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ABNT aprova novas normas para o turismo de aventura
Gustavo Henrique Braga
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicará, nos próximos dias, três novas normas para o turismo de aventura. O objetivo é garantir a oferta de produtos turísticos com segurança e qualidade, além de incrementar a competitividade dos produtos de aventura e ecoturismo para a inserção no mercado internacional.
Duas das novas normas são atualizações para o padrão internacional dos textos atuais da ABNT NBR 15331 e da ABNT NBR 15286, que tratam dos requisitos de gestão da segurança e das informações que as empresas de turismo de aventura devem repassar aos clientes, respectivamente. Quando forem publicadas, as normas ISO ABNT NBR 21101 e ISO ABNT NBR 21103 substituirão os textos atuais. A elaboração do documento base contou com a participação de técnicos da área de qualificação e certificação do Ministério do Turismo.
Já a ABNT NBR 15500, que trata da unificação da terminologia usada pelas empresas para turismo de aventura, terá o texto atualizado, mas sem ser substituída por uma nova norma. Leonardo Persi, coordenador de normalização da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), afirma que as mudanças ajudarão a inserir o Brasil nos padrões internacionais de normalização do setor.
O ministro do Turismo, Vinicius Lages, ressalta que a elaboração dos textos finais das normas ISO 21101 e ISO 21103 contou com discussões lideradas por representantes do Brasil e do Reino Unido. “Por meio da participação da Abeta, a construção da norma ISO teve como DNA a experiência dos empreendedores do turismo de aventura no Brasil”, explica Lages.
O Brasil conta com 32 normas publicadas para as boas práticas de atividades como caminhada, escalada, cicloturismo, mergulho, arvorismo e rafting. As normas servem como base de referência para entidades certificadoras de agências de turismo. As entidades que estão autorizadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) a fazer a certificação são: ABNT Certificadora e Instituto Falcão Bauer da Qualidade.
Atualmente, 7 empresas brasileiras contam com sistema de gestão da segurança certificados em turismo de aventura. Segundo a Associação Férias Vivas, que presta orientação a práticas seguras no turismo, ao aderir às normas ABNT, as empresas passam a ter vantagens como melhor aceitação e credibilidade no mercado, comunicação mais eficiente com os clientes e proteção e diferenciação positiva entre os concorrentes.
Empresários do segmento que quiserem ter acesso às normas de turismo de aventura podem acessar a página do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), clicar na opção Turismo e inserir o CNPJ da empresa. É preciso, no entanto, que a empresa esteja cadastrada no Sebrae.
Entenda o que mudou:
- O Brasil conta atualmente com 32 normas técnicas para o turismo de aventura, elaboradas pela ABNT
- Essas normas são usadas por certificadoras de empresas de turismo de aventura que, por meio dos selos de certificação, garantem ao consumidor que determinada empresa segue os padrões de qualidade e segurança
- Atualmente, 7 empresas brasileiras contam com certificação no turismo de aventura
- Três das 32 normas foram atualizadas e aguardam apenas a publicação pela ABNT
- A ABNT NBR 15331, que trata dos requisitos de gestão da segurança, será substituída pela ISO ABNT NBR 21101
- A ABNT NBR 15286, que trata das informações que as agências de turismo de aventura devem repassar aos clientes, será substituída pela ISO ABNT NBR 21103
- A ABNT NBR 15500, que trata da unificação da terminologia usada pelas agências para o turismo de aventura, terá o texto atualizado, mas manterá o mesmo nome, sem ser substituída
- As mudanças visam alinhar as normas brasileiras ao padrão internacional ISO.<--[if gte mso 9]>
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e ouça comentário em que o ministro Vinicius Lages aponta a evolução do setor quanto ao nível de segurança de suas atividades.<--[if gte mso 9]>
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declaração de Leonardo Persi, da Abeta, sobre os objetivos da definição de normas para empresas que trabalham no segmento.