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Ministros vistoriam obras do PAC na Bahia
Os ministros do Planejamento, Miriam Belchior, e dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, cumpriram agenda na Bahia, nessa segunda-feira (9), onde fizeram reuniões de trabalho e vistorias das obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) e da Via Expressa de Salvador. Foram convocados para as reuniões representantes das empresas projetistas, construtoras e supervisoras que formam os consórcios contratados para execução de cada empreendimento. A passagem da comitiva ministerial por Jequié e pela capital baiana é parte do esforço de gestão do governo federal, que ampliou o monitoramento de suas ações, com o objetivo de acelerar o ritmo das obras do Programa de Aceleração do Crescimento, em seu 2º Ciclo – o PAC 2.
Essa nova fase de mobilização junto aos principais projetos do PAC 2 foi iniciada com a visita da presidenta Dilma Rousseff aos canteiros de obras da Ferrovia Nova Transnordestina e da construção dos canais de Integração do Rio São Francisco, no início de fevereiro, onde se reuniu, também em estados do Nordeste, com os executores desses empreendimentos. A presidenta determinou que essas vistorias sejam sistemáticas, cobrindo todo o País, como parte do trabalho de aperfeiçoamento do monitoramento das ações do PAC 2.
No início de março, os ministros do Planejamento e dos Transportes vistoriaram as obras da BR-101, em trechos de três estados do Nordeste – Pernambuco, Alagoas e Sergipe, com o mesmo objetivo de identificar as dificuldades, buscar soluções e garantir que aquela obra seja executada com a maior agilidade possível.
Ferrovia Oeste-Leste
O primeiro trecho em obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste tem 537 quilômetros de extensão, dividido em quatro lotes, entre Ilhéus e o Pátio de Caetité (BA). A Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., executora das obras, projeta que este segmento terá conclusão em meados de 2014. A FIOL cruzará todo o território baiano e, futuramente, será interligada à Ferrovia Norte-Sul, na altura de Figueirópolis (TO).
O trecho entre Caetité e Barreiras (BA), com 485 quilômetros de extensão, está em fase de ações preparatórias, com a projeção de que as obras sejam iniciadas ainda neste ano. A Valec conclui, neste semestre, a elaboração do projeto executivo desse segmento. São outros três lotes de obras e o governo pretende concluir os estudos e projetos necessários desse trecho, ainda neste semestre.
A FIOL tem custo inicial previsto de R$ 3,6 bilhões, para as obras do trecho de 1.022 quilômetros de extensão, entre Ilhéus e Barreiras.
Ferrovia de Integração Oeste-Leste |
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Trecho |
Extensão |
Situação |
Ilhéus (BA)/Caetité (BA) |
537 km |
Em obras |
Caetité (BA)/Barreiras (BA) |
485 km |
Ação preparatória |
Barreiras (BA)/Figueirópolis (TO) |
505 km |
Ação preparatória |
O projeto da FIOL prevê a construção de nove polos de carga, sendo cinco em território baiano. A ferrovia deve fomentar ainda mais o desenvolvimento agrícola da região oeste da Bahia, cuja previsão é de uma produção de 6,7 milhões de toneladas de grãos em 2015. Os principais produtos a serem transportados são minério de ferro, soja, farelo de soja e milho, além de fertilizantes e combustíveis. Cabe ressaltar que a produção de minério de ferro, com polo em Caetité, projeta um volume de carga de 45 milhões de toneladas, para 2015.
Via Expressa
A Via Expressa Baía de Todos os Santos interliga a BR-324 ao Porto de Salvador, com investimento total previsto de R$ 381 milhões. Esse complexo viário tem como principais objetivos: implantar um acesso exclusivo e expresso de veículos de carga para o porto, gerar um novo acesso à cidade de Salvador e solucionar os conflitos de tráfego no trecho da chamada Rótula do Abacaxi.
O empreendimento é composto por 14 viadutos, com extensão total de 4.059 metros, além de dois túneis, sendo um simples e um duplo, perfazendo um total de 238 metros, uma ponte Camurujipe, e serviços diversos como macro e micro drenagem, urbanização e iluminação pública. São sete frentes de trabalho, cada uma com cronograma de obras diferente.
As obras da Via Expressa tiveram sua primeira ordem de serviço dada em março de 2009. Das sete frentes de trabalho, uma está concluída e outra parcialmente concluída. Atualmente, existem quatro frentes em execução e uma não iniciada.
VIA EXPRESSA |
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Frentes de obras |
Principais obras |
Situação |
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1 |
Viaduto 16; transposição sobre o metrô; terra armada e entroncamentos com a BR-324 |
Concluída |
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2 |
Viadutos 11, 12, 13, 14 e 15, as travessias sobre o rio Camurujipe; o canal fechado do rio das Tripas; a micro drenagem e a terraplenagem de acessos |
Resta conclusão do viaduto 12 |
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3 |
Execução do túnel duplo |
Em andamento |
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4 |
Canal do rio das Tripas e vias de superfície |
Concluído o canal; execução de vias |
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5 |
Viadutos 8, 9 e 10; contenção em cortina de concreto atirantada; e terraplenagem para as vias de superfície |
Em execução |
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6 |
Viadutos 4, 5, 6 e 7; e contenção em concreto |
Em execução |
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7 |
Desapropriações – 247 imóveis |
Não iniciada |
O Governo do Estado da Bahia considera o acesso ao Porto de Salvador como a mais importante intervenção na área de infraestrutura viária da capital nos últimos 30 anos. O Estado, através da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Conder), é o executor da obra, sendo responsável por uma contrapartida de R$ 41,8 milhões.
A construção da Via Expressa, além de propiciar um novo acesso, moderno e seguro, dando mobilidade ao transporte de cargas que atualmente utiliza as avenidas San Martin, Bonocô ou Suburbana, modificará profundamente o trânsito na área central da cidade. Os estudos de tráfego apontaram uma expectativa de 62 mil veículos, por dia, utilizando as dez faixas previstas na obra, sendo seis urbanas e quatro exclusivas de carga (3,4 mil caminhões por dia). Destaca-se a solução dada ao trânsito urbano, principalmente em relação ao acesso à área da Cidade Baixa, eliminando os congestionamentos na região da Rótula do Abacaxi.
A primeira grande intervenção aconteceu na Rótula do Abacaxi, onde já foram entregues cinco viadutos, melhorando consideravelmente o tráfego na região e terminando com os constantes congestionamentos no local. A obra ainda prevê 3,2 quilômetros de extensão de ciclovias, quatro passarelas e 35 mil metros quadrados de passeio.
Assessoria de Comunicação
Ministério dos Transportes
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