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Inaugurado novo complexo portuário no Pará
O ministro da Secretaria de Portos, Antonio Henrique Silveira, participou nesta sexta-feira, 25 de abril, da inauguração do complexo portuário Miritituba-Barcarena, no Pará, que envolve a Estação de Transbordo, em Miritibuta, e o Terminal Portuário Fronteira Norte (Terfron), localizado em Barcarena.
O complexo é um investimento da Bunge do Brasil, que está presente no Estado do Pará há mais de dez anos. A empresa investiu R$ 700 milhões da infraestrutura portuária e na logística. O objetivo é gerar uma alternativa para o escoamento dos grãos brasileiros para o exterior pelo norte do país. De acordo com a empresa, o complexo portuário terá capacidade de escoamento de até 2,5 milhões de toneladas de grãos em seu primeiro ano de operação.
Pela nova rota os grãos das maiores regiões produtoras seguirão por caminhão pela BR-163 até a Estação de Transbordo em Miritituba, percorrendo uma distância de 1.100 quilômetros. No terminal, a carga será colocada em barcaças que irão navegar o rio Tapajós, passarão pelo estreito de Breves e chegarão ao Terminal Fronteira Norte, em Vila do Conde, Barcarena, um percurso de 1.000 km realizado em aproximadamente três dias.
No Terminal Portuário Fronteira Norte (Terfron), a carga será armazenada para posterior embarque em navios graneleiros, rumo ao exterior. Um único comboio de 20 barcaças transporta 40 mil toneladas de grãos, o que equivale a mais de 1 mil caminhões ou 4,5 trens de carga por viagem.
A maior parte da soja e do milho embarcados em Barcarena seguirá para a Ásia e a Europa. A expectativa do grupo é de que, até o final de 2015, o Terfron seja o segundo maior terminal exportador da Bunge Brasil, com capacidade de escoamento de 4 milhões de toneladas/ano, ficando atrás apenas do Terminal de Granéis do Guarujá (TGG), no Porto de Santos (SP), que exportou cerca de 8 milhões de toneladas em 2013.
A presidenta Dilma Rousseff, presente na inauguração, afirmou em seu discurso que desde a sanção da Lei 12.815/2013, o novo marco regulatório do setor, os investidores privados já se comprometeram com R$ 8,1 bilhões em novos investimentos, englobando 18 empreendimentos.
“Removemos restrições que havia para os investimentos privados nos portos de forma a aumentar a oferta de instalações portuárias nos portos organizados, mas também para garantir a existência de terminais de uso privado pelo Brasil afora”.
Sobre os processos de concessão e arrendamento nos portos públicos, Dilma disse esperar que o Tribunal de Contas da União (TCU) aprove os editais de licitação no início de maio.
Lembrou que os portos do Pará (Belém, Vila do Conde, Outeiro e Miramar) terão áreas a serem concedidas para a iniciativa privada, com previsão de R$ 4 bilhões de investimentos.
A presidenta observou que apenas dez meses após a sanção do novo marco regulatório do setor portuário os resultados são muito animadores e ressaltou o compromisso e urgência com o qual o governo está cuidando da modernização do sistema portuário.
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