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Obras autorizadas no Espírito Santo renovarão capacidade de desenvolvimento do estado
Mais de dois milhões de pessoas serão beneficiadas com a construção do desvio de 19 quilômetros de rodovia que irão aliviar o tráfego da Grande Vitória e garantir segurança ao trecho considerado o mais perigoso do país. Para o Porto de Vitória, a expectativa é de ampliação da capacidade produtiva do setor
No Palácio Anchieta, na capital Vitória (ES), o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, assinou as ordens de serviço que determinam, respectivamente, o início das obras de contorno da serra Mestre Álvaro e a retomada da dragagem do Porto de Vitória.
Segundo Quintella, ambas as obras preveem benefícios para população capixaba e para o estado, uma vez que determinam mudanças sensíveis para os dois eixos logísticos. A autorização para a construção de um desvio na BR-101/ES deverá desafogar o tráfego da região e reduzir o tempo gasto em logística na região, gerando economia e mais segurança para a mobilidade urbana. As obras portuárias, por sua vez, ampliarão a capacidade do estado, em relação à movimentação de cargas de importação e exportação. Serão alcançadas diretamente cerca de dois milhões de pessoas.
“A construção do contorno Rodoviário de Mestre Álvaro irá desafogar o tráfego da Grande Vitória e trazer mais conforto à população, em razão da diminuição dos acidentes e do tempo das viagens neste trecho da BR-101. Já a dragagem do Porto aumentará a capacidade para receber embarcações de maior porte. A ampliação será de 40 mil para 80 mil toneladas o volume dos navios que poderão atracar na Baía, garantindo maior diversidade de cargas e eficiência no transbordo”, explicou.
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MAIS SEGURANÇA E MOBILIDADE
- O novo acesso rodoviário beneficiará toda a região metropolitana da grande Vitória, destacando os municípios de Serra, Cariacica e a capital. Com 19 km de extensão entre a capital e Serra, o desvio será uma alternativa para passagem de veículos pesados, o que aliviará o tráfego na Grande Vitória, que atualmente utiliza o trecho da BR-101 também para a mobilidade urbana. Atualmente, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o trecho é considerado o mais perigoso do país.
“Esta obra tem sido aguardada pela população há mais de 15 anos. Naquele trecho, circulam mais de 50 mil veículos por dia. Com o desvio, pelo menos 15 mil veículos, principalmente caminhões, vão transferir sua rota, acabando com o tráfego conflitante na região”, ressaltou Quintella.
A construção do contorno foi licitada no formato Regime Diferenciado de Contrações Integrado (RDC-I), em parceria entre os governos federal e estadual. O trecho contará com investimento de R$ 290 milhões e trará melhorias para, aproximadamente, dois milhões de pessoas.
Responsável pelas obras, o consórcio formado pelas empresas Contractor, Pelicano, Sulcataeinanse e Enecon construirá, segundo o projeto do contorno, quatro faixas de rolamento (duas em cada lado), ciclo via nas áreas de acesso urbano, sete viadutos e 40 passagens subterrâneas para passagem dos animais silvestres.
De acordo com o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Valter Casimiro, a previsão é que as obras sejam concluídas em dois anos e meio. “Além da agilidade para a finalização da obra, está, também, entre as prioridades do DER (Departamento de Estradas e Rodagens) e do DNIT, a contratação de mão de obra de pessoas da própria região, para que também possamos contribuir para a geração de empregos e capacitação na região”, destacou.
Para realização das obras do contorno, já foram repassados R$ 38 milhões para o governo do estado. Além disso, está prevista no orçamento de 2016, uma emenda impositiva da bancada do estado no valor de R$ 150 milhões.
AUMENTO DA CAPACIDADE PORTUÁRIA
– Acompanhado pelo o governador do estado, Paulo César Hartung, o ministro também visitou as obras de substituição dos dolfins de Atalaia e as instalações do novo sistema de gerenciamento de tráfego do Porto. A construção de um nov
o berço (em substituição aos dolfins), contam com 270 metros de comprimento, 16 metros de largura e 14 metros de profundidade.
Hartung relatou que o novo cais receberá o nome de Berço 207 e possibilitará que navios com maior capacidade de carga possam atracar, diversificando a movimentação, antes limitada a granéis líquidos, para também sólidos. O governador afirmou que as obras de melhorias do Porto e também da rodovia possibilitarão um grande avanço para o desenvolvimento econômico da região.
Em relação à dragagem, com previsão de término para novembro e investimentos de R$ 128 milhões, o serviço de dragagem no Porto de Vitória deverá retirar mais de 800 mil metros cúbicos de sedimentos.
O aprofundamento da Baía para 14 metros teve investimentos permitira que embarcações com capacidade de 80 mil toneladas possam atracar aos berços do Porto. Esta expansão do fluxo de cargas levará ao aumento de sete milhões para 10 milhões de toneladas nos próximos anos.
Para a dragagem serão utilizadas dragas com 50m de comprimento e 15m de largura, acompanhadas de dois batelões – embarcações próprias para operações próximas às margens. Serão retirados cerca de 800 mil metros cúbicos de sedimentos. O executor das obras foi o consórcio Dratec Etermar Rohde.
“Em cinco anos, acredito que teremos um notório impacto positivo com a dinamização do comércio e da economia de nosso estado. A partir das obras promovidas no Porto de Vitória e Vila Velha, poderemos retomar linhas marítimas perdidas, aumentando fluxo de cargas e dotando com mais competitividade, o que gera emprego e renda para a população capixaba”, afirmou o governador.
Fotos: Edsom Leite
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