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Santos Dumont recebe sistema para melhorar condições de pousos e reduzir ruído e emissão de poluentes nas aterrissagens
Galeão, Guarulhos, Congonhas e Campinas receberão essa tecnologia de ponta a partir da segunda quinzena de dezembro
Brasília (DF) – O aeroporto de Santos Dumont terá a partir de segunda-feira (2/12) um sistema que ampliará a possibilidade de pousos em condições adversas (nevoeiro, chuva forte etc) e reduzirá a emissão de poluentes, o barulho dessas chegadas e o tempo de viagens para o Rio de Janeiro.
“É mais um passo que damos no nosso compromisso de entregar ao Brasil um transporte aéreo do século 21, que ofereça cada vez mais conforto, segurança e agilidade aos passageiros e às empresas que os transportam”, disse o titular da Secretaria de Aviação Civil (SAC), ministro Moreira Franco, ao anunciar a inovação, hoje, no Rio.
A tecnologia utiliza o conceito da navegação baseada em desempenho (conhecida pela sigla RNP, em inglês). Ela requer a instalação de dispositivos específicos na aeronave, treinamento da tripulação e adequação do controle da navegação aérea para ampliar a precisão das operações de descida.
Atualmente, ao iniciarem seus procedimentos de chegada ao destino, para posteriormente aterrissarem, as aeronaves em parte são guiadas por sinais enviados por antenas em terra, o que as obriga a se aproximarem dessas estruturas.
Consequentemente, a orientação dos passos finais da viagem fica “menos reta”, e outro inconveniente é que por esse modelo os aviões são obrigados a usar mais suas turbinas, o que aumenta a poluição oriunda dos aviões.
Com o RNP, os desvios são praticamente eliminados –o que faz cair o tempo de deslocamento– e a economia de combustível se faz presente. A isso se soma o fato de que os problemas criados pela falta de visibilidade ficam quase que totalmente mitigados.
A partir da segunda quinzena de dezembro, Galeão, Guarulhos, Congonhas e Campinas também utilizarão o sistema de ponta.
BENEFÍCIOS
De acordo com dados de técnicos da SAC, o tempo gasto entre Congonhas e Santos Dumont passará de 44 para 36 minutos. Aviões provenientes de Guarulhos, Viracopos e Brasília demorarão, respectivamente, 7, 8 e 3 minutos menos para chegar ao aeroporto do Rio.
Outro benefício tem a ver com a proteção ambiental. Só na redução de poluentes serão consumidos, por cada avião na ponte aérea Rio-SP, 250 litros menos de combustível, o que poupa os céus de 800 quilos de gás carbônico (CO2). Num único dia, as chegadas provenientes de São Paulo produziriam 134 toneladas menos de CO2.
Quanto às melhorias para o trabalho dos pilotos em condições de baixa visibilidade essa navegação de última geração propicia que passem a decidir se farão as aterrisagens a 91 metros de altura (antes eram necessários 225) e a 1,6km de distância da cabeceira da pista (pelo sistema antigo se precisava estar a 3,4km).
Ambos os fatores de referência reduzem o risco de que o comandante se veja obrigado a ter que pousar em outros pontos (às vezes até fora do Rio de Janeiro) e também o chamado “fechamento do aeroporto” ou “a falta de teto para pouso”.
Sem o RNP, ao longo de 2012 o Santos Dumont ficou impossibilitado de receber pousos por 46 horas, mas com essa ferramenta seriam apenas quatro.
Essa situação cria um efeito dominó que prejudica decolagens em outras cidades país afora (mesmo as que não vão para o Rio) e, por conseguinte, uma série de transtornos aos viajantes, companhias privadas e, agora, aos operadores privados de aeroportos.
“Cumprimos nossa parte e começamos a oferecer às empresas aéreas condições para que elas se unam a nós no objetivo deste governo de tornar o sistema aeroviários brasileiro um dos melhores do mundo”, destacou Moreira Franco.
A Gol é a única empresa, até agora, cujas aeronaves contam com os dispositivos compatíveis com RNP.
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