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Angelino Caputo assume presidência da CODESP
Revisar e modernizar os processos operacionais e de gestão da Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP) e preparar o Porto de Santos para o ambiente mais competitivo construído a partir do novo marco regulatório do setor são as principais metas do novo diretor-presidente da Autoridade Portuária, Angelino Caputo.
Ele tomou posse nesta quinta-feira, 24 de abril, em cerimônia no Porto de Santos conduzida pelo ministro da Secretaria de Portos, Antonio Henrique Silveira. Caputo, que é funcionário de carreira do Banco do Brasil com mais de 25 anos de experiência em gestão, afirmou em seu discurso que terá como missão fortalecer o porto público diante desse novo ambiente.
Caputo citou que o novo marco regulatório acabou com a restrição de movimentação de carga de terceiros em Terminais de Uso Privado (TUP) e permitirá à iniciativa privada explorar áreas dentro porto organizado por meio de contratos de concessão. “A nova Lei dos Portos quebrou antigos paradigmas e instituiu de vez o modelo competitivo do setor portuário gerando um desafio para o porto público”, afirmou.
Informou ainda que uma consultoria internacional está sendo contratada para realizar estudos simultâneos sobre a situação atual da gestão da CODESP e das Companhias Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) e do Pará (CDP).
“Vai ser importante porque trará o benchmark internacional. Vamos desenhar o processo local das operações portuárias e comparar com o que é feito nos portos mais eficientes do mundo, identificar o gap e apontar as melhorias que precisam ser feitas para atingirmos o mesmo nível de excelência.”
O novo presidente da CODESP lembrou que as companhias docas trabalham, desde janeiro, com metas empresariais e de gestão. Neste último caso, os dirigentes terão parte dos seus salários atrelados ao cumprimento das metas.
O ministro Antonio Henrique Silveira lembrou que durante o lançamento do Plano de Investimento em Logística (PIL-Portos), a presidenta Dilma Rousseff se comprometeu a promover mudanças profundas no modelo de gestão das Companhias Docas.
“O que se delineou em Brasília deve se materializar nas companhias e, por extensão, nos portos delegados. Hoje demos um passo nesse sentido”.
Silveira também apontou que além da experiência adquirida na área de gestão, Caputo tem uma profunda cultura de controles internos. “O BB hoje é uma empresa de destaque nesse aspecto, algo que é extremamente importante na governança moderna”.
O ministro agradeceu a dedicação do ex-presidente da CODESP, Renato Barco, na direção da empresa e falou da experiência positiva que tiveram, especialmente no esforço conjunto para evitar conflito na relação porto-cidade no escoamento da safra de grãos 2013/2014.
Barco, por sua vez, fez um histórico da sua gestão à frente da Autoridade Portuária e destacou a importância do Porto de Santos, o maior da América Latina, para a economia brasileira. Lembrou que nos últimos cinco anos a movimentação de cargas cresceu 37%.
Sob seu comando, citou, foram equacionadas pendências contratuais e grandes dívidas de arrendatários com a CODESP. “Além disso, elaboramos o plano de expansão do porto e os estudos de acessibilidade que nortearam a elaboração do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ)”.
Dragagem – Em entrevista à imprensa ao final da cerimônia, o ministro afirmou que a SEP relançará, na próxima semana, o edital para contratação de obras de dragagem de manutenção da profundidade do Porto de Santos.
Na semana passada, ele se reuniu com as empresas de dragagem para discutir as razões do insucesso do primeiro certame. Na oportunidade, as empresas apresentaram uma série de dúvidas quanto ao texto do edital, como a questão de alocação de risco.
"Estamos fazendo uma readequação para que os pontos colocados em dúvida fiquem esclarecidos. Após 15 dias úteis da recolocação do edital ocorrerá uma nova licitação". Silveira lembrou que o primeiro edital foi colocado em consulta pública entre dezembro do ano passado e janeiro desse ano.
Safra – O ministro disse estar satisfeito com o resultado da ação coordenada entre governos federal, estadual e municipal para evitar a formação de filas ao longo das rodovias e dentro da cidade durante o escoamento da safra, mas admitiu que é preciso aperfeiçoar as medidas.
“Eu estou satisfeito com o que eu vi esse ano. Conseguimos superar uma situação absolutamente indesejável que tivemos em 2013 e 2012. No entanto, vemos ainda a necessidade de melhorar muito esse processo inclusive no monitoramento”.
Segundo o ministro, para 2015 a meta é ter um sistema de monitoramento de fluxo de tráfego de cargas mais robusto, inclusive com a entrada em operação do Portolog (Cadeia Logística Portuária Inteligente) que sincroniza várias operações portuárias.
Uruguai – Questionado sobre o apoio do governo brasileiro à construção de um porto no Uruguai, Silveira esclareceu que a SEP, via Instituto Nacional de Pesquisa Hidroviária (INPH), está cooperando com o governo do país vizinho em análises de hidrodinâmica e sedimentação para fins de uma eventual dragagem.
Segundo ele, trata-se de um diálogo no sentido de fazer análises complementares a um pré-projeto que foi feito por uma empresa de consultoria espanhola.
“É isso que está acontecendo no âmbito dessa relação com país não só amigo, mas um parceiro do Mercosul que tem a pretensão legítima de ter um porto, mas que ainda precisa de uma série de definições, até para entender qual é o impacto que isso gera no Brasil.”
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