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Brasil registra maior avanço em matemática, aponta OCDE
Resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2012 demonstram que o Brasil é o país que mais avançou no resultado de matemática entre todos os avaliados. O desempenho dos brasileiros passou de 356 para 391 pontos no período entre 2003 e 2012. A média das nações vinculadas à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) permaneceu estável.
"Estamos comparando a evolução do Brasil neste período com países que investem muito mais por estudante e tivemos um avanço maior", disse nesta terça-feira, 3, em Brasília, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. "Ou seja, estamos fazendo muito com menos investimento em relação à média dos países da OCDE."
No Pisa de 2012, que teve como foco a área de matemática, foram avaliados 18.589 estudantes brasileiros, de 767 escolas — uma das maiores amostras dessa edição.
De acordo com o relatório da OCDE, o Brasil teve destacado crescimento também em outras áreas avaliadas. Em leitura, por exemplo, o desempenho chegou a 410 pontos; na área de ciências, a 405. A OCDE destaca que o Brasil teve êxito em assegurar ambiente de ensino propício ao aprendizado dos estudantes. Além disso, a melhora no desempenho foi acompanhada da inclusão de mais de 420 mil estudantes na faixa etária de 15 anos — a segunda maior taxa de inclusão, atrás apenas da Indonésia.
"Conseguimos aumentar a cobertura de matrículas, reduzir a repetência e avançar na aprendizagem, em especial na matemática", ressalta Mercadante. Para o ministro, diversas iniciativas do governo federal ao longo da última década contribuíram para a evolução dos estudantes brasileiros na avaliação, como a realização da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep); o aumento de repasses para as redes estaduais, com a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb); o apoio à formação e à valorização do professor e o lançamento do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio.
Qualidade — Aplicado pela primeira vez em 2000, o Pisa avalia estudantes de 15 anos — nessa faixa etária, pressupõe-se o encerramento da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países. As provas são aplicadas a cada três anos e abrangem leitura, matemática e ciências.
O objetivo do programa é produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação nos países participantes para subsidiar políticas de melhoria da educação básica. Participaram da última edição do Pisa 65 países. Além dos 34 integrantes da OCDE, realizam o exame países como China e México. Na América do Sul, participam Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Uruguai, além do Brasil.
Confira a apresentação do ministro .
Assessoria de Comunicação Social do Inep