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Bauru e São José dos Campos vão receber voos em dias de tempo fechado em SP
Alternativa vai facilitar a vida do passageiro, que hoje desembarca até no RJ quando operações em Guarulhos e Congonhas ficam suspensas
Mais dois aeroportos do interior de São Paulo vão ser usados como alternativas para pousos de grandes aeronaves nos momentos em que Guarulhos e Congonhas estiverem com operações suspensas em razão do clima. Esse é um dos itens do Plano Nacional de Voos Alternados, que deve entrar em vigor em 60 dias. Hoje, no Estado de São Paulo, somente Viracopos, em Campinas, é usado para essa finalidade. A eles se somarão os aeroportos de Bauru e de São José dos Campos.
A ampliação das possibilidades de aterrissagem atende a uma reivindicação das companhias aéreas. E foi proposta pelo ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, em reunião com representantes dessas empresas, operadores dos aeroportos e órgãos do Governo Federal. "É necessário mais organização para ampliar e qualificar o serviço prestado, já que a demanda de passageiro cresce diariamente. Passamos de 30 milhões para 111 milhões de usuários nos últimos dez anos", disse o ministro.
O oferta dos novos locais ainda depende de ajustes. Para isso foi criado um grupo de trabalho, sob comando da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), para que todas as pendências sejam resolvidas. Um dos passos será adequar o aeroporto de Bauru em se tratando de prevenção a incêndios. A categoria da atual brigada não abarca determinados tipos de aeronaves. Questões como pista e área de desembarque não preocupam porque já estão dentro dos padrões.
Resultados
A oferta de aeroportos mais próximos para os chamados "voos alternados" vai trazer benefícios para os passageiros. "Já tivemos que aterrissar em Uberlândia, em Minas Gerais, por falta de local perto de São Paulo. O que gera um desgaste para o passageiro, por conta da distância, e para a malha das empresas", explicou o representante da empresa GOL, Comandante Sérgio Quito.
A novidade também vai ter impacto positivo no controle do tráfego aéreo. "Muitas vezes as aeronaves ficam sobrevoando regiões por longo período. Alguns horários chegamos a ter mais de 40 no ar, dependendo de um local para pousar. Mesmo quando há espaço em Campinas e até no Galeão, no Rio de Janeiro, não há em número suficiente para atender a todos. Com a oferta de novos locais isso certamente vai mudar", finalizou o brigadeiro Candez Neto, da Aeronáutica.
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