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Transporte aéreo de órgãos e tecidos para transplantes em 2017 já é maior do que em 2016
Acordo que permite o transporte gratuito de órgãos e equipes de transplantes foi renovado nesta quarta-feira pelos Ministérios dos Transportes e da Saúde, Anac, Aeronáutica, aeroportos e companhias aéreas
A quantidade de órgãos e tecidos transportados pelas companhias aéreas até outubro deste ano já supera o desempenho de janeiro a dezembro de 2016. No ano passado, Latam, Avianca, Gol, Azul e Passaredo foram responsáveis pelo transporte de 3.847 órgãos e tecidos em todo o país, enquanto o balanço até outubro deste ano já chega a 4.200 itens, um crescimento de 9,1%. Os números são do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), vinculado ao Ministério da Saúde.
O resultado favorável é fruto de um termo de cooperação idealizado pela Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério dos Transportes, em 2011, e que foi renovado nesta quarta-feira (06/12), durante o I Simpósio Nacional de Gestão de Processos de Doação e Transplante, evento promovido pelo Ministério da Saúde.
Assinam o termo, além do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, o ministério da Saúde, Agência Nacional e Aviação Civil (Anac), Aeronáutica, companhias aéreas - por meio da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear)- e aeroportos.
O documento representa uma cooperação logística firmada entre eles com o objetivo de realizar o transporte aéreo de órgãos para transplante de forma 100% gratuita e voluntária.
Para o ministro dos Transportes, Portos e Aviação, Maurício Quintella, o termo de cooperação entre o setor público e privado permitiu que o deslocamento gratuito de órgãos por meio do transporte aéreo fosse realizado de forma mais ágil, eficiente e seguro. “O termo é fundamental para garantir que qualquer órgão doado ou equipe médica saia de uma localidade do país e chegue ao destino necessário, onde há um paciente aguardando para fazer um transplante”, avalia o ministro. “Com isso, é possível fazer o transporte em tempo hábil para manter o órgão em bom estado e atender prontamente a quem precisa, salvando mais vidas”, completa. O termo prevê também que as empresas transportem sangue e equipes médicas. Os aeroportos arcam com os custos das taxas de embarque.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, ressalta que o Brasil tem conseguido salvar cada vez mais vidas por meio de parcerias como essa, além de um sistema de transplante que é referência mundial. “O apoio das companhias aéreas, viabilizado por meio deste acordo, é fundamental na logística do Governo Federal para salvar vidas. É com essa parceria, assim como a disponibilidade de uma aeronave da FAB, o trabalho de inúmeros profissionais e a solidariedade da população brasileira que temos conseguido realizar, a cada ano, um número cada vez maior de transplantes no SUS”, destacou o ministro Ricardo Barros. O Brasil possui o maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo, com a marca de mais de 24 mil cirurgias no ano passado.
Outra parceira envolvida nesta missão de salvar vidas, a Força Aérea Brasileira (FAB) já transportou 199 órgãos/tecidos em 2017. O número também é superior à quantidade de 2016, quando foram transportados 184 itens. A FAB é acionada somente quando não há voos para atender a uma emergência.
TRANPORTES DE ÓRGÃOS PELAS CIAS AÉREAS EM 2015, 2016 E 2017
Total de Itens Transportados pelas Companhias Aéreas | |||
2015 | 2016 | 2017* | |
Total de Órgãos | 1.123 | 1.023 | 1.160 |
Total de Tecidos | 2.417 | 2.824 | 3.040 |
Total de Geral | 3.540 | 3.847 | 4.200 |
Total de Itens Transportados pela FAB | |||
2015 | 2016 | 2017* | |
Total de Órgãos | 28 | 177 | 198 |
Total de Tecidos | 1 | 7 | 1 |
Total de Geral | 29 | 184 | 199 |
*Dados até outubro de 2017.
*Dados até outubro de 2017.
FONTE: Sistema Nacional de Transplante/Ministério da Saúde
Foto: Divulgação/ABEAR
Assessoria de Comunicação Social
Ministério dos Transportes, Portos e Aviação