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Começa monitoramento de caminhões com destino ao Porto de Santos
A Secretaria de Portos (SEP), os ministérios dos Transportes e da Agricultura, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e todos os órgãos federais, estaduais e municipais envolvidos no processo logístico de escoamento da safra agrícola 2013/2014 reuniram-se nesta segunda-feira, em Santos, para apresentar seus respectivos planos de trabalho de monitoramento do tráfego de caminhões desde o embarque na região produtora até a chegada ao complexo portuário.
O monitoramento começou hoje e faz parte do esforço conjunto para mitigar os transtornos nas entradas das cidades e nas estradas de acesso ao porto. Esse sistema tem potencial de evitar os problemas enfrentados no passado durante o escoamento da safra.
A partir desta primeira quinzena de fevereiro, o grupo técnico trocará informações sobre a situação do tráfego dos caminhões ao longo das rodovias e dos terminais portuários.
Além da SEP e dos ministérios da Agricultura, dos Transportes e da Codesp, estão envolvidos na ação planejada a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Polícia Rodoviária Federal, Polícia Rodoviária Estadual, prefeitura de Santos e Companhia de Engenharia de Trânsito (CET) do município.
“Vamos dar todas as informações para que os produtores e as transportadoras possam organizar o transporte de suas cargas”, explicou o diretor do Departamento de Informações Portuárias da SEP, Luis Claudio Montenegro.
Nesta semana, será publicada a norma da ANTAQ que prevê a aplicação de multas para o terminal que não seguir as regras de agendamento prévio para desembarque de caminhões carregados de grãos em Santos, determinadas pela resolução 136/2013 da Codesp.
“Temos um regramento que agora todos conhecem. E vamos monitorar os caminhões desde a origem do embarque”, reforçou o diretor. Ele acrescentou que o grupo técnico vai orientar e identificar quem eventualmente não está cumprindo o regramento.
“A partir de agora vamos gerar relatórios diários e acompanhar o que está acontecendo à luz da resolução da Codesp. O nosso papel é mostrar que a resolução é confiável e traz benefícios para todos”, comentou.
Montenegro fez ainda um alerta: “o caminhoneiro que ao chegar no porto sem agendamento causará um problema para ele, para o terminal e para o embarcador”.
O agendamento da chegada de caminhões ao complexo portuário de Santos foi aperfeiçoado e é a principal medida para reduzir os riscos de congestionamento. Através desse sistema, todos os caminhões transportando granéis de origem vegetal pré-agendados serão direcionados, obrigatoriamente, para pátios de triagem localizados no planalto ou na Baixada Santista.
Em pátios reguladores da Baixada Santista os caminhões aguardarão a chamada (por meio eletrônico) do terminal portuário ao qual se destinam para procederem à descarga.
Os terminais informam à Autoridade Portuária sua capacidade de recepção de veículos e a quantidade agendada diariamente. O sistema de monitoramento acompanha o cumprimento desse processo. Aqueles que não cumprirem o agendamento serão autuados pela Codesp e multados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
O diretor presidente da Codesp, Renato Barco, explica que o Porto de Santos tem estrutura de armazenagem e capacidade de embarque para operar, sem transtornos, a safra 2013/2014. “São terminais modernos com sistemas de recepção e embarque automatizados e ágeis. O porto possui uma capacidade estática para armazenar cerca de 1 milhão de toneladas de granéis de origem vegetal (12 navios) e embarcar 200 mil toneladas/dia”, afirma.
O presidente ressalta que a estrutura de armazenagem do porto não é destinada a estocagem da safra, mas para abastecer de cargas os navios que atracam em Santos.
Cabe destacar os investimentos realizados pelo Governo Federal, através da SEP no sistema viário da margem esquerda do porto (Guarujá), que permitiram, através da primeira fase da Avenida Perimetral Portuária, eliminar importante conflito rodo-ferroviário naquela região. A medida contribuiu para agilizar o fluxo de veículos no local.
Outra importante intervenção foram as obras realizadas na rua Idalino Pinez (rua do Adubo), atualmente único acesso a área portuária na margem esquerda do porto (Guarujá), que restabeleceu a velocidade adequada naquela via.