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Planejamento e projetos de obras são discutidos na oficina de governança no setor de Transportes
O segundo dia da Oficina Internacional de "Governança no setor de Transportes" teve como foco o "Planejamento e Projeto de Obras Públicas de Transportes" nos Estados Unidos, na França, na Alemanha, na Austrália e em Portugal.
O gerente do Programa de Operações de Frete da Administração Federal Rodoviária (FHWA) dos Estados Unidos da América, Tom Kearney, foi o primeiro a ministrar a palestra na manhã desta quarta-feira (9). Kearney fez um breve histórico de como o governo federal americano atua, por meio de suas agências reguladoras, juntamente com os estados e municípios, para elaborar as normas e fiscalizar as cargas nas rodovias. O representante da FHWA disse que é importante prestar atenção à pesagem das cargas – porque isso impacta diretamente na vida útil das estradas – e que é necessário também que o governo tenha detalhadamente a demanda do sistema, para planejar o desenho do asfalto.
O Atraso e a ineficiência das estações fixas de pesagem fizeram a FHWA elaborar o projeto de uma estação virtual em que os caminhões são pesados em movimento. Os equipamentos podem confrontar os dados fornecidos pelas empresas e as informações apuradas na rodovia. Com a transmissão de informações cada vez mais rápidas e precisas, a intenção do governo americano é aprimorar cada vez mais essas inovações para chegar a Rodovias Inteligentes (Smart Roadsides) e, assim, automatizar todo o sistema.
Tom Kearney afirmou que os Estados Unidos precisam voltar os olhos para as hidrovias. Segundo ele, o país movimentou 18 bilhões de toneladas em 2010. Desse montante, 12,5 bilhões de toneladas foram transportadas pelas rodovias e menos de um bilhão de toneladas passaram pelas hidrovias. "Temos a capacidade, mas não fazemos. Devemos mudar para a água", disse o gerente.
Em seguida, foi a vez do Inspetor Geral do Ministério de Ecologia, Desenvolvimento Sustentável, Transporte e Moradia da França , Philippe Maler, mostrar a realidade francesa de transportes. Entre as principais preocupações das autoridades locais estão o desenvolvimento sustentável e a redução de gases de efeito estufa. Na França, o foco para os próximos anos é desenvolver o modal ferroviário – principalmente os Trens de Alta Velocidade – e incentivar a mudança de comportamento na população. Segundo Maler, a França tem mais de 38 milhões de veículos e não há mais como colocar todos esses carros na rua.
Maler afirmou que atender à necessidade dos usuários está ao lado do financiamento da obra na elaboração do seu projeto. "Nunca começamos um projeto sem saber se teremos dinheiro para fazermos a obra do início ao fim", explicou o inspetor geral do Ministério de Ecologia, Desenvolvimento Sustentável, Transporte e Moradia da França.
Os palestrantes aprovaram a iniciativa brasileira em promover a oficina. Segundo Philippe Maler é interessante confrontar diferentes pontos de vistas, experiências diferentes de pessoas de várias partes do mundo. "É importante ressaltar, porém, que nenhum sistema pode ser transposto diretamente de um país para outro", explicou. Para Tom Kearney, gerente de Programa de Operações de Frete da Administração Federal Rodoviária, este é o momento para promover discussões no campo do planejamento. "O Brasil vive um momento em que o investimento em transporte é fundamental, para sustentar seu notório crescimento econômico, o que vai beneficiar o país no longo prazo", afirmou Kearney.
Wolfgang Pelousek, Executivo Responsável por Projetos Especiais no Setor Ferroviário da Alemanha, foi o terceiro palestrante do dia. Na ocasião, ele falou sobre a inciativa do Ministério dos Transportes de promover a oficina: "este workshop é uma ótima oportunidade para a Alemanha e o Brasil trocarem informações sobre o setor de logística de transportes de cargas e passageiros. Está na hora de o Brasil pôr em prática tudo que já aprendeu com pesquisas e estudos como o PNLT, que conheço bem, para começar a baixar o custo dos transportes e melhorar a logística no Brasil. A janela de oportunidades está aberta agora, e as melhorias no setor de transportes brasileiro vão fazer com que os investidores internacionais se sintam seguros em vir para o Brasil".
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