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Transportes e Casa Civil discutem providências para evitar paralisações nas rodovias
Em reunião, nesta terça-feira (02/07), o ministro dos Transportes, César Borges, e a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, receberam os representantes dos transportadores autônomos para avaliarem as medidas que serão tomadas para evitar os bloqueios em rodovias federais. Contrários às manifestações, os líderes da categoria participaram da mesa de discussões que detalhou as questões acerca das reivindicações dos grupos à frente das paralisações.
Os grupos de caminhoneiros que ainda bloqueiam as estradas desconsideram a liminar da Justiça Federal do Rio de Janeiro que proíbe a interrupção das rodovias e ainda fixa multa no valor de R$ 10 mil para cada hora de paralisação do tráfego no período compreendido entre esta segunda (01/07) e quinta-feira (04/07). A decisão foi tomada na tarde do último domingo (30/06).
Para garantir o livre trânsito dos usuários, o ministro César Borges ressaltou a necessária atuação da Polícia Rodoviária Federal para que atos que venham de encontro ao interesse da sociedade sejam coibidos. “Não podemos deixar que um grupo minoritário se organize contra o desenvolvimento do país, causando instabilidade e desabastecimento, bem como interrompendo o direito de ir e vir de trabalhadores e cidadãos brasileiros. Não podemos assistir passivamente a essas manifestações. Caso o diálogo proposto pelo governo não venha dissuadi-los da decisão de continuar as paralisações, a Polícia Rodoviária Federal deverá agir de forma mais efetiva, aplicando multas e até mesmo promovendo a remoção dos veículos que estiverem parados, interrompendo as rodovias”, destacou o ministro dos Transportes.
Segundo o ministro César Borges para que os problemas relativos ao transporte de cargas sejam acompanhados e discutidos será instituída uma câmara dentro da estrutura do MT, que contará com representantes do setor. Também serão tomadas as providências cabíveis para evitar os bloqueios dos caminhoneiros nas estradas.
“Estabeleceremos um canal permanente para tratar as demandas setor, sob a gestão da Secretaria Executiva do Ministério. Assim, trataremos de forma tempestiva as questões e, se possível, anteciparemos soluções, interceptando problemas”, afirmou César Borges.
Em relação às reivindicações dos caminhoneiros, o ministro ponderou que não há razoabilidade nas solicitações. “A isenção de pedágio, por exemplo, pode prejudicar contratos de concessão. Os profissionais pedem também subsídio ao óleo diesel e a criação de estrutura exclusiva para atender ao transporte rodoviário de cargas. No entanto, o diesel já é subsidiado, e o Ministério dos Transportes tem uma secretaria com a função da estrutura pedida pelos manifestantes”, explicou.
De acordo com o ministro, outro pleito levantado pelo grupo remete ao aprimoramento da Lei dos Caminhoneiros (Lei N. 12.619/2012), o qual já tem sido estudado pelo governo. O projeto de lei que modifica o texto original está em discussão no Congresso Nacional.