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Como melhorar o atendimento ao público LGBT
São Paulo, SP - O turismo está com os olhos voltados para o exigente segmento LGBT (Lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) e se adequa as necessidades desse público. “Não basta colocar na frente do estabelecimento a bandeira colorida, é preciso capacitar os profissionais”, disse Heitor Ferreira Filho, da ABRATGLS, em palestra. “Mas, antes de qualquer iniciativa, é preciso derrubar preconceitos e rótulos”.
Para quem tem interesse em melhor atender o público LGBT, Ferreira dá dicas simples e importantes. “O grande segredo é atender de forma igual e natural; simples assim”.
Na prática, alguns cuidados devem ser tomados. Na reserva, por exemplo, o atendente não deve determinar por si só as acomodações com base nos nomes; o correto é dizer quais os tipos de quartos oferecidos e perguntar qual é o pretendido. Ainda sobre acomodações, no check in, o que está no voucher deve ser respeitado. No caso de dúvida, ler todas as informações para confirmar o serviço; deixe que o cliente identifique se há ou não erro. “Ao ler, se a cama for de casal, evitar /aquele/ olhar muitas vezes de espanto ou reprovação. Estas medidas evitam constrangimentos”, afirma Ferreira.
Os detalhes também são importantes. Muitos hotéis oferecem, por exemplo, pares de chinelos nas cores azul e rosa, pressupondo a recepção de um casal heterossexual. Melhor dar preferência para a cor branca. Mas, se os pares forem ambos azul ou rosa, vai mostrar que o serviço foi pensado especificamente no cliente e indica cortesia.
Outra dica é preparar todos os funcionários do estabelecimento para lidar de forma adequada com o público LGBT. As regras gerais devem, sempre, serem as mesmas para qualquer hóspede, inclusive no caso de beijos e afetos públicos. O estabelecimento é que determina se são ou não permitidos.
Para se ter ideia do potencial do público, o turismo destinado a este segmento cresce 20% ao ano no Brasil, de acordo com Marco Lomanto, diretor da EMBRATUR. Outro dado importante para a cadeia produtiva do turismo é que LGBT gasta em média 30% a mais que o turista de outro segmento.