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SPA, CODEBA e CDP revertem prejuízo financeiro entre 2018 e 2019
Resultado consolidado de todas as Companhias Docas apresenta melhoria de 17 vezes, segundo balanço do Ministério da Infraestrutura
Três das sete companhias docas federais reverteram prejuízo financeiro em 2019 e passaram a operar com lucro. São elas: A SPA (Santos Port Authority), que administra o Porto de Santos (SP), a Codeba (Companhia Docas da Bahia), que administra os portos de Salvador (BA), Ilhéus (BA) e Aratu (BA), e a CDP (Companhia Docas do Pará), que administra os portos de Santarém (PA), Miramar (PA), Itaituba (PA), Vila do Conde (PA), Belém (PA), Outeiros (PA) e Óbidos (PA). Segundo levantamento do Ministério da Infraestrutura, o resultado consolidado das docas federais também apresentou melhoria de 17 vezes: passou de saldo negativo de R$1 bilhão para prejuízo de R$ 58 milhões, o que revela a evolução dos balanços das companhias, de forma geral, entre 2018 e o ano passado.
Em números absolutos, a CDP passou de prejuízo de R$ 33 milhões, em 2018, para lucro de R$ 35 milhões, no ano passado. Já a Codeba reverteu seu prejuízo de R$ 11,4 milhões para lucro de R$ R$ 9,7 milhões entre os dois anos. Por último, a SPA saiu de prejuízo da ordem de R$ 468 milhões, em 2018, para lucro de R$ 150 milhões, em 2019.
“Isso é resultado de melhoria de gestão, redução das despesas com folha de pagamento, otimização dos contratos, aumento de receita e atualização das tabelas tarifárias”, explica o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni. “Algumas docas que tinham prejuízos há anos conseguiram reverter seus balanços. Além disso, mesmo as que não passaram a operar com lucro, conseguiram evolução em seus resultados financeiros”, destaca.
O levantamento da pasta também mostra crescimento de 1% na movimentação dos portos brasileiros entre os dois anos. Os dados foram consolidados a partir de números da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) e das autoridades portuárias e levam em consideração valores até outubro de 2019 e projeções para os meses de novembro e dezembro do mesmo ano.
Ainda segundo o levantamento, 19 terminais tiveram crescimento no volume de cargas movimentadas. Dentre eles está Santarém (PA), que ficou em primeiro lugar e teve crescimento de 30,7%, em 2019. Em seguida, aparece o Porto de Itajaí (SC), com aumento de 23,2% em relação a 2018. Já o Porto de Vila do Conde (PA) ficou na terceira colocação, com aumento de 19,3% no volume de cargas escoadas.
Os graneis sólidos puxaram o crescimento na movimentação no Porto de Santarém e representaram quase a totalidade das mais de 12 milhões de toneladas transportadas em 2019. O mesmo ocorreu com o Porto de Vila do Conde, onde os graneis sólidos representaram 73% do total movimentado no ano passado. Ambos são administrados pela CDP (Companhia Docas do Pará) – uma das companhias que reverteram prejuízo. Entre os produtos mais transportados em Itajaí, estiveram madeira, derivados e frango na exportação, e plásticos, borrachas e produtos químicos na importação.
De acordo com Piloni, os resultados só não foram ainda melhores devido ao rompimento da barragem da VALE, em Brumadinho (MG), em janeiro do ano passado, o que impactou as exportações de minério de ferro em todo o país. “Além disso, o surto de peste suína na China, principal consumidor da soja brasileira, impactou o volume de grãos exportados ao país asiático”, avalia. Mesmo assim, entre os 19 portos que registraram saldo positivo, houve crescimento de 6,1% na movimentação, que passou de 296 milhões de toneladas escoadas, em 2018, para 313 milhões de toneladas movimentadas em 2019.
Projeções do setor
O horizonte do setor portuário é extenso para 2020. Além do processo de desestatização da Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo), da SPA, e da administradora do Porto de São Sebastião (SP), o governo prevê a realização de 15 leilões – nove terminais portuários já foram qualificados pelo PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). A previsão é que, até 2022, sejam realizados 28 leilões, com investimentos da ordem de R$ 3,8 bilhões.
Foto SPA/Divulgação
Assessoria Especial de Comunicação
Ministério da Infraestrutura