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Valec acompanha engenheiros chineses em traçado que integra a Ferrovia Bioceânica
Não é de hoje que a VALEC pensa e trabalha para viabilizar o desejo de ligar o Brasil ao Oceano Pacífico.
Para sair do município de Campinorte (GO) e chegar à cidade de Cruzeiro do Sul (AC) é preciso atravessar mais de 3.500 km. Desde o dia 05/7, essa trajetória está sendo percorrida por técnicos da VALEC que apresentam a Ferrovia Bioceânica a uma comitiva de engenheiros chineses.
Durante dez dias, o grupo percorre o longo traçado que já vem sendo objeto de estudos pela VALEC há alguns anos devido ao projeto da FICO (Ferrovia de Integração Centro-Oeste), que constitui boa parte da Bioceânica.
O trecho Campinorte (GO) – Lucas do Rio Verde (MT), com 901 km, já conta com o EVTEA (Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental) e o Projeto Básico concluídos, desde 2012.
O trecho seguinte, entre Lucas do Rio Verde (MT) e Vilhena (RO), com 646 km, também concluiu seu EVTEA, no ano passado. O Licenciamento Ambiental foi obtido após longa negociação com a FUNAI.
O processo licitatório para a elaboração do EVTEA e do Projeto Básico do trecho mais ao oeste, Vilhena (RO) – Porto Velho (RO), com 770 km, foi concluído e aguarda apenas a autorização para contratação.
A Bioceânica recentemente ganhou força com a assinatura do Memorando de Entendimento Brasil/China/Peru pela presidente Dilma Rousseff, e os presidentes da China, Xi Jinping, e do Peru, Ollanta Humala. O acordo prevê a entrega de estudos de viabilidade econômica patrocinado pelos chineses em maio de 2016.
A VALEC assessorou o Ministério de Relações Exteriores no trabalho de elaboração do acordo estando presente nas reuniões preparatórias em Brasília e na capital peruana. Os técnicos da VALEC também têm participado ativamente das reuniões com os chineses, organizadas pela EPL (Empresa de Planejamento e Logística), a quem cabe coordenar os trabalhos em nome do Ministério dos Transportes.
A Bioceânica vai abrir uma nova rota de escoamento da produção brasileira passando pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Acre, e, atravessando o Peru, chegar ao Oceano Pacífico. Atualmente, os produtos exportados para o mercado asiático são escoados somente via Canal do Panamá.
A futura ferrovia poderá também enviar a produção agrícola do Centro-Oeste brasileiro para os portos do Norte e Sudeste, através da Ferrovia Norte-Sul, construída pela VALEC, quando exportadas para Europa e Oriente Médio, o que abre ainda mais oportunidades logísticas.
Fonte: Valec