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Ministro César Borges: Segunda Ponte do Guaíba (RS) vai desafogar o tráfego no acesso à capital
Ao participar, nesta segunda-feira (31/03), em Brasília, da assinatura do contrato para a construção da Segunda Ponte sobre o rio Guaíba, no Rio Grande do Sul, o ministro dos Transportes, César Borges, afirmou que a efetivação do empreendimento é um anseio antigo da população gaúcha, em particular da Região Metropolitana de Porto Alegre. “Esse empreendimento histórico visa restabelecer o nível de serviço adequado na chegada e saída da capital do Rio Grande do Sul para todos os veículos inseridos nessas rotas, haja vista a situação precária encontrada atualmente em virtude do esgotamento da capacidade das vias atuais, agravadas pelos constantes içamentos no vão móvel da ponte, que hoje serve a essa ligação, e às falhas que são apresentadas pelos sistemas operacionais que acabam gerando enormes congestionamentos do sistema viário da cidade, da rodovia e da região”, afirmou. A cerimônia, realizada no Palácio do Planalto, foi presidida pela presidenta da República, Dilma Roussef.
O contrato, no valor de R$ 649.622.699,00, foi assinado pelo diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Jorge Fraxe, e por representantes do Consórcio Ponte Guaíba, formado pela construtora Queiroz Galvão e pela EGT Engenharia, vencedor da licitação para elaborar os projetos básico e executivo de engenharia e para execução das obras de construção da ponte e seus acessos. O Consórcio apresentou a proposta mais vantajosa para a Administração, com um valor 26,28% abaixo do orçado – R$ 649.622.699,00, frente ao orçamento da Administração de R$ 881.205.436,22, gerando uma economia de R$ 231.582.737,22 para os cofres públicos. A licitação, realizada pelo Regime Diferenciado de Contratações – RDC, foi homologada pelo DNIT na última quarta-feira (26/03).
A Segunda Ponte sobre o rio Guaíba vai ligar a capital Porto Alegre ao Sul do estado do Rio Grande do Sul, passando pela Ilha do Pavão até a Ilha Grande dos Marinheiros, conectando rodovias de integração nacional. Com 1,9 quilômetros de extensão em um total de 7,3 quilômetros, considerando acessos e elevados, a passagem será uma alternativa para desafogar o tráfego na única ponte que hoje garante a travessia do Guaíba. A expectativa é de que 50 mil veículos utilizem diariamente a nova ponte. Em cada sentido, haverá duas faixas de trânsito de 3,6 metros, refúgios central e lateral de, no mínimo, 1,20 metro, acostamento de, no mínimo, três metros de largura. A obra vai utilizar um total de 170 metros cúbicos de concreto e irá consumir 17.600 toneladas de aço. A previsão é de contratação de 1.100 operários.
Realocação de famílias
Logo após a assinatura do contrato, o DNIT e o Consórcio Ponte Guaíba vão a campo identificar terrenos para a realocação das famílias que serão afetadas pelas obras da Segunda Ponte, o mais próximo possível da área de intervenção, a fim de minimizar os impactos. Simultaneamente, será realizado o detalhamento do cadastro dos moradores, tendo como base o levantamento preliminar elaborado pela Prefeitura de Porto Alegre, que identificou cerca de 850 famílias.
O programa de realocação na Ponte do Guaíba será similar ao realizado na BR-448 – a rodovia do Parque, reconhecido internacionalmente como modelo de realocação humanizada. Este programa não se limita à transferência das famílias para novas unidades habitacionais, com toda a infraestrutura necessária. Envolve também ações sociais, como capacitação, geração de trabalho e renda, educação ambiental e patrimonial, planejamento e gestão de orçamento familiar, desenvolvimento de organização comunitária, além de encaminhamento aos serviços públicos, como obtenção de documentos, acesso à educação e saúde, entre outros. O objetivo é proporcionar a melhoria da qualidade de vida das quase 3.500 pessoas que serão afetadas pelas obras, e garantir a sustentabilidade do empreendimento.
Histórico
A ponte atual, inaugurada no final de 1958, é considerada um dos símbolos da capital gaúcha. Faz a ligação de Porto Alegre com sul do estado, na intersecção das rodovias BR 116 e BR 290. O vão móvel da ponte eleva um trecho de pista de 58 metros de extensão e 400 toneladas de peso a uma altura de 24 metros (cada torre tem 43 metros até a base, sob a água). O vão é içado sempre que é necessária a passagem de embarcações de grande porte. Mensalmente, esse movimento da ponte ocorre 43 vezes, em média.
O tráfego sob a ponte é feito por embarcações que sobem o Rio Gravataí e que se dirigem também ao Pólo Petroquímico de Triunfo.
Investimentos no estado
Além desse importante empreendimento que está sendo iniciado, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Governo Federal está realizando investimentos de R$ 9,24 bilhões até 2017 no Rio Grande do Sul.
Veja quais são as obras do Ministério dos Transportes no estado:
OBRAS CONCLUÍDAS:
BR-101/RS Adequação Div. SC/RS – Osório
- 89 km, Concluída em 06/2013, R$ 1,04 bilhão;
BR-158/RS Construção Santa Maria – Rosário do Sul
- 115 km, Concluída em 09/2008, R$ 60 milhões;
BR-448/RS Construção de Pista Dupla Sapucaia – Porto Alegre
- 22 km, Concluída em 12/2013, R$ 1,34 bilhão;
BR-470/RS Construção Barracão – Lagoa Vermelha
- 75,2 km, Concluída em 07/2013, R$ 75 milhões.
OBRAS EM ANDAMENTO:
BR-116/RS Duplicação Guaíba - Pelotas
- 235 km, R$ 957 milhões;
BR-116/RS Duplicação Dois Irmãos – Gravataí (inclui Viaduto Sapucaia
- 36 km, R$ 228,2 milhões;
BR-285/RS Construção Div. SC/RS – São José dos Ausentes – Bom Jesus
- 54 km, R$ 105,2 milhões;
BR-386/RS Duplicação Tabaí - Estrela
- 34 km, R$ 252,8 milhões;
BR-116/392/RS Duplicação Pelotas – Rio Grande (incluindo Contorno de Pelotas)
- 85 km, R$ 1,02 bilhão.
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fotos
da cerimônia de assinatura do contrato da Ponte do Guaíba
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