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Abertas inscrições do Prêmio Silvio Romero de Monografias sobre Folclore e Cultura Popular
Estão abertas as inscrições do Prêmio Silvio Romero de Monografias sobre Folclore e Cultura Popular. O concurso é voltado para trabalhos inéditos, de caráter monográfico, realizados individualmente ou em grupo, cujo tema se situe no campo de estudos sobre cultura popular e folclore brasileiros. Com premiações de R$ 25 mil e R$ 20 mil para o primeiro e o segundo lugares, respectivamente, o certame é realizado pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP), unidade vinculada ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As inscrições ficam abertas até o dia 12 de setembro de 2021.
Realizado anualmente, o prêmio foi criado em 1959 com o objetivo de fomentar a pesquisa, estimulando a diversidade e a atualização da produção de conhecimento voltado para esse campo de estudos. O concurso vai premiar os trabalhos classificados em primeiro e segundo lugares. O edital também prevê a indicação de até três menções honrosas, que receberão título de destaque exclusivamente. De acordo com o edital, são considerados trabalhos inéditos textos inseridos em documentos de circulação restrita a universidades, congressos, encontros e centros de pesquisa.
“O Prêmio Silvio Romero é uma das ferramentas utilizadas pelo Iphan para estimular a pesquisa sobre temas relacionados ao Patrimônio Cultural, reconhecendo o trabalho de quem dedica a vida a conhecer um pouco mais da cultura do Brasil”, avalia a presidente do Iphan, Larissa Peixoto. “Além disso, o reconhecimento do prêmio é uma forma de dar visibilidade a trabalhos de excelência, que muito contribuem à sociedade, e por isso devem ser conhecidos pela população.”
De acordo com o edital, dentre outros aspectos, as monografias concorrentes deverão contribuir com o aprofundamento e renovação dos estudos de folclore e cultura popular e, ainda, possuir domínio da bibliografia especializada e consistência na argumentação e clareza na apresentação dos resultados. Os trabalhos deverão ser apresentados em arquivo digital, em formato PDF, com no mínio 100 e, no máximo, 300 laudas de texto corrido, bibliografia e anexos. A formatação do texto deverá ser em fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento 1,5 e margens de 2,5 cm.
A Comissão Especial de Seleção, que avaliará os trabalhos, será composta por cinco especialistas reconhecidos pela contribuição ao campo, designados pelo CNFCP. O resultado do concurso será publicado até 13 de dezembro.
Silvio Romero
Nascido em Lagarto (SE), em 1851, Silvio Vasconcelos da Silveira Ramos Romero foi um filósofo, professor, crítico literário, ensaísta, poeta e político brasileiro. No Recife, cursou a Faculdade de Direito e, na década de 1870, colaborou como crítico literário em jornais pernambucanos e cariocas. Autor de uma vasta obra no decorrer de sua vida, publicou O Elemento popular na literatura do Brasil e Cantos Populares do Brasil, resultado de pesquisas sobre o folclore.
Pesquisador da produção literária do Brasil, Romero é um dos pioneiros da crítica literária no país. Foi professor catedrático da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais e deputado federal eleito por Sergipe. Em 1901, recebeu a medalha da ordem de São Thiago, oferecida pelo rei dom Carlos I de Portugal. No ano seguinte, ingressou na Academia de Ciências de Lisboa e no Instituto de Coimbra, em Portugal. Silvio Romero é um dos membros-fundadores da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Fonte: Ascom/ Secult
Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas - SNBP celebra Acordo de Cooperação Federativa com os Estados de Sergipe, Alagoas e da Paraíba
Foi publicado no Diário Oficial da União nesta sexta-feira, 06 de agosto de 2021, os Acordos de Cooperação Federativa celebrados entre o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas – SNBP e os Estados de Sergipe, Alagoas e da Paraíba. Tais instrumentos inovam a formalização das parcerias entre o SNBP e os Sistemas Estaduais e Distrital de Bibliotecas Públicas, visando o desenvolvimento de ações conjuntas na construção de planos e programas voltados para a institucionalização, implantação e modernização de bibliotecas públicas e a formação de profissionais no setor.
O Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas – SNBP integra o Departamento de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas - DLLLB, da Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo e tem por atribuição proporcionar à comunidade bibliotecas públicas estrategicamente voltadas para o fomento da formação de leitores e do desenvolvimento sociocultural do país. O SNBP trabalha de forma colaborativa com os demais sistemas locais de bibliotecas públicas brasileiros, com o objetivo de fortalecer ações mútuas e estimular o trabalho em rede federativa.
Até o momento, o SNBP se relacionava com os demais sistemas por meio de Acordos de Cooperação Técnica, que não foram renovados após concluídas suas respectivas vigências. Com a inovação do Acordo de Cooperação Federativo, nova forma de adesão dos sistemas locais ao SNBP, essas parcerias federativas são reestabelecidas e lançam novas possibilidades de gestão das políticas voltadas para as bibliotecas públicas brasileiras. Ainda, o novo instrumento garante a continuidade e segurança jurídicas das ações conjuntas realizadas entre os poderes estaduais, distrital e federal para o setor.
Está prevista a celebração de 27 Acordos de Cooperação Federativos com os Estados brasileiros e Distrito Federal, sendo que a atual pactuação com os Estados de Sergipe, Alagoas e da Paraíba inaugura essa nova fase de gestão do SNBP. Para demais informações acesse: http://snbp.cultura.gov.br.
Fonte: Ascom/Secult
Edital prevê R$ 30 milhões para obras sobre 200 anos da Independência
O Brasil comemorará 200 anos de independência do Império Português em 2022. Para celebrar a data, a Secretaria Especial da Cultura (Secult) aprovou uma linha de investimentos para produções audiovisuais sobre o tema.
O edital comemorativo abrangerá projetos brasileiros independentes, que sejam seriados (feitos em episódios) ou não. As produções poderão ser documentais, ficcionais ou animações de curta e longa metragem com o tema da independência brasileira. O valor total investido será de R$ 30 milhões, para contemplar cerca de 20 projetos.
"Lançamos um edital em comemoração aos 200 anos da Independência do Brasil, que selecionará projetos de obras audiovisuais brasileiras relacionadas ao tema. O nosso compromisso é levar cultura para todos os brasileiros, para o homem comum, cuidar da nossa história e a comemoração do Bicentenário da Independência é um evento que é de todos os brasileiros”, disse o secretário Especial da Cultura, Mario Frias.
Os projetos serão selecionados por uma comissão mista, formada por servidores da ANCINE e da Secretaria Especial de Cultura, e por profissionais do setor audiovisual de notório saber.
Fonte: Ascom/ Secult
Prorrogadas as inscrições para o edital de seleção do MICBR 2021
A Secretaria Especial da Cultura prorrogou, até 29 de agosto, o prazo de inscrições para o edital do Mercado das Indústrias Criativas do Brasil – MICBR 2021. O certame selecionará até 270 empreendedores culturais e criativos para participação nas rodadas de negócios e demais atividades do MICBR 2021, a realizar-se em novembro próximo, na modalidade virtual.
A prorrogação visa a oferecer um período adicional aos empreendedores interessados em participar do evento para o preparo e envio de suas inscrições, que estão sendo recebidas exclusivamente por meio da Plataforma Mapas da Cultura. A Secretaria Nacional da Economia Criativa e Diversidade Cultural (SECDC), responsável pela ação, encoraja os proponentes a aproveitarem prazo extra para trabalharem em seus portifólios e demais documentações de apresentação obrigatória, que serão objeto de análise na fase de avaliação e seleção. Alerta, ainda, que somente serão consideradas válidas as inscrições que tiveram aviso de confirmação de envio por meio da plataforma. A fim de auxiliar os proponentes, foi disponibilizado um tutorial de inscrição, que poderá sanar dúvidas e orientar o processo de candidatura.
Sobre o MICBR
O MICBR é um megaevento de negócios que reúne centenas de empresas e milhares de criadores e empreendedores dos setores culturais e criativos do Brasil e de outros países. Com o objetivo de impulsionar a profissionalização dos agentes culturais brasileiros e a internacionalização da produção cultural brasileira, a programação do MICBR neste ano incluirá, além das rodadas de negócios, espaços para a troca de contatos profissionais (networking), oportunidades de apresentação de produtos e serviços (pitchings), além de atividades de capacitação para empreendedores, como palestras, seminários, workshops e clínicas de mentoria. Assim como na primeira edição do evento, o MICBR 2021 é uma iniciativa conjunta da Secretaria Especial da Cultura e da Organização dos Estados Ibero-americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI).
As rodadas de negócios do MICBR 2021, coração do evento, abrangerão nove setores: artes cênicas (circo, dança e teatro), audiovisual & animação, design, moda, editorial, jogos eletrônicos, música, museus & patrimônio e artesanato.
Para o Secretário Especial da Cultura, Mario Frias, “o MICBR é a aposta do Governo Federal no potencial dos setores criativos brasileiros como grandes propulsores do desenvolvimento econômico sustentável. Por isso, estamos trabalhando para que esta segunda edição do evento se apresente como oportunidade estratégica para empreendedores dos mais diversos setores da economia criativa recuperarem parte do prejuízo que tiveram durante a pandemia e estabelecerem novos contatos e parcerias de negócios, aqui e no exterior”.
Raphael Callou, diretor e chefe da OEI no Brasil, reforça a importância de megaevento da indústria criativa. “A cultura brasileira é um dos elementos mais marcantes da nossa expressão internacional. No âmbito da economia criativa, temos a representação de mais de 2% do PIB nacional, gerando oportunidades de emprego e renda. E o MICBR potencializa exatamente isso: a expressão cultural brasileira na perspectiva internacional, com a visão de cultura também como eixo de desenvolvimento”.
Rodadas de negócios
Serão selecionados até 270 empreendedores, sendo 30 vagas por setor, por meio de edital para participação nas rodadas de negócios e demais atividades de mercado do MICBR 2021 (meetups setoriais e pitchings). Dessas 30 vagas, 20 serão destinadas a proponentes com perfil de vendedores e 10, a proponentes com perfil de compradores. Serão adotadas, ainda, cotas por região a fim de garantir a representatividade de todo o País nas atividades.
Poderão candidatar-se ao certame brasileiros e estrangeiros, desde que comprovem inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) do Ministério da Economia.
Além dos 270 empreendedores selecionados por meio do edital, as rodadas de negócios contarão com compradores estrangeiros, que participarão na qualidade de convidados.
Sobre o apoio aos empreendedores
Os proponentes selecionados para o MICBR 2021 serão apoiados pela Secretaria Especial da Cultura com:
- Inscrição gratuita no evento;
- Cadastro pela Secretaria Nacional da Economia Criativa e Diversidade Cultural na plataforma oficial do evento para participação nas rodadas de negócios;
- Participação em oficina de capacitação prévia às rodadas de negócios.
Sobre as inscrições
As inscrições vão até 29 de agosto próximo. A SECDC, responsável pela gestão do edital, alerta aos candidatos que já iniciaram o preenchimento do formulário, que a inscrição é confirmada somente após o envio do mesmo. Foi disponibilizado um tutorial para auxiliar os candidatos no processo de inscrição, disponível em: http://mapas.cultura.gov.br/files/opportunity/1878/tutorial_mapas_da_cultura_-_micbr_2021_(1).pdf.
Para se candidatar, os candidatos deverão realizar cadastro prévio na Plataforma Mapas da Cultura (http://mapas.cultura.gov.br/) e, em seguida, preencher formulário online disponível em: http://mapas.cultura.gov.br/oportunidade/1878/.
A íntegra do edital, acompanhado de seus anexos, está disponível em: http://mapas.cultura.gov.br/files/opportunity/1878/edital_micbr_2021_empreendedores.pdf.
Sobre a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI)
Sob o lema "Fazemos a cooperação acontecer", a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) é, desde 1949, o primeiro organismo intergovernamental para a cooperação no espaço Ibero-Americano. Atualmente tem 23 Estados membros, contando com 18 escritórios nacionais, além da Secretaria-Geral sediada em Madri.
Com mais de 500 convênios ativos com entidades públicas, universidades, organizações da sociedade civil, empresas e outras organizações internacionais, a OEI representa uma das maiores redes de cooperação na Ibero-América. Entre seus resultados, contribuiu para a redução drástica do analfabetismo na Ibero-América, proporcionando alfabetização e educação básica a quase 2,3 milhões de jovens e adultos, bem como formação para mais de 100 mil professores na região.
Fonte: Ascom/Secult
Dia do Patrimônio Cultural é comemorado com doação de livros às bibliotecas goianas
No Dia Nacional do Patrimônio Cultural, 17 de agosto, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan irá lançar o Circuito Literário Iphan Goiás nos Municípios. A ação irá doar às bibliotecas dos 246 municípios goianos obras referentes ao Patrimônio Cultural de Goiás e de outras regiões do país. Ao todo, serão doadas cerca de nove mil obras.
As publicações serão entregues aos prefeitos para serem disponibilizadas nas bibliotecas públicas dos municípios. Dentre elas, estão obras sobre conjuntos de edifícios, monumentos, sítios arqueológicos, manifestações, modos de fazer, saberes e expressões. A data escolhida para o lançamento traz a reflexão sobre a importância de promoção e preservação dos bens culturais do Brasil a fim de fortalecer as identidades e garantir o direito à memória.
“Estamos muito felizes em realizar esse projeto que vai levar conhecimento sobre o Patrimônio Cultural à população de Goiás, contribuindo com o acesso à cidadania plena por meio das bibliotecas goianas”, avalia a presidente do Iphan, Larissa Peixoto. Ela ressaltou ainda que “o Iphan mantém desde 1937, ano de sua fundação, a tradição de publicar títulos com vistas ao registro e valorização do patrimônio material e imaterial brasileiro, bem como a divulgação de projetos de restauração e recuperação de centros históricos”.
O Circuito Literário visa promover o acesso público às obras do Patrimônio Cultural, tornando-as fonte de pesquisa para educadores, alunos e sociedade em geral, além de fornecer subsídios às bibliotecas. O projeto faz parte das atividades de educação patrimonial da superintendência do Iphan-GO, que possui o objetivo de divulgar o Patrimônio Cultural em todo o Estado.
Livro como fonte de inspiração
Os livros, além de produzir conhecimentos, podem se tornar verdadeiras fontes de inspiração. Esse é o exemplo da administradora em turismo e professora universitária, Karine Resende Brasil. A publicação Goiânia Art Déco despertou a sua criatividade e fez com que ela começasse a empreender, mesmo em meio à pandemia de Covid-19.
“Eu ganhei o livro de presente e, ao decidir ler e observar as imagens contidas nele, relembrei a bagagem adquirida no curso de administração em turismo e de toda a minha admiração pelo acervo de Goiânia, minha cidade natal. A publicação instigou minhas habilidades e me fez enxergar um talento que hoje virou uma das minhas principais fontes de renda”, conta Karine.
E assim nasceu a Coleção de Vasos Art Déco - Design em Cerâmica, inspirada nas imagens dos edifícios inseridos no Conjunto Arquitetônico Art Déco e Urbanístico de Goiânia, tombado pelo Iphan desde 2003.
A artista e designer autoral conta que mergulhou no processo criativo em 2019. “Fiz um curso de cerâmica para aperfeiçoar a técnica, e desde então já fabriquei uma série de vasos influenciados nos prédios da Antiga Estação Ferroviária de Goiânia, Colégio Lyceu, Tribunal Regional Eleitoral, Teatro Goiânia e Museu Pedro Ludovico Teixeira, além dos monumentos Torre do Relógio e Mureta do Lago das Rosas
Exposição Fotográfica
Na mesma data, para coroar a celebração do Dia do Patrimônio Cultural, a sede da superintendência do Iphan-GO vai receber a Exposição Fotográfica Goiás de Encantos do coletivo Click Goiânia.
A mostra contará com a participação de onze fotógrafos que vão expor os seus registros sobre o Patrimônio Cultural, dentre outros edifícios e paisagens de todo o estado.
O Click Goiânia é um projeto cultural, que busca compartilhar de forma coletiva os olhares fotográficos de Goiânia. O grupo promove saídas fotográficas e realiza exposições com os registros produzidos.
A mostra com entrada gratuita estará aberta para a visitação do público de 17 a 24 de agosto (segunda a sexta-feira) das 8h às 12h e das 13h às 17h, na sede da superintendência do Iphan em Goiás.
Fonte: Ascom/Iphan
Edital Cinemateca Brasileira: aumento de recursos para 14 milhões anuais e visitação dia 31/08/2021
O item 13.1 do edital prevê o repasse à entidade selecionada e qualificada como organização social da quantia anual mínima de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais). Na última sexta (13/08/2021) foi definido que o repasse anual para o equipamento pelo Governo Federal será de R$ 14.000.000,00.
Com isso, a expectativa é de que o contrato seja celebrado em dezembro e 2021, com o repasse de R$ 7 milhões no ato de assinatura do contrato. A partir do exercício de 2022, o orçamento previsto será de R$ 14 milhões anuais, dos quais R$ 7 milhões serão repassados até maio de cada exercício e outros R$ 7 milhões serão repassados até outubro de cada exercício.
Ainda conforme previsto no item 13.4 do edital, será permitida a visitação técnica previamente solicitada e agendada pelas entidades interessadas em participar da seleção. A solicitação deverá ser realizada até o dia 20/08/2021 pelo e-mail chamamentocinemateca@turismo.gov.br, com o assunto “Visitação Chamamento OS” e terá o prazo de 2 dias úteis para a resposta e confirmação da data e horário. No referido e-mail devem ser informados o nome e o CNPJ da entidade sem fins lucrativos interessada que fará a visitação, bem como o nome do representante legal da entidade e o número de seu CPF. Até o dia 25/08/2021 serão confirmados os horários e locais agendados para a visitação.
Para mais informações, acesse aqui.
Fonte: Ascom/Secult
Evento em Brasília promove Educação Patrimonial
Na próxima terça-feira (24), o Museu de Arte de Brasília (MAB), recentemente reaberto ao público, recebe uma série de ações de Educação Patrimonial, a partir das 17h30. A cerimônia é promovida pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial de Cultura e ao Ministério do Turismo.
Educação Patrimonial
As ações cumprem o acordado no Termo de Cooperação 001/2020, assinado entre a Superintendência do Iphan no Distrito Federal e a Secretaria de Estado e Educação do Distrito Federal (SEEDF).
Dentre elas, está o Curso de Educação Patrimonial, Diversidade e Meio Ambiente. Com início no dia 24 de agosto, é disponibilizado na plataforma de ensino à distância EAPE, da Subsecretaria de Formação Continuada da SEEDF. O curso apresenta nove módulos e, na primeira edição, conta com a participação de 254 pessoas inscritas, entre professores da rede pública de ensino e interessados na temática. A previsão é que seja realizado semestralmente, até o primeiro semestre de 2025. A formação tem 90 horas e é autoinstrucional, podendo ser feito de acordo com a disponibilidade dos participantes.
Livros infantojuvenis
Na ocasião também serão relançadas as obras Athos colorindo Brasília e Ceilândia, minha quebrada é maior que o mundo, que fazem parte da Coleção Patrimônio para Jovens.
A obra Athos colorindo Brasília foi elaborada por técnicos da Superintendência do Iphan em Brasília, em comemoração ao centenário do artista Athos Bulcão. A história é protagonizada pelo próprio Athos. É direcionada a crianças do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental e fala da formação de Brasília, destacando seus principais bens materiais e imateriais.
A reimpressão da obra foi entregue em fevereiro de 2020, por ocasião da assinatura do Termo de Cooperação 001/2020, entre Superintendência do Iphan no Distrito Federal e Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. Serão entregues 1.105 exemplares para a Secretaria de Educação, que irá distribuí-los entre escolas da regional do Plano Piloto e bibliotecas da rede pública de ensino.
Já o livro Ceilândia, minha quebrada é maior que o mundo, foi lançado no ano passado, durante evento virtual. É voltado para estudantes do 8º e 9º anos e foi produzido a partir de inventários participativos realizados em 2019, em Ceilândia. Contou com a participação de 250 pessoas, entre estudantes, professores, gestores e técnicos. A obra lista as referências culturais indicadas pela própria comunidade. A narrativa é protagonizada por Aline, uma estudante de escola pública, e sua avó Margarida, que percorrem os espaços de Ceilândia e os diferentes momentos de sua história. No início de 2021 foram entregues à Secretaria de Educação mais de 2.800 exemplares, a serem distribuídos, neste segundo semestre, para escolas da regional de ensino de Ceilândia e para todas as bibliotecas escolares e comunitárias do DF sob responsabilidade da Secretaria.
O Termo de Cooperação
O Termo de Cooperação 001/2020 formaliza a parceria conjunta entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDEF). Foi assinado em 2020, com o objetivo de promover ações de Educação Patrimonial, por meio de publicações, oficinas, seminários e cursos. Possui um plano de trabalho dividido por semestres e as ações seguem adaptadas ao cenário de pandemia.
Fonte: Iphan/Secult
IV Concurso Boas Práticas da Sociedade Civil em Acessibilidade Audiovisual
A Secretaria Nacional do Audiovisual, autoridade brasileira na RECAM, informa que as inscrições para o "IV Concurso Boas Práticas da Sociedade Civil do MERCOSUL em Acessibilidade Audiovisual" estão abertas até 18 de outubro. O objetivo é reconhecer, premiar e divulgar experiências exitosas no contexto local, que possam se transformar em referência para os demais países do bloco.
O concurso faz parte do Plano de Acessibilidade Audiovisual da RECAM para pessoas cegas e surdas. Na primeira edição os ganhadores foram FicSor Festival de Cine Sordo (Argentina) e Ver Ouvindo de Recife (Brasil). Na segunda edição, os premiados foram o Ciclo de Cinema Acessível organizado pela Red Mate, e UNCU (União dos Cegos no Uruguai). Na terceira edição, as iniciativas premiadas foram a plataforma Teilu de Córdoba (Argentina) e Filmes que Voam, de Florianópolis (Brasil).
O prêmio é de mil dólares e as experiências selecionadas serão publicadas no portal RECAM.
As inscrições devem ser realizadas em https://bit.ly/IVConcursoBP , em espanhol ou português.
Acesse aqui as bases do concurso.
O resultado do concurso será divulgado na XXXVII Reunião Ordinária RECAM, Presidência Pro Tempore do Brasil, sob a condução da Secretaria Nacional do Audiovisual da Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo.
SOBRE A RECAM - A Reunião Especializada de Autoridades Cinematográficas e Audiovisuais do Mercosul (RECAM) é um órgão consultor do MERCOSUL na temática cinematográfica e audiovisual, formada pelas máximas autoridades governamentais nacionais na matéria. Foi concebida em dezembro de 2003 pelo Grupo Mercado Comum (GMC) — órgão executivo do Mercosul — com o objetivo de criar um instrumento institucional para avançar no processo de integração das indústrias cinematográficas e audiovisuais da região. É composta pelas Autoridades Nacionais do cinema e audiovisual dos países-membros plenos do MERCOSUL (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai). A Secretaria Técnica da RECAM, com sede no Uruguai, é a responsável pelo Concurso.
Consultas: accesibilidad@recam.org
Fonte: Ascom/Secult
SECULT lança programa Nossa História, no valor de 2 milhões, para incentivar a leitura em escolas públicas
A Secretaria Especial da Cultura – (Secult) dando continuidade aos projetos que comemorará o Bicentenário da Independência do Brasil lança o programa Nossa História.
O programa prevê a compra de leitor digital, para distribuição em escolas públicas. O projeto Nossa História terá um aporte inicial de 2 milhões de reais.
“Teremos um excelente investimento no resgate do imaginário público de todos os grandes heróis da nossa independência. A comemoração do Bicentenário é um evento de todos os brasileiros, e iremos levá-la para cada um de vocês. É a Cultura chegando para todos os brasileiros. É uma cultura realmente popular”, disse o secretário Especial da Cultura, Mario Frias.
O programa visa não apenas entregar o leitor digital aos leitores, mas possibilitar conteúdo digital da Biblioteca Nacional, voltado ao processo da independência.
Fonte: Ascom/Secult
Patrimônios imateriais do Brasil, modo de fazer a viola de cocho e o queijo minas avançam para revalidação
Dois patrimônios culturais imateriais brasileiros estão em processo de revalidação do título: o modo de fazer a viola de cocho e o modo artesanal de fazer o queijo de minas. Os patrimônios imateriais, que foram registrados em 2004 e 2008, respectivamente, são símbolos de arte, cultura e tradição, além de forte indutores da economia familiar e do turismo nas regiões onde estão inseridos.
Os dois processos de reavaliação de bem para revalidação do título foram aprovados, por unanimidade, durante a 39ª Reunião da Câmara Setorial do Patrimônio Imaterial e agora serão encaminhados para deliberação final do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, órgão colegiado de decisão máxima do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para as questões relativas ao patrimônio brasileiro material e imaterial.
Segundo o Iphan, a revalidação de bens culturais acontece a cada dez anos como forma de preservar as características do bem, investigar sobre a atual situação do patrimônio cultural e para levantar informações, averiguar a efetividade das ações de salvaguarda, verificar mudanças nos sentidos e significados atribuídos ao bem, assim como o interesse dos detentores na manutenção do título, entre outras questões.
“Este é um importante instrumento de preservação da nossa história e da nossa cultura. São saberes únicos que passam de geração em geração e são o sustento de famílias inteiras. Precisamos cuidar destes patrimônios como tesouros culturais do nosso país", declarou o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto.
VIOLA DE COCHO - A viola de cocho é um instrumento musical brasileiro que tem origem nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Semelhante a um violão, o instrumento é singular quanto à forma e sonoridade, produzido exclusivamente de forma artesanal com a utilização de matérias-primas da Região Centro-Oeste. Seu nome deve-se à técnica de escavação da caixa de ressonância da viola em uma tora de madeira inteiriça, mesma técnica utilizada na fabricação dos cochos (recipiente em que é depositado o alimento para o gado).
A viola é produzida por mestres cururueiros e é o principal instrumento das rodas de cururu e siriri, manifestações culturais populares nas zonas rurais e ribeirinhas de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O instrumento pode ser decorado, desenhado a fogo e pintado. Os músicos também enfeitam a viola com fitas coloridas amarradas no cabo que indicam o número de rodas de cururu em que a viola foi tocada em homenagem a algum santo – que possui, cada qual, sua cor particular.
QUEIJO MINAS - Já o modo artesanal de fazer queijo de minas presente nas regiões do Serro, da Serra da Canastra e do Salitre, em Minas Gerais, foi inscrito no Livro de Registro dos Saberes do Iphan em 2008. O bem imaterial constitui um conhecimento tradicional e um traço marcante da identidade cultural dessas regiões. A produção artesanal do queijo de leite cru representa uma alternativa bem-sucedida de conservação e aproveitamento da produção leiteira regional, em áreas cuja geografia limita o escoamento dessa produção.
Em cada uma das regiões, os detentores do conhecimento forjaram um modo de fazer próprio, expresso na forma de manipulação do leite, dos coalhos e das massas, na prensagem, no tempo de maturação (cura), conferindo a cada queijo aparência e sabor específicos.
PATRIMÔNIO IMATERIAL - Os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito às práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas).
Atualmente, existem 48 bens nacionais registrados no Iphan como Patrimônio Cultural Imaterial e 35 estão em processo de registro.
Na próxima terça-feira (31.08), o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural se reunirá para decidir sobre a revalidação do título dos bens Frevo (PE), Tambor de Crioula do Maranhão (MA) e Ofício das Paneleiras de Goiabeiras (ES). O colegiado também vai avaliar a solicitação de registro da Ciranda do Nordeste (PE).
REGISTRO - Para registrar um bem cultural, o pedido pode ser apresentado por associações da sociedade civil ou por instituições governamentais, e deve ser encaminhado à Presidência do Iphan. Assim como acontece no tombamento, o Iphan também promove a notificação para o registro do bem cultural que o protege até à decisão do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural e a homologação publicada no Diário Oficial da União (DOU). O processo termina com a inscrição do bem imaterial no Livro de Registro e a entrega do certificado à comunidade detentora do bem.
*Com informações do Iphan*
Ascom/Secult
Certificado de Patrimônio Cultural será entregue aos festeiros do Banho de São João (MS)
A comunidade festeira do Banho de São João de Corumbá e Ladário no Mato Grosso do Sul receberá do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial de Cultura e ao Ministério do Turismo, o certificado de Patrimônio Cultural do Brasil, nesta sexta (27). A entrega da titulação acontecerá em evento online, transmitido a partir das 17h, horário de Brasília (DF), pelo canal oficial do Iphan no Youtube.
O público que estiver nos municípios de Corumbá e Ladário poderá prestigiar o evento de forma presencial no espaço da Associação Comercial e Empresarial de Corumbá. Devido à pandemia, o espaço será limitado e é obrigatório o uso de máscara no evento. Além disso, é necessário confirmar presença pelo telefone do Escritório Técnico do Iphan em Corumbá: (67) 3232-1492.
A cerimônia contará com a participação da presidente do Iphan, Larissa Peixoto; do diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI), Tassos Lycurgo; e da superintendente do Iphan-MS, Maria Clara Scardini. Também foram convidados os prefeitos Marcelo Iunes, de Corumbá, e Iranil de Lima Soares, de Ladário; ambos serão representados pelos diretores das Fundações de Cultura de Corumbá e Ladário, Joilson Silva da Cruz e Cleber de Miranda, respectivamente; e representantes da comunidade festeira dos dois municípios.
“É com muita emoção que fazemos a entrega deste título à comunidade festeira, ao estado do Mato Grosso do Sul e à população brasileira. O reconhecimento do Banho de São João como Patrimônio Cultural é um enorme ganho para a região do Pantanal e todo Brasil. Após um processo tão intenso de pesquisa, produção de vídeos, imagens, documentários e dossiê, coroamos, hoje, mais uma ação de valorização desta celebração, aguardada há tantos anos por todos nós”, declarou a presidente do Iphan, Larissa Peixoto.
O registro de bens culturais de natureza imaterial foi instituído pelo Decreto 3.551/2000. Com o reconhecimento, o Banho de São João passa a ser acautelado pelo Iphan, que atuará na salvaguarda da festa, coordenando a execução de políticas públicas para a reprodução e sustentabilidade da manifestação.
Durante o evento, será transmitido um vídeo de 20 minutos que conta todo o processo de registro para a candidatura do Banho de São João como Patrimônio Cultural do Brasil.
Reconhecimento como Patrimônio Cultural
No dia 19 de maio de 2021, durante a 95ª do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, órgão colegiado composto por representantes de instituições públicas e privadas, bem como por representantes da sociedade civil, foi apresentado parecer do pedido de registro do Banho de São João. Por unanimidade, o conselho decidiu pelo reconhecimento do bem como Patrimônio Cultural do Brasil, sendo inscrito no Livro de Registro das Celebrações.
O Banho de São João é uma manifestação cultural religiosa e festiva que acontece na virada do dia 23 para o dia 24 de junho. Um ponto de destaque da festa pantaneira é quando diversas procissões carregam andores até as margens do Rio Paraguai e banham a imagem de São João nas águas. Acredita-se que o rito transforma o rio em águas milagrosas do Rio Jordão, onde o santo teria sido batizado.
Congregando o culto a São João Batista e ao orixá Xangô, a festividade reúne uma série de rituais, como procissões, cortejos, novenas e giras em terreiros de candomblé e umbanda, reunindo a população em fé, alegria e afeto. Essa interação entre a comunidade da região pantaneira e sua natureza é notável, e se expressa nas relações sociais, econômicas e turísticas da região, atraindo uma diversidade de visitantes em busca de belezas naturais.
“O Banho de São João compõe a identidade do estado do Mato Grosso do Sul. A titulação não apenas valoriza a festa, mas também traz visibilidade a todo o ritual. É uma grande vitória para os festeiros e devotos, a realização de um sonho”, declarou a superintendente do Iphan em Mato Grosso do Sul, Maria Clara Scardini.
Devido à pandemia, desde 2020, a celebração vem sendo realizada apenas em âmbito doméstico. Novenas, terços, alvoradas e levantamento de mastro são promovidos em cada residência, limitando-se o acesso à comunidade. O próprio banho na imagem do santo é feito dentro das casas, em bacias ou tanques.
Processo de registro
Em 2010, com o reconhecimento da Celebração Banho de São João de Corumbá como bem cultural de natureza imaterial do estado do Mato Grosso do Sul, foi solicitado ao Iphan reconhecimento em esfera federal. Os estudos realizados a partir de 2014 apontaram a necessidade de se ampliar o recorte espacial, incluindo o município de Ladário, onde a tradição também é realizada.
Em 2018, o Iphan firmou parceria com a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) para dar prosseguimento ao dossiê do Banho de São João. O trabalho contou com incursões a campo para acompanhar a preparação da festa, resultando em inúmeras entrevistas, sendo 25 delas gravadas, com festeiros, devotos e autoridades religiosas e político-administrativas.
Fonte: Iphan/Secult
Funarte regulamenta uso de seus espaços para atividades artísticas e culturais
A Fundação Nacional de Artes – Funarte publicou portaria regulamentando o uso dos espaços e equipamentos administrados pela instituição. Interessados em realizar atividades artísticas e culturais podem vir a compor programações mediante procedimentos diversos, como cadastro prévio, seleção e chamamento público, além da previsão de desdobramentos de agenda e de permissões (outorgas) extraordinárias. Em todas essas formas, é preciso considerar as disposições da portaria; o regulamento de cada espaço; e o Termo de Responsabilidade e Compromisso — disponíveis nesta página, mais abaixo.
As “outorgas extraordinárias” são as ocupações que podem ser feitas sem a necessidade de procedimento seletivo ou de cadastro prévios. Esses casos são voltados a pautas que busquem atender à “temática artístico-cultural específica e de relevância cultural”, com “notoriedade e importância social”, ou ainda as que procurem preencher pautas vazias.
A portaria registra que, em caso de iniciativa de homenagem a “pessoa, ato ou qualquer momento histórico”, de acordo com a Política Nacional da Cultura, por projeto próprio da Funarte ou de outro ente de administração pública federal, estadual, distrital ou municipal; de pessoas físicas ou jurídicas particulares; ou, ainda, por iniciativa conjunta, tal iniciativa pode ganhar prioridade, “reservando ou alterando pautas”. Nesse caso, a pessoa física ou jurídica que tiver recebido permissão para a ocupação anterior tem prioridade nas pautas futuras, mediante comum acordo.
As programações realizadas por meio de cadastro prévio, seleção de projetos ou chamamentos públicos também podem ter desdobramentos em períodos adicionais, no que é chamado na portaria de “outorgas ordinárias”. “O prazo das outorgas referidas nesta Portaria não poderá ser superior ao período de três meses, podendo ser prorrogado por um igual período, e somente uma única vez”, regulamenta a portaria. O prazo pode ser superior em casos específicos, mediante interesse público — com justificativa e autorização da autoridade competente.
A portaria é aplicada a espaços e equipamentos em todo o território nacional. Eles podem ser salas, teatros, galerias, ateliês, arenas, áreas externas e demais bens imóveis — tanto os que integram o patrimônio público da Fundação quanto os que são administrados por ela. As atividades devem ser diretamente ligadas às artes, tais como apresentações, exposições, ensaios, oficinas, treinamentos, cursos livres e certificados.
Por meio do Termo de Responsabilidade e Compromisso, o interessado — pessoa física ou jurídica — “assume obrigações e se responsabiliza pelo fiel cumprimento de sua proposta/projeto”. O padrão do Termo de Responsabilidade e Compromisso está disponível no anexo 1 da portaria, disponível aqui e abaixo.
Regulamento de Uso dos Espaços
A portaria também indica dados imprescindíveis ao Regulamento de Uso dos Espaços, como informações sobre a devolução do espaço nas condições em que foi entregue; horários de funcionamento; condição de presença de representante/técnico da equipe da Funarte durante o uso; e regras de bilheteria e propaganda; entre outras questões.
“Os Regulamentos de Uso dos espaços e demais equipamentos artístico-culturais da Funarte deverão ser elaborados mediante iniciativa de cada gestor dos espaços, observando, no que couber, as disposições desta Portaria”, diz o documento. No caso de ausência de tal regulamento, a Funarte e o ocupante definirão o uso adequado do espaço, em comum acordo.
Portaria: mais detalhes e informações relacionadas a procedimentos internos da instituição podem ser conferidos na portaria, disponível na íntegra, aqui.
Anexo II: a portaria também indica modelo a ser utilizado para as outorgas, no Anexo II
Fonte: Ascom/Funarte
Ciranda do Nordeste é reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil
A Ciranda do Nordeste foi reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil. A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (31) em reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo. A partir de agora, o Brasil tem, em sua lista, 50 bens registrados como patrimônio imaterial.
Para o Secretário Especial da Cultura, Mario Frias, o registro da Ciranda do Nordeste preserva a cultura e, principalmente, o resgate da cultura popular brasileira. “A cultura de um povo é sua alma e o nosso objetivo é resgatar a cultura popular e devolvê-la ao homem comum”, disse.
A Ciranda do Nordeste é uma manifestação cultural que une música e poesia para embalar uma dança de roda, elemento central de sua expressão. Possui singularidades estéticas, poéticas e musicaisl que a diferenciam de outras modalidades de Ciranda praticadas no Brasil, como o baile popular de Paraty.
“Com mais um registro, reconhecemos a relevância da Ciranda do Nordeste em âmbito nacional, na medida em que aporta elementos importantes para a memória, identidade e grupos formadores da sociedade brasileira”, declarou a presidente do Iphan, Larissa Peixoto. “Os saberes, modos de fazer e valores dessa expressão coletiva estão sendo constantemente reiterados, transformados e atualizados, o que constitui uma tradição vital enquanto canal de expressão e fortalecimento de laços de pertencimento”, completou.
Durante a 97ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, órgão colegiado composto por representantes de instituições públicas e privadas, bem como por representantes da sociedade civil, foi apresentado parecer do pedido de registro da Ciranda do Nordeste. Por unanimidade, o conselho decidiu pelo reconhecimento do bem como Patrimônio Cultural do Brasil, sendo inscrito no Livro de Registro das Formas de Expressão.
Ciranda do Nordeste
A ciranda do Nordeste é uma forma de expressão que une música, poesia e dança de roda, e é vivenciada como um modo coletivo de celebrar a vida, sem distinções pessoais, delimitações e temporalidades rígidas. A Ciranda está rodeada de significados que envolvem o balanço do mar, os ciclos da vida e as brincadeiras de criança. A dança é um elemento central para vivenciar a Ciranda , e, em geral, acontece com os dançantes dando as mãos em um círculo fechado e dançando em uma única direção.
Existem variações de passos complexos, porém o mais importante no cirandar não é a dificuldade dos passos, mas a simplicidade e a união. A roda pode acontecer em diferentes contextos como carnaval, encerramento de uma atividade pedagógica ou em festejos juninos; em espaços abertos ou fechados, como ruas, bares e praças. Na roda de ciranda, são trazidos à tona sentimentos de celebração e pertencimento a um lugar e a uma história, seja das cirandas à beira mar, seja das noites de festa nos engenhos da Zona da Mata Norte de Pernambuco (composta por 19 municípios do estado).
Processo de registro
A solicitação de registro da Ciranda do Nordeste foi apresentada pela Secretaria de Cultura do Governo do Estado de Pernambuco com amplo apoio da população, demostrado por meio de abaixo-assinado encaminhado ao Iphan. A instrução da solicitação, que contou com a parceria da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), incluiu pesquisa de identificação com aplicação do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC), mobilização da comunidade e produção de dossiê de registro, material audiovisual e fotográfico.
A pesquisa de referência para o registro foi realizada em Pernambuco, especificamente na Zona da Mata Norte e Região Metropolitana de Recife, mas há indícios de que essa expressão ocorra em outros estados do Nordeste, em especial nos estados vizinhos de Alagoas e Paraíba. Por isso, apesar da solicitação se referir à “Ciranda do Estado de Pernambuco”, o parecer técnico considera que o nome “Ciranda do Nordeste” seja o mais adequado uma vez que essa forma de expressão pode vir a ser identificada em outras localidades.
O registro de bens culturais de natureza imaterial foi instituído pelo Decreto 3.551/2000. Com o reconhecimento, a Ciranda do Nordeste passa a ser acautelado pelo Iphan, que atuará na salvaguarda da manifestação, coordenando a execução de políticas públicas para a reprodução e sustentabilidade da expressão cultural.
Ascom/Iphan
Tambor de Crioula, Frevo e Ofício das Paneleiras de Goiabeiras são revalidados como Patrimônio Cultural do Brasil
O Tambor de Crioula do Maranhão (MA), o Frevo (PE) e o Ofício das Paneleiras de Goiabeiras (ES) tiveram revalidados seus títulos de Patrimônio Cultural do Brasil. Os processos de revalidação foram apreciados e aprovados por unanimidade, nesta terça-feira (31), durante a 97ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.
Antes da deliberação do Conselho, os processos dos três bens culturais passaram por consulta pública e os pareceres de reavaliação foram apreciados pela Câmara Setorial do Patrimônio Imaterial do Iphan.
Para o Secretário Especial da Cultura, Mario Frias, a revalidação do Tambor de Crioula, Frevo e Ofício das Paneleiras de Goiabeiras preserva os nossos costumes e, principalmente, o resgate da cultura popular brasileira. “A cultura de um povo é sua alma e o nosso objetivo é resgatar a cultura popular e devolvê-la ao homem comum”, disse.
“É com grande alegria que aprovamos a revalidação de mais esses três bens como Patrimônio Cultural do Brasil. Agradeço o empenho do DPI [Departamento do Patrimônio Imaterial] e dos conselheiros na luta para garantir esse direito aos detentores”, destacou a presidente do Iphan, Larissa Peixoto. “Além dos registros e revalidações, também temos trabalhado a todo vapor no planejamento das ações de salvaguarda para que possamos concluir esse processo de proteção e valorização dos 50 bens registrados em todo o Brasil”, acrescenta.
Sobre os bens
O Tambor de Crioula do Maranhão (MA) é registrado como Patrimônio Cultural Imaterial desde 2007. Tradição em grande parte dos municípios maranhenses, a manifestação envolve dança circular, canto e batuque de tambores. Tem origem afro-brasileira e é dançada em louvor a São Benedito, em praças, terreiros e festas. O ponto alto da dança é a punga ou umbigada – ato em que as dançadeiras se cumprimentam batendo barriga com barriga.
O Frevo (PE), tradicional em Recife e Olinda (PE), é expressão musical, coreográfica e poética. Foi registrado como Patrimônio Cultural do Brasil em 2007 e tem origem no final de século XIX. A manifestação reúne melodia e criatividade vindas de outros gêneros. Inicialmente, era praticado por bandas militares, escravos recém-libertos, capoeiras e a nova classe operária de Recife do começo do século XX. O Frevo também está na lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco.
Já os saberes relacionados à fabricação artesanal das panelas de barro estão incluídos no Livro de Registro de Saberes desde o ano 2002. Foi o primeiro bem registrado pelo Iphan como Patrimônio Imaterial. A produção, realizada no bairro de Goiabeiras Velha, em Vitória (ES), envolve técnicas tradicionais e matérias-primas naturais. O trabalho é realizado principalmente por mulheres, que repassam seus conhecimentos às filhas, netas, sobrinhas e vizinhas. As panelas são feitas de argila e modeladas à mão. Depois de secas ao sol, são polidas, queimadas ao ar livre e impermeabilizadas com tinta de tanino. A técnica é herança cultural Tupi-guarani e Una.
Processo de revalidação
Os bens culturais registrados como Patrimônio Cultural passam pelo processo de revalidação a cada dez anos, de acordo com o estabelecido no Decreto nº 3.551/2000. O objetivo é investigar sobre a atual situação do bem cultural, verificar mudanças nos sentidos e significados atribuídos ao bem, entre outros aspectos. A revalidação também busca dar subsídio a ações futuras de proteção e valorização do patrimônio imaterial.
Os processos de revalidação não visam destituir o título de Patrimônio Cultural do Brasil de qualquer bem registrado pelo Iphan. A retirada do título só ocorre, em hipótese remota, se os próprios detentores assim desejarem. Os detentores são convocados a participar de todas as etapas do processo de revalidação e contribuem com a elaboração do Parecer de Reavaliação, disponibilizado para manifestação dos detentores e a toda a população.
Conselho Consultivo
Presidido pela presidente do Iphan, Larissa Peixoto, conforme Regimento Interno do órgão, o Conselho Consultivo é composto por representantes de instituições públicas e privadas, bem como por representantes da sociedade civil.
Cabe ao Conselho examinar, apreciar e decidir sobre questões relacionadas a tombamentos e registros de bens culturais de natureza imaterial. Ao Conselho também compete opinar sobre saídas temporárias do País de bens protegidos e outras questões propostas pela presidente.
Fonte: Ascom/ IPHAN
Novo Museu Do Ipiranga será entregue em setembro de 2022 pelo Governo Federal
O Governo Federal iniciou contagem regressiva para as comemorações do Bicentenário da Independência. Entre as comemorações está a entrega do Novo Museu do Ipiranga.
O Novo Museu do Ipiranga é uma obra fomentada pelo Governo Federal com mais de 84 milhões de reais captados e 76 milhões de reais autorizados a captar no total de 160 milhões de reais, em parceria com a iniciativa privada.
Para o Secretário Especial da Cultura, Mario Frias, o investimento na restauração do Novo Museu do Ipiranga significa um resgate do imaginário público de todos os grandes heróis da nossa independência. “A comemoração do Bicentenário é um evento de todos os brasileiros, e iremos levá-la para cada um de vocês. Vamos celebrar em alto nível essa data tão importante para nossa nação”, disse.
O Novo Museu do Ipiranga tem como objetivo a restauração e modernização completa do museu, visando a sua reabertura para as comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil, em 2022. A obra já avançou em mais de 70% sendo mais uma entrega do governo federal para as comemorações do Bicentenário da Independência.
Fonte: Ascom/Secult
Funarte seleciona compositores e obras musicais para Bienal de Música Contemporânea
Estão abertas, até o dia 24 de setembro, as inscrições para a chamada pública que selecionará compositores e obras musicais para integrarem a XXIV Bienal de Música Brasileira Contemporânea. Promovida pela Fundação Nacional das Artes (Funarte), autarquia vinculada à Secretaria Especial da Cultura, a seleção premiará 48 obras com R$ 1,5 mil. Podem concorrer os autores brasileiros, ou domiciliados no país pelo menos há três anos, que tenham composto peças musicais a partir de 2017 e que não tenham sido contempladas em seleções anteriores do evento.
De acordo com o Secretário Especial da Cultura, Mario Frias, o nosso objetivo é popularizar a cultura brasileira. “Estamos focados em promover a nacionalização da nossa cultura, o fomento para os mais variados artistas, além de incentivar as empresas e os profissionais locais, levando mais emprego e renda a todas as regiões do País”, disse o secretário.
Ao todo, o edital distribuirá R$ 500 mil destinados aos direitos autorais e à utilização das partituras dos selecionados. É importante se atentar, que junto à inscrição, os interessados deverão anexar a partitura, em arquivo digital (PDF), com o nome do autor e a data de composição –, além de arquivos de áudio e documentos (material listado no texto da chamada). Esse conjunto, com as declarações devidamente preenchidas, deve ser enviado pelo candidato para o e-mail bienalxxiv@funarte.gov.br, identificando a mensagem como “XXIV BMBC – AUTOR – TÍTULO DA OBRA”.
Segundo o Centro da Música da Funarte, responsável pelo programa, a XXIV Bienal, que acontecerá entre os dias 14 e 21 de novembro de 2021, homenageará compositores “que se tornaram referência na música brasileira contemporânea, assim como foi feito nas edições passadas”. A expectativa é de que o resultado da seleção seja divulgado no próximo dia 8 de outubro.
A BIENAL - A Bienal de Música Brasileira Contemporânea foi criada por Edino Krieger e Myrian Dauelsberg, em 1975, inspirada nos dois Festivais de Música da Guanabara, realizados em 1969 e em 1970, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. As três primeiras bienais foram organizadas pela Sala Cecília Meireles e, a seguir, assumidas pela Funarte, quando Krieger dirigia o então Instituto Nacional de Música da Fundação.
Desde o lançamento do programa, foram realizadas 23 edições, sem nenhuma interrupção. Nessas 23 bienais foram apresentadas cerca de 1.800 obras, sendo 1.002 delas em primeira audição. Em todos esses anos, as bienais possibilitaram a participação de mais de 472 compositores, muitos deles, jovens, o que representa renovação de nomes – de vários pontos do Brasil.
Fonte: Ascom/Funarte
Funarte lança concurso com prêmios de R$ 40 mil para o setor musical
A Fundação Nacional de Artes – Funarte autarquia vinculada à Secretaria Especial da Cultura lança, no dia 16 de setembro de 2021, mais um edital de fomento às artes. Desta vez a iniciativa é direcionada ao setor musical, com um investimento de R$ 1 milhão. Trata-se do Prêmio Funarte Festivais de Música 2021. As inscrições, gratuitas, podem ser realizadas de 17 de setembro a 1º de novembro.
Por meio do concurso, serão selecionadas 24 propostas para a realização de espetáculos musicais, debates, palestras, oficinas, entre outras atividades relacionadas a festivais de música considerados relevantes no país. Cada projeto contemplado receberá R$ 40 mil.
Para o Secretário Especial da Cultura, Mario Frias, o compromisso é levar cultura para todos os brasileiros. “Estamos focados em promover a nacionalização da nossa cultura, o fomento para os mais variados artistas, além de incentivar as empresas e os profissionais locais, levando mais emprego e renda a todas as regiões do País”, disse.
O objetivo da ação é apoiar um setor que, devido à natureza de suas atividades, foi fortemente impactado pela pandemia de covid-19. Além disso, o concurso beneficiará festivais que, ao longo dos anos, venham contribuindo para o fortalecimento da música brasileira. A portaria que institui o edital foi publicada no Diário Oficial da União em 16/9. O documento está disponível nesta página – acesse-o aqui.
De acordo com o edital, é obrigatório que o festival participante já tenha sido realizado ao menos três vezes no território nacional. No entanto, o Centro da Música da Funarte esclarece que os projetos não precisam ficar restritos à realização de shows e concertos. “Os candidatos podem propor atividades de naturezas diversas. O objetivo pode ser realizar uma edição virtual do festival concorrente, por exemplo. Ou uma programação musical que integre a edição presencial, em 2022. E pode ser também uma proposta de debates, cursos ou de produção de produtos relacionados às edições anteriores. Nosso objetivo continua sendo o apoio a essa cadeia produtiva, de forma ampla”, explica a coordenadora de música popular da Fundação, Eulícia Esteves.
Condições para participação
O projeto deve ser inscrito pela pessoa jurídica responsável pelo festival de música vinculado à proposta. Podem participar PJs de natureza cultural, com ou sem fins lucrativos. Não é permitida a inscrição por microempreendedor individual (MEI) e por pessoas físicas. Cada proponente poderá inscrever somente um projeto, com exceção para as associações e cooperativas. No ato da inscrição, a candidata deverá comprovar a sua condição de realizadora das três edições anteriores do festival concorrente. Todas as condições para participação estão detalhadas no item 4 do edital.
Inscrições
As inscrições ficam abertas de 17 de setembro a 1º de novembro de 2021. A inscrição é realizada exclusivamente pela internet, mediante preenchimento e envio de formulário on-line específico, disponível no link abaixo. Leia mais sobre inscrições no item 6 do edital.
Seleção
A seleção dos projetos será realizada em três etapas: Habilitação, Avaliação e Análise documental. A primeira, uma triagem eliminatória, tem o objetivo de verificar o correto preenchimento do formulário, anexos obrigatórios e cumprimento das exigências do edital. Já a Avaliação, classificatória, será realizada por uma comissão de seleção composta por sete membros – sendo seis deles especialistas da sociedade civil e um servidor do Centro da Música da Funarte. Mais informações sobre o processo seletivo estão nos itens 7, 8 e 9 do edital. Critérios de avaliação encontram-se detalhados no item 10.
Festivais impulsionam cadeia produtiva musical
Festivais e mostras são iniciativas de grande relevância para a cadeia produtiva da música. Funcionam como importantes “vitrines” para milhares de artistas, em diferentes estágios de suas carreiras, e geram emprego e renda para prestadores dos mais diversos serviços, durante o ano inteiro. Além disso, contribuem para a qualificação e a profissionalização do setor musical, pois geralmente englobam oficinas, “master classes”, palestras e debates em suas programações.
Recursos
Do total de R$ 1 milhão empregado no edital, R$ 960 mil destinam-se às premiações e R$ 40 mil a custos administrativos.
Informações
Os interessados em participar do concurso devem ler com muita atenção todo o edital – disponível no link abaixo. Caberá ao responsável pela inscrição acompanhar a atualização das informações sobre o edital, na página referente ao mesmo.
Acesse aqui a página do edital
Fonte: Ascom/ Funarte
Aberta consulta pública sobre o Samba de Roda do Recôncavo Baiano (BA)
Samba de Roda do Recôncavo Baiano (BA) vai passar por um processo de revalidação do título de Patrimônio Cultural do Brasil. Com a publicação do extrato de parecer técnico no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (16), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) abriu prazo de 30 dias para que a população se manifeste sobre a revalidação do bem cultural. Qualquer pessoa pode participar e opinar sobre o tema até o dia 15 de outubro.
Para a revalidação do título de Patrimônio Cultural do Samba de Roda do Recôncavo Baiano (BA), o Iphan elaborou, em parceria com organizações diretamente envolvidas e pesquisadores, o parecer de revalidação, que trata das transformações pelas quais passou o bem cultural nos últimos anos.
O parecer aponta as transformações pelas quais o bem cultural passou, enfatizando, contudo, que suas principais referências culturais e aspectos culturalmente relevantes permanecem vigentes. O documento destaca ainda modificações em aspectos técnicos (vestuário e instrumentos musicais); a valorização e o protagonismo da mulher sambadeira; os processos de aprendizagem; entre outras.
Há um conjunto de mudanças positivas, aponta o parecer. O aumento do número de grupos e a intensificação da mobilização social dos detentores são algumas das transformações. Além disso, a compreensão cada vez mais apurada dos mecanismos públicos de financiamento e apoio ao seu Patrimônio Cultural, bem como a disposição das comunidades para dialogar com diversas esferas públicas, compõem a lista de rearranjos em curso na vivência das detentoras do Samba de Roda.
Manifestações
As manifestações podem ser realizadas via formulário digital disponível ao final da matéria. Detentores, organizações e cidadãos de qualquer idade podem se manifestar por meio do correio eletrônico dpi@iphan.gov.br ou via correspondência, enviando propostas para o Departamento de Patrimônio Imaterial - Diretor - SEPS Quadra 713/913, Bloco D, 4º andar - Asa Sul -Brasília - Distrito Federal - CEP: 70.390-135.
Ao término dos 30 dias, as eventuais manifestações sobre o parecer de revalidação serão integradas ao processo a fim de subsidiar a avaliação do bem registrado. O processo será encaminhado ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que decidirá sobre a Revalidação do Título de Patrimônio Cultural do Brasil.
No entanto, em regra, uma eventual perda do título é uma hipótese remota. Por exemplo, esse seria o caso em que o bem a ser salvaguardado não mais existisse ou se os detentores não demonstrassem interesse em seguir adiante com a relação que o registro estabelece entre eles e o Estado, o que não é o caso do Samba de Roda do Recôncavo Baiano, como o parecer destaca.
Sobre o bem
O Samba de Roda do Recôncavo Baiano é uma expressão musical, coreográfica, poética e festiva das mais importantes e significativas da cultura brasileira. Exerceu influência no samba carioca e, até hoje, é uma das referências do samba nacional. O Samba de Roda foi inscrito do Livro de Registro das Formas de Expressão, em 2004. Está presente no estado da Bahia e é especialmente forte e mais conhecido na região do Recôncavo, a faixa de terra que se estende em torno da Baía de Todos os Santos. Em 2005, a Unesco reconheceu esse bem imaterial como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
Fonte: Ascom/ Iphan
Funarte realiza concerto de abertura das comemorações pelos 200 anos de Independência do Brasil
A Fundação Nacional de Artes – Funarte, por meio do programa Arte de Toda Gente, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), vai dar início às suas ações pelos 200 anos de Independência do Brasil com uma apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS), sob regência de Claudio Cohen e com participação especial do tenor Saulo Laucas. Com formação em canto lírico, bacharel pela Escola Nacional de Música da UFRJ, Laucas é autista e deficiente visual desde o nascimento e segue carreira com apresentações em diversas cidades do País. A cerimônia será realizada no dia 21 de setembro, às 20h, na Concha Acústica do Distrito Federal, em Brasília. No repertório, estarão obras clássicas relacionadas ao momento histórico.
A Concha Acústica do Distrito Federal, com capacidade para cinco mil pessoas, estará aberta para receber até 1.200 pessoas no espetáculo, em respeito às medidas de saúde pública. O espaço foi reaberto em agosto deste ano, após reforma. Os ingressos podem ser adquiridos gratuitamente, a partir do dia 16 de setembro, quinta-feira, pela plataforma www.oquevemporai.com. O concerto também poderá ser assistido pelo canal do Arte de Toda Gente no YouTube.
O repertório do concerto abrange obras de compositores brasileiros e estrangeiros que, de alguma forma, têm relação com a Independência e com D. Pedro I ou são contemporâneos deles. O programa contará com criações dos brasileiros José Joaquim de Souza Negrão, da Bahia; José Maurício Nunes Garcia, do Rio de Janeiro; João de Deus Castro Lobo, de Minas Gerais; e Antônio Carlos Gomes, de São Paulo. Já as composições internacionais são de Marcos Portugal, de Portugal; Gioachino Rossini, da Itália, e César Franck, da Bélgica.
A cerimônia marca o início das atrações da Funarte pelo bicentenário da Independência. O evento é realizado pela Fundação, pelo Ministério do Turismo e pela Secretaria Especial da Cultura, com apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal. Ele é fruto de ações dos três projetos que integram o Arte de Toda Gente (ATG), programa da Fundação com a UFRJ: Bossa Criativa, Um Novo Olhar (UNO) e Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos). Um dos objetivos do Bossa Criativa é promover ações de artes integradas em locais reconhecidos pela Unesco como patrimônio da humanidade — entre eles, Brasília. Por sua vez, o tenor Saulo Laucas está entre os artistas participantes do UNO, enquanto a produção do concerto faz parte das ações do Sinos. O ATG tem curadoria da Escola de Música da UFRJ.
Convidados especiais
A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) foi fundada em março de 1979, pelo maestro e compositor Claudio Santoro, e é considerada uma das principais instituições do gênero no Brasil. Em sua trajetória, realizou milhares de concertos, temporadas de ópera e balé, acompanhou importantes artistas brasileiros e estrangeiros e realizou gravações e turnês nacionais e internacionais. Gravou diversos discos com repertório de música brasileira, com destaque especial para os títulos Sinfonias dos 500 anos e Clássicos do Samba.
Dirigida atualmente pelo maestro titular e diretor artístico Claudio Cohen, a OSTNCS também tem, em sua linha de atuação, atividades como concertos sociais e educacionais; festivais de ópera; seminários internacionais de dança; a série Concertos nos Parques; entre outras, com presença em diversos segmentos da sociedade.
Cidadão Honorário de Brasília, Claudio Cohen tem participação ativa no cenário musical do país e do exterior, como maestro e como artista convidado de festivais de música e orquestras. É membro fundador da OSTNCS e membro da Academia de Letras e Música do Brasil (ALMUB). É detentor da Ordem do Mérito de Brasília, da Ordem do Mérito Cultural do Distrito Federal e da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, além de outras conquistas recebidas ao longo da carreira.
O tenor Saulo Laucas nasceu no Rio de Janeiro, em 4 de maio de 1984. Deficiente visual desde o nascimento, aos três anos de idade foi diagnosticado autista. Na infância, descobriu o talento para a música e, com apoio da família e de professores, começou a estudar piano. Depois, investiu no canto, aprimorando-se a cada dia. Hoje, bacharel em canto pela Escola de Música da UFRJ, segue carreira como tenor, com apresentações em diversas cidades brasileiras e participações na TV. Gravou seu primeiro CD Belle Canzoni Italiane em abril de 2020.
Repertório do concerto do dia 21 de setembro, às 20h, na Concha Acústica do DF
A Estrella do Brasil (1816), de José Joaquim de Souza Negrão (BA)
Abertura em Ré, de José Maurício Nunes Garcia (RJ, 1767-1830)
Abertura II Ducadi Foix (1805), de Marcos Portugal (Portugal/Brasil, 1762-1830)
Abertura em Ré, de João de Deus Castro Lobo (MG, 1794-1832)
Sonata para cordas, de Antônio Carlos Gomes (SP, 1836-1896)
La Scala di Seta (1812), de Gioachino Rossini (Itália, 1792-1868)
Panis Angelicus, de César Franck (Bélgica, 1822-1890), interpretada por Saulo Laucas
Sobre os compositores e suas obras
José Joaquim de Souza Negrão é um compositor baiano que viveu entre o final do século XVIII e as primeiras três décadas do século XIX. Poucos dados sobre sua vida e atuação chegaram aos nossos dias. Uma das referências é uma carta enviada, em 1818, por D. João VI ao então Governador e Capitão General da Bahia, criando na cidade de Salvador uma cadeira pública de música, para a qual o compositor foi nomeado, ocupando o posto até a sua morte, em 1832. De Souza Negrão, sobreviveram duas cantatas, O Último Cântico de David (1817) e A Estrella do Brazil, dedicada “ao Sereníssimo Príncipe da Beira, para o dia 12 de outubro de 1816”, ou seja, dedicada ao Príncipe D. Pedro I. A abertura da cantata foi localizada pelo maestro Ernani Aguiar, na Biblioteca da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A música de Souza Negrão é de estilo operístico italiano, condizente com o gosto musical imperante na Corte brasileira. A partitura foi editorada pelo Sistema Nacional de Orquestras Sociais, projeto da Funarte em parceria com a UFRJ, e agora está disponível para todas as orquestras brasileiras.
José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) é reconhecido como o mais importante compositor não europeu de seu tempo. Mestre de Capela da Sé do Rio de Janeiro, foi nomeado para o mesmo posto na Capela Real por D. João VI na sua chegada ao Rio de Janeiro, em 1808. Sua obra é principalmente sacra e vocal, com destaque para as Matinas do Natal (1799); a Missa de N. Sra. da Conceição (1810); o Requiem (1816), composto para as Exéquias de D. Maria I; e a Missa de Santa Cecília (1826), sua última obra. Por ocasião da Independência, D. Pedro I manteve José Maurício como mestre de sua Capela Imperial. A Abertura em Ré é uma das poucas obras instrumentais de José Maurício. Composta em data ignorada, o único manuscrito sobrevivente se encontra no Centro de Ciências, Letras e Artes, em Campinas (SP), originário do acervo de Manoel José Gomes, pai do compositor Carlos Gomes.
Marcos Portugal (1762-1830) nasceu em Portugal e estudou na Itália. Tornou-se célebre em toda a Europa como autor de óperas, com títulos encenados em diversos países. Convocado por D. João VI, chegou ao Rio de Janeiro em 1811, onde se tornou professor de música da família real e diretor dos teatros da Corte. Foi o professor de música do Príncipe D. Pedro I, auxiliando o futuro imperador em suas primeiras composições. Por ocasião do retorno de D. João VI para Portugal, optou por permanecer no Brasil, tornando-se cidadão brasileiro após a Independência. A abertura II Duca de Foix, composta em 1805 para a ópera de mesmo nome, é uma de suas obras orquestrais mais executadas. Nela se revela o estilo da ópera buffa italiana, que predominava entre os compositores luso-brasileiros da época, dentre os quais, Marcos Portugal é um dos mais importantes, com papel significativo na história da música do Brasil e de Portugal.
João de Deus Castro Lobo (1794-1832) é um dos mais destacados compositores mineiros atuantes no Primeiro Reinado. Contemporâneo de Souza Negrão, José Maurício e Marcos Portugal, nasceu em Vila Rica, mas atuou profissionalmente sobretudo na cidade de Mariana, onde estudou no seminário local e se ordenou padre. Na cidade, foi organista da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência e mestre de capela da catedral. Não deixou uma obra numerosa, pois faleceu precocemente, aos 38 anos. Dentre as partituras que chegaram aos nossos dias, se destacam as da Missa e Credo a 8 vozes, Matinas do Espírito Santo e as Matinas de Natal. Sua Abertura em Ré se junta às obras de Souza Negrão e Nunes Garcia como exemplos da música instrumental composta no Brasil no período da Independência. Há registros da atuação de Castro Lobo como regente na Casa da Ópera de Vila Rica. O contato com o repertório lírico pode ter motivado a composição da Abertura em Ré, na qual se destaca um grande solo de violoncelo na introdução.
Sendo o repertório italiano predominante nas encenações operísticas no Brasil no período da Independência, são encontrados nos arquivos brasileiros vários exemplares de óperas de autores italianos em cópias manuscritas. O compositor italiano de maior repercussão internacional, inclusive no Brasil, no período da Independência, foi Gioachino Rossini (1792-1868), autor do célebre O Barbeiro de Sevilha, que estreou no Brasil em 21 de julho de 1821, no Teatro São João do Rio de Janeiro. Sua abertura La Scala di Seta foi composta em 1812.
No mesmo ano em que D. Pedro I declarava a Independência do Brasil, nascia César Franck (1822-1890), compositor belga com atuação em Paris. Panis Angelicus é uma de suas melodias mais conhecidas, interpretadas por cantores em todo mundo, não só em cerimônias litúrgicas, mas também em concertos.
Enquanto no Brasil o processo da Independência se firmava, o compositor Antônio Carlos Gomes (1836-1896) nascia em Campinas (SP). Após sua transferência para o Rio de Janeiro, ele estudou no Conservatório de Música, atual Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Carlos Gomes viria a fazer carreira internacional com o sucesso de sua ópera Il Guarany, no Teatro Scala de Milão, em 1870. Um dos mais importantes representantes do romantismo musical no Brasil, Carlos Gomes compôs sua Sonata para Cordas, a pedido do seu irmão Sant’Ana Gomes, em 1894, sendo uma de suas poucas obras para orquestra extraídas de uma de suas óperas.
Programa Arte de Toda Gente
O programa Arte de Toda Gente foi criado por meio da parceria entre a Fundação Nacional de Artes – Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com curadoria da Escola de Música da instituição. Ele é composto pelos projetos: Bossa Criativa, Um Novo Olhar (UNO) e Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos).
Bossa Criativa
No Bossa Criativa, arte, cultura e inclusão têm como palco a internet e patrimônios da humanidade. São mais de 350 artistas e educadores, de várias regiões do país, em apresentações, lives, mostras e oficinas de capacitação nas áreas de música, dança, teatro, circo, artes visuais, empreendedorismo e gestão cultural. Mais de 200 horas de conteúdo já estão no ar, com foco na diversidade e democratização da cultura. Quando as condições sanitárias permitirem, o projeto passará a oferecer, também, atividades presenciais, em nove cidades em que estão localizados pontos do patrimônio cultural brasileiro: Ouro Preto e Belo Horizonte (MG); Brasília (DF); Rio de Janeiro e Paraty (RJ); São Cristóvão (SE); São Luís (MA), Olinda (PE) e São Miguel das Missões (RS).
Um Novo Olhar (UNO)
O UNO atua em duas frentes estruturantes: reúne capacitações em arte-educação e acessibilidade e em regência de canto coral infantil. O intuito é promover a ação pedagógica em arte como forma de inclusão e capacitação para professores que atuam com crianças, jovens e adultos com deficiência. O projeto reúne mais de 70 artistas e educadores e mais de 200 horas de performances, apresentações, capacitações e lives, além de publicações, palestras e congressos com a participação de especialistas de diversos países. Os cursos de arte/educação + acessibilidade + inclusão contam com alunos de todo o Brasil.
Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos)
O Sinos é sustentado por uma rede de dezenas de profissionais de música, que atuam em cursos, oficinas, concertos e festivais. O objetivo é capacitar regentes, instrumentistas, compositores e educadores, apoiando projetos sociais de música, e contribuir para o desenvolvimento das orquestras-escola e bandas de música em todo o Brasil. Inúmeras parcerias estão em desenvolvimento e, desde o seu lançamento, já foram veiculadas, de forma on-line, mais de 500 vídeo-oficinas, com mais de 200 horas de conteúdo pedagógico, além de concertos e publicações (partituras para orquestras jovens, bandas e a revista Sinos).
Como forma de unificar todos esses projetos em um só evento, foi lançado, no mês de julho, o Festival Arte de Toda Gente, que será apresentado até o final de setembro de 2021. A programação reúne mais de 100 professores e mais de 400 artistas das mais diversas vertentes e origens geográficas. As ações ocorrem por meio de oficinas, mostras, encontros e apresentações, ao vivo e gravadas, transmitidas gratuitamente pela internet.
Abertura das ações da Funarte pelos 200 anos de Independência do Brasil
Concerto com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro
Participação do tenor Saulo Laucas
Dia 21 de setembro, terça-feira, às 20h
Concha Acústica do Distrito Federal
Endereço: SCEN - Brasília, DF, 70297-400
(Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte, ao lado do Museu de Arte de Brasília – MAB)
Evento gratuito
Ingressos disponíveis a partir de 16 de setembro em: https://www.oquevemporai.com/
Transmitido pelo canal Arte de Toda Gente no YouTube (https://www.youtube.com/artedetodagente)
Realização
Fundação Nacional de Artes – Funarte | Secretaria Especial da Cultura | Ministério do Turismo | Governo Federal | Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Curadoria: Escola de Música da UFRJ
Acompanhe as ações dos projetos Bossa Criativa, Sinos e UNO nos sites próprios, no canal Arte de Toda Gente no YouTube e no Portal Funarte.
Outras ações e editais da Funarte: www.funarte.gov.br
Mais informações para a imprensa
Assessoria de Comunicação – Funarte
Brasil recebe terceiro Seminário Internacional de Patrimônio e Turismo do Mercosul
Com o tema “Estratégias para a valorização do patrimônio e a retomada do turismo frente aos desafios e oportunidades do século XXI”, será realizada a terceira edição do Seminário Internacional de Patrimônio e Turismo no Mercosul (Sempat), entre os dias 18 e 21 de outubro. Organizado a partir da parceria entre Comissão de Patrimônio Cultural do Mercosul, Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) e Ministério do Turismo, o evento online, realizado via Zoom, será transmitido no canal do Iphan no Youtube.
A realização do III Sempat é um dos compromissos assumidos pelo Brasil para o exercício da presidência pro tempore do Mercosul no segundo semestre de 2021. A abertura do seminário, marcada para 15h, horário de Brasília, terá roda de conversa com a participação do ministro do turismo, Gilson Machado, do secretário especial da cultura, Mario Frias, e da presidente do Iphan, Larissa Peixoto.
"De acordo com a Unesco, o turismo cultural, quando bem executado, é tanto um vetor de geração de emprego e renda quanto um meio para preservar os sítios culturais. Por conta disso, o III Sempat será um momento muito importante para que as nações da América do Sul pensem em alternativas de recuperação econômica em meio à nova realidade trazida pela Covid-19“, aponta a presidente do Iphan, Larissa Peixoto.
A terceira edição do seminário abordará o tema do Patrimônio Cultural em sua intersecção com a economia criativa, o desenvolvimento sustentável, as experiências turísticas e a participação das comunidades. Além de oportunidades de crescimento econômico, o Sempat colocará a preservação do Patrimônio Cultural no cerne do debate. Os temas transversais abordados incluem o processo de valorização dos bens culturais e a criação de narrativas e de ferramentas para manter suas características originais.
Com isso, o seminário vai possibilitar a troca de experiências entre os países da região quanto à gestão do patrimônio e do turismo em sítios reconhecidos como Patrimônio Mundial em seus territórios, além de gerar reflexão sobre alternativas presentes e futuras.
Durante o evento, gestores de diferentes países apresentarão estudos de caso com indicadores sobre a gestão do patrimônio e do turismo no cenário atual. O III Sempat contará também com a participação de representações da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
A primeira edição do Sempat foi realizada em Colônia do Sacramento, Uruguai, nos dias 25 a 27 de abril de 2016. Já a segunda edição do evento, foi realizada em Encarnación, Paraguai, nos dias 3 a 4 de abril de 2018. Ainda em 2018, na reunião do Comitê Técnico de Patrimônio e Turismo do Mercosul (Compat), o Brasil se comprometeu a sediar e organizar o III SEMPAT.
Inscrições
As inscrições estão abertas até 8 de outubro, ou até se esgotarem as vagas, que são limitadas. Os participantes inscritos poderão acompanhar o evento a partir da plataforma Zoom, haverá tradução simultânea português-espanhol. Adicionalmente, o evento será transmitido no canal do Iphan no Youtube.
Nos dias 19 e 20, o público também poderá participar da oficina “Patrimônio e educação: transpondo fronteiras, conectando territórios”, ministrada pelo Núcleo de Educação Patrimonial do Iphan (com os servidores Sônia Rampim Florêncio, Marcia Pacito, Paulo Peters). Também será promovida a oficina “Economia Criativa, Patrimônio Cultural e Turismo”, ministrada pelo professor Marcelo Sotratti, do Centro Lúcio Costa/Iphan, e pela professora Karina Poli do Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação, Núcleo de Pesquisa da Universidade de São Paulo. Cada participante poderá se inscrever em uma única opção.
Acesse aqui para realizar sua inscrição
Para assistir no Youtube, clique nos links abaixo
Segunda-Feira (18 de outubro), abertura 15h, horário de Brasilia
Terça-Feira (19 de outubro), a partir de 9h, horário de Brasília
Quarta-Feira (20 de outubro), a partir de 9h, horário de Brasília
Quinta-Feira (21 de outubro), a partir de 9h, horário de Brasília
Ascom/ Iphan