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Caminhos do Bicentenário: Porto Seguro (BA), o marco zero do Brasil
Memorial Epopeia em Porto Seguro (BA). Crédito: Márcio Filho/Mtur Destinos
Antes de se tornar independente de Portugal, em 1822, o Brasil contou com diversos acontecimentos que marcaram a sua história e levaram a tal fato. Chegada dos portugueses, capitanias hereditárias, guerra dos mascates, inconfidência mineira... o que não faltaram foram episódios que tiveram como palco cidades centenárias que hoje são importantes destinos turísticos do país. Para marcar e relembrar a formação desses atrativos nacionais, a Agência de Notícias do Turismo inicia nesta terça-feira (30.08) uma série de reportagens sobre estes locais que fizeram os “Caminhos do Bicentenário”.
O nosso ponto de partida não poderia ser outro: Porto Seguro (BA). O território em que hoje está situada a cidade baiana foi o local de chegada da expedição de Pedro Álvares Cabral, em 22 de abril de 1500. Os portugueses tinham avistado, na região, o Monte Pascoal (formação rochosa com 536 metros de altura) e dois dias depois aportaram no que chamaram de “Ilha de Vera Cruz”. A partir daí, começava a história de um país cheio de belezas naturais e recursos minerais e de um destino turístico conhecido principalmente pela sua costa litorânea.
Atualmente, quem vai à Porto Seguro, além de conhecer suas belas praias, também passeia pelo seu centro histórico. O local contempla os monumentos e casas coloridas do século 16 a 18, com o Memorial da Epopeia do Descobrimento, onde está situada a réplica em tamanho real da Nau de Cabral (embarcação utilizada pelo português para chegar ao Brasil) e o “Marco Zero do Brasil”, uma escultura com o brasão da Coroa Portuguesa esculpida em pedra.
Os turistas ainda podem conferir no centro histórico uma grande variedade de pertences relacionados ao descobrimento do Brasil e como os povos indígenas viviam antes e depois de 1500. São destacadas, principalmente, as pinturas antigas. Além disso, um dos quadros, por exemplo, é a representação das caravelas chegando ao Brasil no início do século XVI (1500). Há ainda a carta de Américo Vespúcio, nomeada de “Lettera”. Neste documento, Vespúcio contava sua trajetória pelas terras brasileiras.
Ainda no Centro Histórico, os visitantes podem tirar foto e ter uma vista exuberante da cidade no “Farol de Porto Seguro”. Inaugurado em 1907, o local oferta um pouco mais da cultura regional, com bancas de artesanato das proximidades onde podemos encontrar peças reproduzidas pelo povo nativo. E não podemos deixar de falar das famosas cocadas vendidas na localidade dos mais variados tipos e sabores, e da fitinha de Nosso Senhor do Bonfim, onde você amarrará e fará três pedidos.
Ainda falando nos indígenas, na Reserva da Jaqueira, localizada na Mata Atlântica, os Pataxós recebem os turistas com uma palestra interativa e o leva para caminhar pela mata, onde conhece as ervas e as armadilhas utilizadas pelos índios, no passado, e hoje “peças de museu”. A atividade sugere a interação total do turista com a comunidade. O visitante pode praticar arco-e-flecha, fazer pintura corporal, comer peixe assado na hora na folha de patioba. E, para fechar, participar de ritual de confraternização e pernoitar na aldeia em uma oca.
COSTA DO DESCOBRIMENTO – Além de Porto Seguro, outros dois municípios fazem parte da Rota do Descobrimento e trazem um pouco da história do país: Santa Cruz Cabrália e Belmonte. A primeira foi sede da primeira missa no Brasil, celebrada pelo Frei Henrique Soares de Coimbra; e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como destino paisagístico, cultural e histórico. Já a segunda, foi uma homenagem à Pedro Álvares Cabral, que vivia em uma cidade de mesmo nome, em Portugal.
Por Victor Maciel
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo