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TURISMO DE EVENTOS
Impulsionado pelo G20, Turismo de Eventos movimenta o Rio de Janeiro com previsão de injetar R$ 600 milhões na economia do estado
Flickr G20 Brasil
O Rio de Janeiro (RJ) vive um mês de intenso movimento devido aos inúmeros eventos promovidos na capital fluminense. O destaque é nesta semana, com aeroportos, hotéis, restaurantes e outros empreendimentos lotados por conta da Cúpula do G20, um dos eventos mais importantes do calendário global. A reunião de líderes das maiores economias do mundo, agendada para os dias 18 e 19 de novembro, tem a previsão de injetar R$ 600 milhões na economia da Cidade Maravilhosa.
“O Turismo de Eventos fortalece as potencialidades dos destinos, reduzem a sazonalidade do setor, exaltam a cultura local, envolve a população. É um segmento potente e o Ministério do Turismo têm incentivado por entender que ele é um gigante na contribuição de movimentação econômica e empregos em todo o país”, afirmou o ministro do Turismo, Celso Sabino.
Além de fortalecer positivamente a imagem do Brasil no cenário internacional, o Turismo de Eventos demonstra aquecimento em todo o país, gerando renda e empregos. Nos primeiros seis meses do ano, o consumo estimado no setor de recreação, que abrange eventos culturais e de entretenimento, alcançou R$ 64 bilhões, um aumento de 8,3% em relação ao mesmo período de 2023 (R$ 59 bilhões). Os números são do Radar Econômico, estudo realizado pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (ABRAPE). No que se refere à geração de postos de trabalho, o setor emprega formalmente quase 100 mil brasileiros, sem contar os trabalhadores temporários.
O fluxo de voos internacionais para a capital carioca também cresceu significativamente, registrando um aumento de 41%, impulsionado pelo G20. Destaque para voos vindos de países como Emirados Árabes, Alemanha e Estados Unidos, cujas taxas de crescimento foram de 160%, 133% e 128%, respectivamente. No total, foram registrados 388 voos internacionais, contra 275 no mesmo período do ano passado.
Além do impacto econômico direto, o G20 reforça a visibilidade do Rio como destino turístico e de eventos. O Rock in Rio, realizado no primeiro fim de semana de setembro, elevou em 37% as buscas por acomodações e promoveu um impacto econômico de R$ 2,9 bilhões na economia fluminense, segundo estimativa da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Esse valor representa um aumento de 7,8% em relação aos R$ 2,69 bilhões da edição de 2022. Já o Carnaval, realizado no início do ano, movimentou cerca de R$ 5 bilhões, atraindo mais de 8 milhões de foliões.
A alta demanda impactou diretamente o Aeroporto Internacional do Galeão, que projeta um fluxo de 326 mil passageiros entre o início do G20 e o feriado da Consciência Negra, em 20 de novembro. Esse volume é 68% maior em relação ao ano passado e supera até mesmo os picos de Carnaval e Réveillon, tradicionalmente as épocas de maior movimento turístico na cidade. Durante esse período, o aeroporto receberá mais de 2 mil voos, um aumento de 87% em relação a 2023, destacando-se como ponto estratégico para o transporte de participantes, visitantes e cariocas que aproveitam o feriado.
O turismo de eventos também beneficiou o setor hoteleiro carioca. De acordo com o Sindicato Patronal dos Meios de Hospedagem do Rio (HotéisRIO), a ocupação média dos hotéis da cidade é de 80%, enquanto em bairros turísticos como Ipanema e Leblon essa taxa é ainda maior, alcançando 90,7%. Já nos hotéis cinco estrelas, escolhidos para hospedar delegações estrangeiras, a taxa de ocupação ultrapassa 95%.
PERSE - Em maio deste ano, foi sancionada a nova lei do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), que retoma e reformula incentivos federais para o segmento. O texto isenta, por exemplo, prestadores de serviços e empresas ligadas ao ramo do pagamento de Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ); da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e de PIS/Cofins pelo prazo de 60 meses.
Têm direito ao benefício atividades como hotéis; apart-hotéis; restaurantes e similares; bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas (com e sem entretenimento); agências de viagem (incluindo empresas de cruzeiros); operadores turísticos; parques de diversão e parques temáticos; atividades de jardins botânicos, zoológicos, parques nacionais, reservas ecológicas e áreas de proteção ambiental; e serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas, entre outros.
Por Cacau Bispo
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo