Histórico
1998 – Começam os trabalhos para a aplicação da primeira edição do Pisa no mundo
O Brasil é o primeiro país sul-americano a aderir ao Pisa 2000 como país convidado. Começam os primeiros trabalhos para a aplicação da avaliação.
1999 – Pré-teste é aplicado em todos os países participantes
No decorrer do ano, um grande número de itens cognitivos e dos questionários contextuais passa por pré-teste em todos os países participantes. Os resultados são utilizados a fim de selecionar os itens cognitivos para o teste definitivo e de aprimorar os itens dos questionários.
2000 – Primeira edição tem foco em leitura
A primeira edição da pesquisa internacional em larga escala envolve mais de 200 mil alunos de 32 países. No Brasil, participam 4.893 jovens com idades entre 15 e 16 anos. Fazer parte do programa com países cujos sistemas educacionais são os mais avançados do mundo permitiu aos técnicos brasileiros o convívio com os maiores especialistas em avaliação educacional. Essa convivência representou um salto de qualidade na concepção e na realização de instrumentos das avaliações educacionais nacionais, principalmente porque consolidou os avanços já projetados no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em 2000, o foco da avaliação foi em leitura, mas os estudantes também resolveram questões de ciências e matemática.
2001 – Divulgação dos resultados
Em dezembro de 2001, são divulgados os primeiros resultados do Pisa 2000. A média geral dos brasileiros foi de 396 em leitura, 334 em matemática e 375 em ciências, enquanto a média dos países da OCDE foi de 500 em cada uma das três áreas, valor estabelecido como “âncora” para a medição do desempenho dos estudantes.
2003 – Matemática é foco da segunda edição
A avaliação é aplicada a 250 mil estudantes com 15 anos de idade em 41 países, na maioria membros da OCDE. Da América Latina, participaram Brasil, Uruguai e México. No Brasil, a aplicação dos testes e dos questionários ocorreu entre 18 e 29 de agosto, em 229 escolas das cinco regiões, distribuídas entre estabelecimentos das zonas urbana e rural, nas redes pública e privada. Por meio de 60 questões (a maioria de matemática e o restante dividido entre leitura e ciências), foram avaliados 4.452 alunos. O Brasil, juntamente com o Uruguai, participa da experiência Pisa Plus, um estudo longitudinal para desenvolver os domínios de leitura, matemática e ciências ao longo de um ano escolar.
2004 – Divulgação dos resultados
Os resultados da segunda edição do Pisa são divulgados em dezembro de 2004. O Brasil foi o país que mais cresceu em duas das quatro áreas de conteúdo avaliadas em matemática, melhorou em ciências e manteve o desempenho de 2000 em leitura. A média geral dos brasileiros foi de 403 em leitura, 356 em matemática e 390 em ciências. Em todas as áreas, o Brasil teve uma média menor que a média dos países da OCDE.
2006 – Terceira edição tem foco em ciências
Em sua terceira edição, participam do Pisa os 30 países-membros da OCDE e 27 países convidados. Houve adesão de um número maior de países da América do Sul, com a volta da Argentina e do Chile e a entrada da Colômbia, que se juntaram ao Brasil e ao Uruguai. O Pisa 2006 foi aplicado para cerca de 400 mil de estudantes de 15 anos. A aplicação do Pisa 2006 no Brasil ocorreu entre 7 e 11 de agosto, em 629 escolas, para 9.345 alunos. O foco foi no domínio de ciências.
2007 – Divulgação dos resultados
A média geral dos brasileiros foi de 393 em leitura, 370 em matemática e 390 em ciências. Em todas as áreas, o Brasil teve uma média menor que a média dos países da OCDE.
2009 – Avaliação chega a sua quarta edição
O Pisa 2009 inicia um novo ciclo do programa, com ênfase novamente no domínio de leitura. A aplicação, no Brasil, ocorre em maio para 20.127 estudantes de 947 escolas brasileiras. Ao todo, participaram 65 países e 470 mil estudantes de todo o mundo. O Peru foi incorporado ao grupo, totalizando seis países sul-americanos participantes do programa.
2010 – Divulgação dos resultados
A média geral dos brasileiros foi de 412 em leitura, 386 em matemática e 405 em ciências. Em todas as áreas, o Brasil teve uma média menor que a média dos países da OCDE.
2012 – Começa a aplicação em computador
A avaliação no Brasil é aplicada em 767 escolas, com 18.589 estudantes. O Brasil opta por participar das três áreas com testes em computador, realizando a primeira avaliação eletrônica representativa de todo o país. Para a realização da avaliação, cuja aplicação em escala nacional seria pioneira no Brasil, optou-se por uma amostra reduzida de escolas: 247. Essa amostra permitiu a geração de resultados em âmbito nacional.
2013 – Brasil tem a terceira maior evolução no desempenho global
A edição 2012 do Pisa destaca que o Brasil é o país que teve o maior avanço absoluto na proficiência em matemática, quando feita a comparação entre as edições nas quais essa área foi o foco (2003 e 2012). Soma-se o fato de o Brasil ter sido o país com a terceira maior evolução no desempenho global do programa até 2009. A média geral dos brasileiros foi de 410 em leitura, 391 em matemática e 405 em ciências. Em todas as áreas, o Brasil teve uma média menor que a média dos países da OCDE.
2015 – Testes e questionários aplicados integralmente em computador
Pela primeira vez, os testes e os questionários contextuais do Pisa são aplicados no Brasil, integralmente em computador. A avaliação eletrônica trouxe benefícios especialmente para a avaliação de ciências, foco da edição, e de Resolução Colaborativa de Problemas, áreas que contaram com itens novos, criados para a aplicação com suporte tecnológico. Em 2015, além da Resolução Colaborativa de Problemas, também foi incluída a área de Letramento Financeiro. Outra novidade foi a coleta de dados sobre os professores: até 10 professores de ciências e 15 de outras disciplinas foram selecionados em cada escola participante, totalizando uma amostra de 8.287 professores. Eles responderam a questões sobre qualificação e desenvolvimento profissional, práticas de ensino, ambiente para aprendizagem, liderança e gerenciamento escolar. A avaliação foi aplicada em maio de 2015, em 841 escolas, para 23.141 estudantes.
2016 – Divulgação dos resultados
Os resultados do Pisa 2015 são apresentados em dezembro de 2016. A média geral dos brasileiros foi de 407 em leitura, 377 em matemática e 401 em ciências. A média dos estudantes dos países da OCDE foi de 493 em leitura, 490 em matemática e 493 em ciências.
2018 – Pais de estudantes selecionados passam a responder questionário; teste de leitura é realizado de maneira adaptativa
O Pisa 2018 é aplicado para 600 mil estudantes. No Brasil, 10.691 estudantes, nascidos no ano 2002 e matriculados a partir do 7º ano do ensino fundamental, participaram da avaliação, entre 2 e 30 de maio. A aplicação ocorreu em 597 escolas das redes pública e privada. O Pisa avaliou três domínios – leitura, matemática e ciências, como em todas as edições. O domínio principal foi leitura, o que significa que os estudantes responderam a um maior número de itens no teste dessa área do conhecimento e que os questionários se concentraram na coleta de informações relacionadas à aprendizagem nesse domínio. Nessa edição, o Pisa também avaliou domínios chamados inovadores, como Letramento Financeiro e Competência Global, tendo o Brasil participado apenas do primeiro. Pela primeira vez, os pais dos estudantes selecionados responderam a um questionário em papel. Também de forma inédita, o teste de leitura utilizou uma abordagem adaptativa, apresentando blocos de itens mais fáceis ou difíceis para cada estudante, de acordo com a medida de sua proficiência realizada em certos estágios durante o desenvolvimento do teste.
2019 – Divulgação dos resultados
Os resultados do Pisa 2018 são apresentados em dezembro de 2019. O Brasil apresenta resultados médios estagnados desde 2009 nas três áreas avaliadas, além de um desempenho significativamente inferior ao desempenho médio dos países da OCDE. Resultados por cor/raça são apresentados, dada a opção ao Brasil de incluir três variáveis nacionais nos questionários contextuais.