que, em cada edição é dada ênfase a uma área. Neste ano, a ênfase será em Ciências, mas haverá questões de leitura e matemática.

Alguns elementos avaliados pelo PISA, como o domínio de conhecimentos científicos básicos, fazem parte do currículo das escolas, porém o PISA pretende ir além desse conhecimento escolar, examinando a capacidade dos alunos de analisar, raciocinar e refletir ativamente sobre seus conhecimentos e experiências, enfocando competências que serão relevantes para suas vidas futuras.

Esta será a terceira participação do Brasil no Pisa. Nas edições anteriores - 2000 e 2003 - o desempenho dos estudantes brasileiros foi dos mais baixos . Um dado, no entanto, chama a atenção: de um exame ao outro, dentro dos conteúdos comparáveis de Matemática , o Brasil foi o país que apresentou maior índice de melhora no desempenho.

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