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DATA COMEMORATIVA
Páscoa: principais destinos para experimentar pratos típicos do feriado religioso
Crédito: Clauber Maciel/Secretaria Municipal de Turismo e Cultura de Canela/RS
Chegou uma das épocas mais esperadas no ano: a Páscoa, que é marcada pela representação religiosa, pelo momento de comer muito chocolate ou de juntar a família para confraternizar e se deliciar com uma refeição especial. Esse feriado traz à mesa da população brasileira diversos pratos típicos, e é claro que o Ministério do Turismo (MTur) não deixaria de indicar alguns locais que atraem os turistas com pratos saborosos.
SIGNIFICADO – Celebrado em todo primeiro domingo de abril, a Páscoa celebra a paixão de Jesus Cristo e reúne milhões de fiéis pelo Brasil. Cada religião possui a sua forma de manifestar essa expressão de fé, no catolicismo, por exemplo, os fiéis comemoram a Páscoa realizando um jejum de carne vermelha, normalmente sendo 40 dias antes da Sexta-feira Santa.
Na cultura Judaica, é comemorado o fim da escravidão, com a saída do povo de Deus do Egito. São servidos pratos tipicamente populares do povo hebreu no passado, como o pão ázimo-matzá (pão assado sem fermento), a carne de cordeiro e também alguns doces. Pelo Brasil, a festa é realizada em diversas vertentes, variando em denominações religiosas, tradições e símbolos das Páscoa.
Em cada região do país, o feriado é celebrado com suas refeições típicas. Depois de entender o significado da Páscoa, é hora de aproveitar para conhecer um pouco mais das delícias que são servidas na data. Conheça as principais opções de destinos com receitas deliciosas:
CENTRO-OESTE – Passeando pelas ruas históricas e casarões do século 18, a Páscoa em Pirenópolis (GO) é celebrada com rituais e festas populares. Na região, são realizadas procissões e manifestações populares que envolvem música, queima de fogos, congadas, bailes, muito chocolate, e a famosa Festa do Divino, que distribui "Verônicas de Alfenim” - doces esculpidos pela população feitos de açúcar, limão e clara de ovo -, além dos saborosos "Pãezinhos do Divino".
Adentrado o sul do Centro-Oeste, a região de Mato Grosso do Sul carrega em suas raízes a influência paraguaia. Os turistas podem experimentar a famosa chipa, uma versão diferente do pão de queijo, feita com ervas temperadas. Há ainda a opção de conhecer a sopa paraguaia, feita a base de milho, que lembra mais uma torta.
E a comida na região vai além do sabor: Em Cuiabá, diz a tradição que as pessoas que comerem canjica em sete casas diferentes podem fazer um pedido e ele será realizado.
SUDESTE – Todos os anos, São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ) se unem para manter uma grande tradição. A comunidade grega reúne o máximo de pessoas, onde cada um personaliza seu próprio ovo (ovo de galinha), deposita um pedido e, de acordo com a tradição, os ovos que permanecerem intactos, terão o seu pedido realizado. Reunidos pela Páscoa Grega, a comunidade costuma degustar a Magiritsa (sopa de fressura de borrego da Páscoa), uma sopa feita de miúdos de carneiro e servida comumente após os 48 dias de quaresma.
Viajando para o Sudeste do país, as cidades carregam um misto de costumes e iguarias. Em Guaratinguetá (SP), no Vale da Paraíba, acontece o Festival da Paçoca e do Pilão, que reúne milhões de pessoas nessa época. Expostas em barracas, durante o evento são oferecidos doces e salgados preparados com amendoim, farinha de mandioca, açúcar e sal.
Em Ouro Preto (MG), cidade histórica e cheia de paroquias barrocas, acontece o famoso “tapete de flores”. Percorrendo 3 quilômetros, a cidade é decorada com tapetes que são apreciados durante as procissões. Neles estão presentes desenhos de serragem colorida, flores, areia e palha. Podem ser imagens religiosas ou mesmo formas geométricas. Durante essa época, é comum as mesas servirem comidas típicas mineiras com um café quentinho e pão de queijo.
SUL – A região Sul é famosa pela comercialização e produção de chocolate e no Rio Grande do Sul as cidades recebem uma super decoração e contam com pratos para lá de saborosos. O estado carrega em sua culinária a influência alemã, como a Cuca, prato típico também servido na Páscoa, com sabores doces, crocantes e amanteigados.
Falando em cultura alemã, Pomerode (SC) é conhecida como “cidade mais alemã do Brasil”. Nela é realizado o Osterfest, que dura um mês e celebra o feriado com os mais diversos tipos de ovos e com o maior ovo de Páscoa do mundo (reconhecido pelo Guinness World Records).
Marcado pelos descendentes e imigrantes ucranianos, o Paraná é conhecido por servir a famosa Paska, um pão artesanal, preparado no dia de domingo em família. O estado conta ainda com os pêssankas, ovos que são decorados à mão e enviam bons desejos aos presenteados.
NORDESTE – Há espaço para tudo no Brasil, no Nordeste, por exemplo, existem três principais pratos que estão sempre presentes na Páscoa. De origem africana, tipicamente consumido na Sexta-Feira Santa, o quibebe é feito como um tipo de purê de jerimum (abóbora) e é um dos pratos mais consumidos na região. Em segundo, encontrado principalmente na Bahia, está o arroz de coco (cozido com leite), e em terceiro o representativo feijão de coco, servido como um caldo bem grosso.
O peixe é uma das grandes atrações desse feriado. Reconhecida por rankings internacionais de melhores pratos do mundo, a moqueca está presente no feriado dos nordestinos. Oferecendo uma diversidade de pescados, a moqueca da Páscoa leva azeite de dendê, Posta de Tilápia Seara, cebola roxa picadinha, pimenta-de-cheiro e mais alguns ingredientes.
NORTE – O Norte é recheado pelos chocolates únicos, que são moldados com as características da Região, misturando a iguaria com frutas típicas. As principais escolhas são açaí, cupuaçu, cajá e castanha-do-pará e ainda o Camaru, semente que tem sabor parecido com o da baunilha. É claro que o açaí também estaria presente junto com os pratos salgados, sendo degustado com farinha de tapioca, peixes e camarão.
Realizada por todo o país, a “Procissão do Senhor Morto” é também uma tradição típica do Pará. Durante a caminhada, as pessoas que possuem alguma doença, medem a parte do corpo de Cristo relativa à doença com um pedaço de barbante, que é amarrado na parte do corpo doente.
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Por Vitória Moura
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo