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Valec desenvolve projeto de duas ferrovias em Santa Catarina
A Valec realiza estudos para a construção de duas novas ferrovias em Santa Catarina. A Ferrovia do Frango (Leste-Oeste), que deve ligar os Portos de Itajaí ou São Francisco do Sul às cidades de Chapecó e Dionísio Cerqueira, no extremo oeste do estado; e o prolongamento da Ferrovia Norte-Sul de Panorama (SP) ou Dourados (MS), até o porto de Rio Grande (RS). Os traçados estão sendo definidos através de estudos de viabilidade técnica que devem ser concluídos até o final deste ano.
O diretor de operações da Valec, Bento José de Lima, participou de um debate na Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) em que foram apresentados os novos projetos ferroviários para a região. Participaram do evento empresários produtores, parlamentares, secretários de governo, o governador Raimundo Colombo e ex-governadores Esperidião Amin e Jorge Bornhausen.
As novas ferrovias serão modernas, diferentes das que existem hoje, algumas construídas há cerca de cem anos. “Santa Catarina já teve mais de 1300 km de ferrovias e, hoje, não usa mais do que 350 km. Grande parte delas perdeu o sentido econômico ou são hoje operacionalmente improdutivas”, explicou o diretor.
A construção de um novo corredor ferroviário é uma demanda antiga do estado onde apenas 5% das cargas são transportadas de trem, enquanto, no restante do país, esse número chega a 25%. A ferrovia do Frango, que ganhou esse nome devido à alta produção avícola em Santa Catarina e o correspondente consumo de rações, pode diminuir a densidade de tráfico e o número de acidentes nas estradas e, assim, melhorar a qualidade de vida da população.
Durante o evento, foi confirmada, ainda, a recapacitação do Tronco Principal Sul, que liga São Paulo (SP) a Porto Alegre (RS) passando por Mafra e Lages, em Santa Catarina. Os estudos coordenados pela EPL e ANTT estão em fase final.
As novas ferrovias serão licitadas pelo novo modelo de concessão que está sendo formatado pelo governo em que a licitantes vencedoras ficarão responsáveis pela construção, manutenção e gestão do tráfego nos trechos, enquanto a Valec vai adquirir a integralidade da capacidade de transporte instalada e gerir a alocação da capacidade vendida para os operadores, concessionários do modelo anterior e até mesmo diretamente para os clientes que vierem a se equipar com locomotivas e vagões.
Fonte: Assessoria de Comunicação Valec