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Aeroporto de Macaé terá área especial para atender petroleiras
Expansão deve ter duas pistas exclusivas para helicópteros que servem plataformas e seção dedicada no terminal de passageiros; cidade é base para exploração do pré-sal
O aeroporto de Macaé, cidade do norte fluminense a 150 km da capital, será reformado para garantir atendimento especial para a indústria do petróleo, principal atividade econômica da região.
A ampliação foi anunciada nesta segunda-feira (01/09) pelo ministro da Aviação Civil, Moreira Franco. O aeroporto ganhará uma pista de, no mínimo 2.100 metros, para comportar aeronaves grandes que atendam à demanda da cidade. Além disso, deverão ser feitas outras duas pistas, de 600 metros cada uma, para atender helicópteros offshore, de grande porte, que transportam pessoal.
O número de passageiros que saem do aeroporto de Macaé para as plataformas de petróleo da bacia de Campos chega a 1,2 milhão por ano. É o terminal que registra o maior número de pousos e decolagens de helicópteros na América do Sul. Diariamente são realizados cerca de 200 voos, responsáveis pela circulação de 1.300 passageiros.
Outra novidade prevista na ampliação é a organização do terminal de passageiros, que terá 11 mil m² e já está sendo construído pela Infraero. Ele será dividido, de forma a distinguir o atendimento aos passageiros que vão para as plataformas de petróleo e aos que voarão para outros lugares. A obra está prevista no Programa de Aceleração do Crescimento e tem previsão de investimento de R$ 56,24 milhões.
A Infraero também pretende levantar no local um terminal de cargas. Para isso, deve buscar parceria com entes privados.
“Macaé é uma referência mundial quando se fala em petróleo e gás. Queremos torná-la mais competitiva e que cada vez mais empresas possam se instalar aqui. O pré-sal tem em Macaé um grande centro de referência no Estado”, afirmou o ministro, durante seminário realizado na segunda-feira pela Prefeitura, que teve como objetivo discutir as necessidades das indústrias do setor de óleo e gás.
Moreira Franco explicou que a projetista do Banco do Brasil, gestor do programa de aviação regional do governo, está fazendo o estudo de viabilidade técnica do aeroporto.
“A projetista dará andamento, rapidamente, para fazermos a licitação e encaminhamento para a área ambiental. Agora é mãos à obra”, disse o ministro.