Plano Nacional de Logística - PNL
É o instrumento estratégico do planejamento integrado de transportes. Traça um diagnóstico técnico sobre a matriz de transportes e suas principais demandas para garantir seu desenvolvimento. Por meio da avaliação de possíveis cenários futuros, indica possibilidades para a melhoria de oferta dos subsistemas de transportes.
Como é elaborado?
Com a participação dos técnicos do Ministério dos Transportes em parceria com a Infra S.A e sociedade, baseado em um diagnóstico técnico sobre a matriz de transportes brasileira e suas principais demandas, o PNL, por meio da avaliação de cenários futuros possíveis, indica os melhores caminhos para a melhoria de oferta dos subsistemas de transporte a serem detalhadas ou complementadas em nível tático nos Planos Setoriais.
Para isso são necessárias as seguintes etapas:
Entenda as Principais Etapas de Construção do PNL
Matrizes Origem Destino Pessoas e cargas
A matriz origem-destinado de pessoas mostra a movimentação de pessoas no território brasileiro a partir dos dados de telefonia móvel obtidos pela Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura – SAC/MInfra, respeitando as diretrizes legais quanto ao sigilo de informações. Por meio do cruzamento com outras bases de dados e o uso de modelos de transporte, foi gerada a divisão modal do total de 2,01 bilhões de viagens interurbanas no ano de 2017 para a matriz.
As matrizes origem-destino de cargas mostram a quantidade total de carga movimentada entre duas zonas de tráfego (pares O/D), por grupo de produtos, sendo dados de entrada necessários às simulações de tráfego em todos os modos de transporte. No PNL 2035, a principal fonte de dados das matrizes origem-destino de cargas foi o Big Data de Notas Fiscais Eletrônicas (NFe) da Secretaria da Receita Federal (RFB).
As projeções
As projeções das cargas para o ano de 2035 foram feitas a partir da origem dos fluxos e utilizando taxas de expansão para cada produto. Complementarmente, foram realizadas projeções para os modos dutoviário e aeroviário baseadas em métodos estatísticos de séries temporais. Para o modo aeroviário, projetou-se o volume de carga aérea em relação à variação do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. Para expansão das matrizes de passageiros, adotou-se um modelo de expansão geral dos fluxos, aplicado a todos os modos, resultando em análises estatísticas que atrelaram o volume de viagens à população e ao PIB da UTP. Posteriormente, foram estimados os volumes de passageiros para ônibus, trens, embarcações e o modo aeroviário, descontados esses volumes da expansão geral, obteve-se o volume de pessoas em automóveis.
A rede de transportes
A rede de rodovias utilizada no modelo interno possui 331.807 quilômetros, dos quais 76.454 quilômetros são rodovias federais e, o restante, vias estaduais ou municipais. A rede ferroviária está alinhada com o Sistema de Acompanhamento de Fiscalização do Transporte Ferroviário – SAFF/ANTT, contemplando 21.286 quilômetros de malha ferroviária com movimentação de carga e 195 terminais ativos. A rede do transporte aquaviário utilizada para a simulação do PNL é composta por 19.651 quilômetros de vias de navegação interior (sendo 2.148 quilômetros de vias interiores utilizadas para cabotagem e 1.394 quilômetros de vias interiores utilizadas no longo curso), 8.859 quilômetros de vias de cabotagem costeira, 79 portos-cidade e 103 locais com movimentação de cargas ou pessoas no transporte aquaviário. A rede dutoviária contempla 23.300 quilômetros de duto. Por fim, a rede de transporte do PNL contém 117 aeroportos com movimentação de cargas e pessoas com voos regulares.
Capacidade / Custo
Foram imputadas as capacidades nominais a partir da rede de transporte identificada, observando os diversos modos de transporte.
O custo de transporte compreende a soma dos custos operacionais, conforme modo e grupo de cargas, e dos custos de valor do tempo para cargas, que variam conforme o produto a ser transportado, independente do modo ou operação. Alguns elementos logísticos não são representados, como custo de armazenagem; custos por perda ou roubo da carga; ou outros custos de transação.
Cenários
Os cenários têm por objetivo auxiliar a tomada de decisão a partir da aferição, com base na simulação, de impactos, eventuais riscos e retornos à sociedade estimados antes da execução de qualquer ação. No PNL, foram consideradas diferentes configurações de empreendimentos e intervenções em infraestruturas de transporte, além de alterações tecnológicas, em legislações e regulação do setor, observando os impactos nos indicadores do PNL.
Indicadores
Os Indicadores do PNL possuem a função de mensurar os objetivos do PNL de forma a permitir a avaliação e a comparação entre cenários. Por isso, é caracterizado como um sistema de indicadores finalísticos nos seguintes temas: (i) acessibilidade; (ii) eficiência; (iiii) confiabilidade; (iv) segurança; (v) racionalidade da matriz modal; (vi) integração internacional; (vii) desenvolvimento sócioeconômico; (viii) desenvolvimento econômico nacional; (ix) sustentabilidade econômica; (x) sustentabilidade ambiental; e (xi) defesa e segurança nacional.
Simulação
O modelo funcional de simulação integrada do PNL compreende os modos de transporte rodoviário, ferroviário e aquaviário e a alocação das matrizes de cargas e das matrizes de transporte rodoviário de pessoas (por automóvel e por ônibus). Foram gerados cenários simulados no software Visum®️ para as diversas alternativas no horizonte de planejamento.
Calibração
Após a alocação da demanda, o processo de calibração consiste na adequação e ajustes dos resultados da alocação do modelo funcional de simulação integrada, tomando como valores de referência dados reais de movimentação nas rodovias e dados referentes ao comportamento geral da distribuição de cargas nos modos de transporte de grande capacidade (ferroviário e portuário).
Camada Estratégica
A Camada Estratégica de Análise constitui a visão estratégica, sistêmica e intermodal do PNL 2035, evidenciando o conjunto de infraestruturas que possuem maior capacidade de impactar nos indicadores estratégicos nacionais, definidas pela relevância da infraestrutura perante a densidade dos fluxos de cargas, tanto em peso, como em valor, e da quantidade de pessoas que transitam por elas. A CEA reúne 48% das rodovias da rede de transporte nacional, 100% das ferrovias, vias navegáveis com movimentação de cargas ou passageiros, portos, aeroportos com voos regulares e dutos. Esse recorte é responsável por mais de 90% de toda produção de transporte nacional, ou seja, mais 90% do TKU (Toneladas Quilômetro Úteis), mais de 90% do VKU (Valor Quilômetro Útil) e mais de 90% da quantidade de pessoas em deslocamentos interurbanos.
Necessidades e Oportunidades
Indicação das melhores alternativas para desenvolver o setor de transportes, com maior eficiência.
Publicação do Relatório
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Participação Social
Durante as etapas de elaboração do PNL são realizadas consultas públicas para coletar opiniões e apontamentos da sociedade. Após análise técnica, todas as solicitações são respondidas sobre a sua incorporação ou não ao relatório.
Para o PNL 2035, foram realizados Webinars detalhando as etapas e estimulando debates sobre o plano. Os vídeos podem ser acessados neste link.
Edições do PNL
Relatório do PNL 2035 English Version
Mapas PNL 2035 / Shapefiles PNL 2035 / Matrizes O/D PNL 2035
O Plano Nacional de Logística – PNL teve como objetivo elaborar o planejamento estratégico para a movimentação das cargas, considerando os diversos modos de transportes, o que permitirá identificar as necessidades e as oportunidades de investimento a médio e a longo prazo, provendo o País de um sistema integrado, eficiente e competitivo, no que diz respeito à infraestrutura do setor.
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Rede Semântica
Rede Semântica dos Transportes é uma forma de representação do sistema de transportes, e indica seus resultados, propriedades, componentes, ambiente e mecanismos, de forma a padronizar a elaboração dos planos setoriais e a sistematização da informação no âmbito do PIT.
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