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Agendamento evitou filas no acesso ao Porto de Santos
A adesão dos terminais às regras de agendamento implantadas pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP) para o escoamento da safra de grãos 2013/2014 pelo Porto de Santos evitou a ocorrência de congestionamentos de caminhões tanto ao longo das rodovias de acesso ao porto quanto dentro da cidade.
O agendamento, que possibilitou a redução do tempo de espera dos veículos para desembarque de granéis vegetais sólidos nos terminais portuários, principalmente a soja, permitiu uma redução no custo do frete.
Os dados foram apresentados nesta terça-feira, 06 de abril, pelos ministros da Secretaria de Portos, Antonio Henrique Silveira, dos Transportes, Cesar Borges, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller.
Durante balanço das medidas adotadas para evitar a formação de filas nas vias de acesso ao porto, os ministros destacaram o esforço conjunto realizado por várias esferas dos governos federal, estadual e municipal.
De janeiro a abril, a movimentação de açúcar, soja e milho no Porto de Santos totalizou 12,3 milhões de toneladas, implicando no tráfego de 191,7 mil caminhões graneleiros no período. Segundo o Ministério da Agricultura, de janeiro a março deste ano, somente de soja foram embarcadas 3,4 milhões de toneladas, uma alta de 56,6% sobre as 2,17 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2013.
De acordo com a Secretaria de Portos, na última semana de abril, 95% dos caminhões com destino do porto estavam com suas chegadas agendadas, ante 69% em janeiro. Desse total, 67% chegaram aos pátios reguladores (áreas onde os caminhões permanecem até receberem autorização para se dirigirem aos porto) dentro da janela de tolerância.
Antônio Henrique Silveira disse que o agendamento será um instrumento permanente para o escoamento de produtos agrícolas em Santos. “O sistema não será desativado. Ele será aprimorado, quando possível, com medidas de gestão. Agora entra o açúcar, depois vem a safrinha de milho, ou seja, a movimentação de granéis de origem vegetal é constante no porto”, observou.
O diretor do Departamento de Planejamento Estratégico e Controle da CODESP, Luis Claudio Montenegro, afirmou que, com o agendamento, o tempo de permanência dos veículos nos pátios reguladores caiu (o limite da janela de tolerância é de seis horas).
Em março do ano passado, no pico do escoamento da safra, o tempo médio de espera foi de 10,04 horas e, neste ano, foi de 6,20 horas, no mesmo mês, caindo a 5 horas e meia em abril.
“No ano passado a gente falava em dias, neste ano a gente falou em horas. Esse é o maior ganho, de custo logístico, de custo Brasil” disse Montenegro. “Tivemos problemas pontuais em Santos que não estavam relacionados com o escoamento da safra e agora não se imagina voltar atrás nesse processo. Trata-se de uma mudança cultural de organização do acesso ao porto”, reforçou.
Para 2015, a SEP pretende implantar o Portolog (Cadeia Logística Inteligente), sistema que prevê automação de todo o processo de movimentação de caminhões, desde a origem até a chegada ao Porto de Santo. O Portolog será implementado com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento.
Alternativa – O ministro dos Transportes, Cesar Bortes, lembrou que o uso mais intensivo das ferrovias favoreceu o escoamento da safra de soja. Lembrou também que está em duplicação o trecho de Campinas (SP) a Santos (SP), de responsabilidade da América Latino Logística (ALL) e ainda que houve escoamento de grãos pela região Norte, pelo porto de Miritituba (PA).
“São rotas alternativas que desafogam o Porto de Santos. A calha norte será o futuro do escoamento de novos grandes centros produtores”.
O ministro da SEP destacou a importância do novo corredor devido ao avanço da fronteira agrícola Norte/Centro Oeste. “É preciso prover infraestrutura rodoviária, ferroviária e portuária, pois o corredor norte será importante, inclusive com a instalação de Terminais de Uso Privado”.
Neri Geller, titular da Agricultura, falou sobre a importância da conclusão da BR-163, uma rodovia que integra o Sul ao Centro-Oeste e Norte do Brasil, para o escoamento da safra agrícola. “Se concluirmos a BR-163 em 2015, a produção continuará avançado (na nova fronteira), reduzindo custos e as filas nos portos.”
Frete - Conforme dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o frete de grãos de Sorriso a Santos apresentam em média R$ 266,00/t em abril. Apesar da maior oferta de soja nesta ano, as cotação do frete estão 6,7% inferiores às registradas no mesmo período de 2013.
Apesar de a demanda pela soja mato-grossense estar bastante aquecida este ano, a maior organização no agendamento para a chegada de caminhões no Porto de Santos, além das melhores condições climáticas no Sudeste, refletiu nas cotações do frete em Mato Grosso", relata o Boletim Semanal do IMEA divulgado no dia 25 de abril.
TCU – Sobre o andamento da licitação dos arrendamentos do bloco I (Santos e Pará), o ministro Antonio Henrique Silveira, informou que hoje, em conversa sobre as condicionantes apresentadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para dar início ao programa, a ministra Ana Arraes, relatora do processo, prometeu celeridade na avaliação do relatório.
A Secretaria de Fiscalização de Desestatização e Regulação (Sefid) aprovou as respostas da SEP para 15 das 19 condicionantes apresentadas pelo tribunal. A SEP pediu reexame das outras quatro condicionantes. Somente após a aprovação do relatório, o governo federal poderá começar as licitações de áreas nos portos organizados.
Veja a apresentação do Diretor de Planejamento Estratégico e Controle da Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP), Luis Claudio Montenegro .
Assista abaixo a íntegra da coletiva:
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