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Atrativos naturais, históricos e culturais na Rota dos Tropeiros do Paraná
Por Geraldo Gurgel
A cidade de Fazenda Rio Grande, pertinho de Curitiba, será o ponto de partida do revezamento da Tocha Olímpica nesta sexta-feira (15), no Paraná. Localizada nas margens da BR-116, a cidade de apenas 26 anos teve origem em uma antiga fazenda nas nascentes do rio Iguaçu. Marcada pela colonização ucraniana e polonesa tem entre seus pontos turísticos a Igreja Matriz São Gabriel da Virgem Dolorosa. Já o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) local é palco de eventos típicos como o rodeio crioulo.
Santuário Nossa Senhora dos Remédios. Foto: banco de imagens
Com nome inspirado no pinheiro símbolo do Paraná, o município de Araucária, nas margens do rio Iguaçu, está integrada à Região Metropolitana de Curitiba. Além de polo industrial, a cidade mantém características agrícolas com opções de turismo rural. O Caminho de Guavira oferece contato com a vida no campo e a diversidade cultural dos imigrantes eslavos. Entre os atrativos estão rios, bosques, produção de flores, artesanato rural e gastronomia (doces, vinhos e queijos) - incluindo o típico café rural polonês. Vale visitar o Memorial do Imigrante, a Igreja de São Miguel e a Represa Passaúna. No Parque Cachoeira fica o Museu Tingüi-Cuera, com acervo da história local.
Memorial Polonês em Araucária. Foto: banco de imagens
Campo Largo nasceu do pouso de tropeiros gaúchos entre a região Sul e São Paulo. Conhecida como capital da louça e da porcelana, a cidade tem forte influência dos imigrantes poloneses e italianos. E essa herança está presente na arquitetura, culinária e festas típicas. Entre os destaques: o chafariz centenário da Praça João Antonio da Costa- que teria sido inaugurado por D. Pedro II -, o Museu Histórico, a Casa da Cultura, a Lagoa Grande, e a estância hidrotermal Ouro Fino, além da Igreja de Nossa Senhora da Piedade e o antigo engenho de erva-mate, com o Museu do Mate.
Campo Largo. Foto: banco de imagens
Ainda na Rota dos Tropeiros encontra-se a última parada do símbolo olímpico no dia. Ponta Grossa oferece atrativos naturais, históricos e culturais, em meio à paisagem dos Campos Gerais do Paraná. O contraste do antigo com o moderno, a imensidão das belezas naturais e as manifestações culturais são decisivos no reconhecimento da cidade como polo turístico e cultural paranaense. Importante entroncamento rodoferroviário, a cidade tem suas raízes no tropeirismo e na pluralidade étnica dos colonos, símbolos históricos e marcos referenciais presentes no cenário urbano e seus atrativos.
A catedral de Sant’ana e a Igreja Transfiguração do Nosso Senhor (Ucraniana) estão entre os atrativos religiosos, além de monumentos variados, museus e centros culturais. Entre os eventos, destacam-se a Festa do Chope Escuro, a Münchenfest, com 10 dias de duração e atrações da cultura alemã; a Festa da Uva; o Rodeio dos Rodeios; e a Exposição Agropecuária.
Parque Estadual Vila Velha. Ponta Grossa. Foto: banco de imagens
Ponta Grossa também se destaca pelas gigantescas formações rochosas que mudam de cor conforme a hora e a incidência solar, no Parque de Vila Velha. Considerado um dos principais atrativos naturais do estado, o parque é composto por três elementos distintos: os Arenitos - formações rochosas variadas esculpidas ao longo do tempo pelas chuvas e ventos -; as Furnas - crateras naturais profundas, em formato de poços, com vegetação exuberante e água no seu interior (lençol subterrâneo) -; e a Lagoa Dourada, que brilha ao pôr do sol. A cachoeira da Mariquinha, com 25 metros, o Cannyon e a Cachoeira do Rio São Jorge estão entre outros atrativos naturais de Ponta Grossa.
INVESTIMENTOS – O Ministério do Turismo já investiu R 484 milhões em projetos de infraestrutura para o desenvolvimento regional do turismo no Paraná. Para as quatro cidades que receberão o tour da tocha olímpica nesta sexta-feira foram destinados R 290 mil para Fazenda Rio Grande, R 3,6 milhões para Araucária, R 420 mil para Campo Largo e R 200 mil para Ponta Grossa.