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A arte e o sabor das cachaças brasileiras que conquistam o Brasil e o mundo
Cachaças premiadas pelo Brasil. Crédito: Ministério da Agricultura e Pecuária
Com suas raízes profundamente fincadas na cana-de-açúcar e um processo de maturação que é uma verdadeira obra de arte, as cachaças brasileiras são reconhecidas por prêmios nacionais e mundiais. De acordo com o Instituto Brasileiro de Cachaça (IBRAC), anualmente, o Brasil produz 800 bilhões de litros dessa bebida, gerando mais de 600 mil empregos diretos e indiretos em todo o país.
No Nacional da Cachaça, celebrado nesta quarta-feira (13/09), a Agência de Notícias do Turismo destaca algumas dessas bebidas brasileiras que acumularam reconhecimento internacional e nacional. Veja abaixo:
MINAS GERAIS – Uma das maiores feiras de cachaça, a Expocachaça apresentou a apuração de mais de 466 amostras de diferentes categorias e de 18 estados do Brasil. O evento apresenta, todos os anos, novas tendências para o gosto e paladar do consumidor brasileiro e estrangeiro, fortalecendo as marcas premiadas.
As cachaças produzidas nas cidades de Bicas e em Bom Jardim de Minas (MG) receberam reconhecimento na ExpoCachaça e mostraram o valor do sabor único de Minas. Vencedora da medalha Duplo Ouro, pelo segundo ano consecutivo, na categoria safras especiais, a Cachaça Morro Velho, produzida em Bicas (MG), recebeu o prêmio pela categoria madeiras estrangeiras. A cachaça produzida em família, é conhecida pelos padrões de alta qualidade, tecnologia e mantendo as peculiaridades das cachaças mineiras.
Já na categoria madeiras brasileiras, a Cachaça do Capitão Amburana, produzida em Bom Jardim de Minas (MG), conquistou a medalha de prata por demonstrar sabores únicos. O líquido é fermentado naturalmente, sem adição de produtos químicos, preservando sua autenticidade, com uma destilação em alambique de cobre, recebendo suavidade adequada.
DISTRITO FEDERAL – No centro do Brasil também têm cachaça de boa qualidade. A cachaça Remedin, de Brasília, carrega inúmeros prêmios na sua trajetória. Em 2022, a iguaria foi campeã do prêmio CNA Brasil Artesanal 2022, e ainda, no mesmo ano, conquistou o reconhecimento entre as 250 cachaças mais queridas do Brasil. A cachaça é feita com uma variedade de canas utilizadas no alambique Amana do Brasil, passando por fermentação e outros processos responsáveis por diminuir a acidez da cachaça. Em 2021, a bebida também recebeu medalha de prata na Expocachaça.
SÃO PAULO – Diretamente da terra da garoa, as cachaças Duas Madeiras Extra Premium, Cachaça Carvalho Americano 10 Anos e Cachaça Cabaré Extra Premium, do Engenho Dom Tápparo conquistaram todos os prêmios Master da categoria no The Global Spirits Masters de 2022.
As bebidas do Engenho começaram a ser produzidas em 1978 para o consumo próprio dos proprietários e para presentear os amigos, ao longo dos anos, o produto começou a ser comercializado. Atualmente, a produção é comandada pela terceira geração da família, no município de Mirassol (SP). Ao longo do ano, a família produz mais de 800 litros de cachaça, que são colocadas em barris que dão à bebida suavidade, coloração e sabor.
RIO GRANDE DO SUL – O sabor das cachaças gaúchas também foi reconhecido internacionalmente pela sua qualidade. No Rio Grande do Sul, a Weber Haus, em Ivoti (RS), conquistou treze medalhas na 20ª edição do Concurso Vinhos e Destilados do Brasil 2021, sendo duas grande ouro, sete de ouro e quatro de prata. O concurso que promove marcas nacionais destacou os sabores únicos da cachaça.
A família Weber é de origem alemã de Hunsrück e iniciou o plantio de cana de açúcar em 1848. Atualmente, a Weber Haus já coleciona mais de 100 premiações e certificados importantes para a agroindústria.
RIO DE JANEIRO – Indicado pelo concurso mundial responsável por apontar as últimas tendências do mercado de bebidas destiladas, a cachaça Tellura, de Campos dos Goytacazes (RJ), conquistou o prêmio ‘Revelação Spirits Selection’ e a grande medalha de ouro do Concurso Mundial de Bruxelas 2022. O sabor único da cachaça foi armazenado por 3 anos em tonéis de Amburana e Jequitibá e concorreu com mais de 2 mil inscrições de 60 países.
A cachaça produzida no Rio de Janeiro passa por diversos processos, desde a colheita aos cuidados dados nos canaviais do Alambique Tellura. A cana é despalhada e livre de toda sujeira, extraindo todo o caldo para a fermentação. A destilação da bebida acontece em alambiques de cobre de 600 litros de capacidade, com a eliminação das chamadas “cabeça e cauda” da bebida.
EXPERIÊNCIAS DO BRASIL RURAL – Descobrindo outros sabores pelo país, o projeto Experiências do Brasil Rural (EBR), promove roteiros turísticos que incluem a degustação de cachaças únicas. Roteiros como o Caminhos de Dona Francisca (SC), a Rota do Engenho (SE) e a Rota Turística do Café (SP) percorrem a história da cachaça e mostram como funciona o processo de produção da iguaria, conhecendo a vida de agricultores familiares e sabores únicos de cada região.
Clique AQUI e saiba mais sobre o projeto idealizado pelo Ministério do Turismo em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF).
DIA DA CACHAÇA – A cachaça nem sempre foi aceita bem pelos monarcas brasileiros. No século XVII, a corte em Portugal decidiu proibir a veda do destilado, o que provocou uma certa revolta na sociedade da época. Foi em 1661, que a rainha Luísa de Gusmão promoveu a liberação da bebida e a comercialização no Brasil.
Essa iguaria conquistou o paladar dos brasileiros e não teve jeito, atualmente é produzida em todo o Brasil, com muitas variações e com um jeitinho especial para cada cidade. Desde 2003, a bebida é regulamentada por lei e determina que o líquido seja produzido com 38% a 48% de volume de álcool e obtida pela destilação de cana-de-açúcar.
Por Vitória Moura
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo