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Aeroporto turbina economia do turismo em Búzios
Moreira Franco assinou nesta segunda-feira (1º/9) autorização para que o aeródromo privado Umberto Modiano possa operar voos da aviação geral
Um dos principais destinos turísticos do país, a Armação dos Búzios, no Rio de Janeiro, deve ganhar um novo acesso num futuro próximo. O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, assinou nesta segunda-feira (01/09) a autorização para que o aeroporto privado Umberto Modiano, no balneário fluminense, possa operar voos da aviação geral. Hoje não há acesso público por via aérea à cidade.
A autorização é a modalidade de outorga de um aeroporto por meio da qual um aeródromo privado passa a ser de uso civil público, operando voos executivos com cobrança de tarifas aeroportuárias. O Umberto Modiano, pertencente à empresa Rural e Colonização, é o sétimo aeroporto brasileiro a ganhar esse status.
A autorização da Secretaria de Aviação Civil é o primeiro passo para que o aeroporto de Búzios possa receber a aviação geral. Agora, ele precisa de um termo de autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e de obras de readequação da pista, para que possa ser, então, homologado pela agência.
O objetivo da política de autorizações é expandir a conectividade aérea do país por meio da ampliação da aviação geral e, ao mesmo tempo, desafogar os grandes aeroportos. O Brasil já tem hoje a segunda maior frota de aviões e helicópteros privados e de táxi aéreo do mundo – 14.648 aeronaves.
“Precisamos criar uma base para que as pessoas possam ter na aviação geral um meio de melhorar sua produtividade, a competitividade de suas empresas e ter mobilidade adequada”, declarou Moreira Franco durante ato de assinatura da portaria de autorização. “A aviação geral é a base da aviação comercial.”
Segundo o ministro, expandir a aviação geral também pode ajudar a solucionar o problema de contração de malha aérea que o Brasil tem sofrido ao longo das últimas décadas. Embora os aviões hoje tenham capacidade de transportar mais passageiros, eles voam para menos lugares. “Hoje nós temos quatro empresas e o número de aeroportos em operação não passa de 130, sendo cerca de cem são regionais. Essa realidade nós temos de mudar do ponto de vista físico”, afirmou.
Para Búzios, município de 27,5 mil habitantes a 165 km do Rio de Janeiro, o aeroporto poderá significar uma maior dinamização da economia, baseada em turismo e pesca. A cidade é um dos 65 destinos indutores do turismo nacional, regiões prioritárias para investimento nesse setor.
O índice médio de competitividade dos destinos indutores, segundo pesquisa do Ministério do Turismo, da FGV e do Sebrae, é 58,8 pontos em 100, que representa um estágio intermediário de desenvolvimento. No quesito acesso, a competitividade nacional é de 62,6 pontos, caindo para 53,8 nas não capitais – em Búzios ele é 44,4 pontos, abaixo da média do país. Daí a maioria dos destinos indutores ter sido incluída no programa de aviação regional do governo federal.
“Búzios, dentro de muito pouco tempo, com a vantagem competitiva que passa a ter com este empreendimento, será um grande centro de turismo do nosso Estado e do nosso país”, concluiu Moreira Franco.