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Aeroportos terão aumento de efetivo de 58% para Jornada Mundial da Juventude
Plano da Secretaria de Aviação Civil segue o adotado na Copa das Confederações, que assegurou funcionamento normal dos aeroportos
Brasília (DF) – Quatro aeroportos brasileiros terão aumento médio de 58% no número de funcionários para atender à demanda adicional da Jornada Mundial da Juventude. Com público esperado de 2,5 milhões de pessoas e previsão de circulação nos aeroportos de cerca de 700 mil em dez dias, o encontro acontece no Rio de 23 a 28 deste mês e marcará a primeira viagem do Papa ao Brasil.
A previsão das companhias aéreas é que a JMJ motive um aumento significativo no número de passageiros nos aeroportos da cidade. Segundo dados das empresas encaminhados à Secretaria de Aviação Civil (SAC), a oferta de assentos para Galeão e Santos Dumont no período da jornada é de 70 mil por dia – uma expectativa de aumento de 60% em relação à movimentação média dos aeroportos no mês de junho.
Para evitar filas e atrasos, o governo elaborou um plano de operação que inclui redistribuição de horários de voo, de forma a minimizar picos de chegadas e saídas, e reforço de contingente, inclusive nos dois aeroportos de São Paulo, cidade que recebe o maior número de voos internacionais com destino ao Brasil. Nos aeroportos do Galeão (Rio) e de Guarulhos (São Paulo), as equipes de alfândega e da Polícia Federal receberão reforços que vão de 16% a 193%.
Empresas aéreas e administradores de aeroportos também se comprometeram com a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) a manter seus balcões de check-in com o número máximo de funcionários. Para fiscalizar o atendimento ao cliente, a ANAC aumentou seu efetivo em 133% no Galeão e em 300% em Congonhas. Os aeroportos de Guarulhos e Santos Dumont também tiveram seus efetivos acrescidos em 114% e 50%, respectivamente.
O plano estará em vigor de 15 de julho a 4 de agosto e inclui a preparação de 17 aeroportos alternativos, a serem acionados em caso de emergência, além do mapeamento de 1.153 vagas adicionais para estacionamento de aeronaves em 30 aeroportos do país inteiro. Como na Copa das Confederações, também será mantido o funcionamento do Centro de Comando e Controle Nacional, que acompanhará de perto todas as operações aeroportuárias.
A JMJ será o último teste de fogo dos aeroportos do Brasil no planejamento feito pela Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero) para os grandes eventos. O plano começou a ser colocado em prática em 2012, durante a conferência Rio +20, para receber chefes de Estado. Em seguida, passou pela Copa das Confederações, onde testou a capacidade de coordenação de uma extensa rede de aeroportos, que precisaram funcionar – e funcionaram – como um único grande sistema. Com a visita do Papa, será testada também a capacidade de processamento rápido de passageiros num evento de massa.
“A diferença deste evento para a Rio +20 é que lá a preocupação dizia respeito principalmente à velocidade da imigração”, afirma Rafael Faria, coordenador geral de investimentos da Diretoria de Gestão Aeroportuária da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC). “Agora, teremos muita demanda nos próprios terminais, do check-in à limpeza dos banheiros”, continua. Daí os acordos entre a Anac e as empresas aéreas para “tripular” (aumentar o efetivo) nos balcões de check-in, como ocorreu na Copa das Confederações, e com os administradores e concessionários de serviços nos aeroportos para ampliar o serviço de limpeza e o número de atendentes em restaurantes e cafés.
RECORDE DE EFICIÊNCIA
O balanço das operações nos aeroportos durante a Copa das Confederações mostrou que o plano foi bem sucedido. Nos sete aeroportos envolvidos no torneio, a média acumulada de atrasos superiores a 30 minutos foi de 11,14% entre 14 de junho e 1 de julho. O índice é inferior à média registrada nos aeroportos europeus, que foi de 16,01% nos últimos três anos, e ligeiramente inferior ao verificado no mesmo período de 2012: 11,70%.
O tempo de espera para check-in e restituição de bagagens, indicadores que mundialmente medem a qualidade dos serviços nos aeroportos, também ficou dentro da normalidade. No período dos jogos, a média de duração das filas de check-in foi de 11 minutos nos sete aeroportos das cidades-sede, além de Guarulhos, principal parada para conexões.
O tempo está dentro do considerado aceitável por sugestão da Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA) e foi menor que em fevereiro deste ano – 12 minutos –, período de grande movimento nos terminais aéreos de passageiros. A queda na média foi puxada pelos aeroportos de Confins e Fortaleza, que registraram redução de 70% e 65%, respectivamente, na duração das filas em relação a fevereiro. Já a média de espera pelas bagagens, calculada a partir do tempo de chegada da primeira e da última mala, foi de 18 minutos, dois a menos que em fevereiro. O maior percentual de redução foi observado no Galeão: 43%.
Se considerado o desempenho dos aeroportos fora do comparativo com fevereiro, o de Fortaleza foi o que apresentou a melhor média de atendimento no check-in: cinco minutos. Confins, em Belo Horizonte, aparecem em segundo lugar, com oito minutos, seguido por Recife, com nove. Na restituição de bagagem, o melhor tempo ficou com Recife e Santos Dumont, com 15 minutos, seguidos por Fortaleza e Brasília, com 17, e Salvador, com 18. (Veja tabela em anexo.)
O tempo de liberação das delegações de jogadores também ficou dentro do esperado. A média foi de 26 minutos nos embarques e desembarques internacionais e domésticos. O tempo inclui tripulação dos aviões, inspeção de segurança na aeronave, parada do grupo para entrevista à imprensa e controles migratório e aduaneiro pela Polícia Federal, Receita Federal, Anvisa e Vigiagro. Nos deslocamentos dentro do Brasil, onde a inspeção migratória não é necessária, a média foi de 15 minutos para chegadas e partidas. O recorde foi no Galeão, com oito minutos no desembarque doméstico da seleção do México.
Para garantir a celeridade das operações e rápido atendimento aos passageiros e delegações, as equipes que operaram nos terminais receberam reforço de 77%, conforme detalhado na tabela.
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