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União e Campos (RJ) oficializam primeira municipalização de aeroporto antes em mãos da Infraero
Brasília (DF) – O Governo brasileiro repassou hoje, pela primeira vez a um município, um aeroporto que estava em mãos da Infraero, processo que se deu com a assinatura de “convênio de delegação” entre o ministro Moreira Franco e a prefeita de Campos dos Goytacazes (RJ), Rosinha Garotinho.
“O nosso trabalho na área de infraestrutura é atualizar os aeroportos, trazê-los para o século 21. Queremos que os passageiros sejam tratados como clientes, com direito de receber serviços de qualidade tanto nos aeroportos como nas companhias aéreas”, declarou o ministro, titular da Secretaria de Aviação Civil (SAC), durante a oficialização da cessão, realizada no teatro Trianon da cidade fluminense.
O Executivo federal decidiu pela transferência porque concluiu que o aeroporto “Bartolomeu Lisandro” é estratégico para o desenvolvimento do norte fluminense e por isso necessita de uma atenção mais detalhada, situação que Campos dos Goytacazes tem mais condições de atender em comparação à estatal.
“Isto não seria possível sem a determinação da presidenta da República Dilma Rousseff e também da ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Devemos agradecer a todas elas”, destacou o deputado federal, Anthony Garotinho (PR-RJ).
O parlamentar declarou que Campos dos Goytacazes teve uma economia pujante que, contudo, perdeu força por ser considerada fraca em logística.Essa situação, como avaliou Garotinho, tende a ser resolvida com o repasse do aeroporto ao Executivo municipal que, por sua vez, pretende que o terminal seja assumido pela iniciativa privada, mediante concessão por licitação.
A prefeitura de Campos, segundo o representante do PR, estabelecerá que a empresa vencedora da disputa transforme o aeródromo num aeroshopping, com lojas para oferta de produtos e serviços.
E acrescentou haver condições para que a estação seja também um “polo offshore”, o que significa que poderia passar a receber o fluxo de helicópteros que voam para as plataformas de extração de petróleo, tráfego sobrecarregado em outros terminais da região, segundo especialistas do setor.
"A municipalização do aeroporto atenderá ao mercado iminente de logística de cargas nos setores que impulsionam nossa economia, como naval, portuário, petrolífero, industrial, agrícola, e comercial", explicou a prefeita Rosinha Garotinho. “Quem vai fazer os investimentos (no aeroporto) vai ser o concessionário que ganhar a licitação”, esclareceu.
Ela ponderou, porém, que o processo licitatório demorará um ano, e enquanto isso a administração será do município com apoio da Infraero.
Conforme Rosinha Gorotinho, os funcionários da estatal serão absorvidos pelo concessionário uma vez que a licitação seguirá o modelo aplicado a outros aeroportos que mantiveram a exigência de aproveitamento da mão de obra atuante no aeródromo.
Atualmente, o terminal de Campos opera quatro vôos diários da Azul/Trip entre 6h e 23h, nas rotas Rio/Campos e Campos/Rio.
Segundo a Infraero, entre janeiro e agosto últimos passaram por lá 86.145 passageiros e pousaram 12.851 aeronaves, contra 37.465 e 6.791, respectivamente, no mesmo período de 2012.
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