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Ministério coloca concessões de infraestrutura no foco do Banco do BRICS
Tarcísio de Freitas se reuniu com presidente do NDB e participou de painel do Fórum Empresarial de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul
O Ministério da Infraestrutura e o Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS (NDB, na sigla em inglês) terão agenda de trabalho conjunta para impulsionar os investimentos estrangeiros na carteira de projetos de concessão do Governo do Brasil. O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira (13) pelo ministro Tarcísio Gomes de Freitas, após reunião com o presidente do NDB, o indiano K.V. Kamath. O Banco do BRICS tem interesse em financiar projetos de infraestrutura no Brasil. “Como estamos falando de um banco de desenvolvimento criado para alavancar investimentos nos países membros do BRICS, queremos fazer valer esse propósito e aportar estes recursos em nossos projetos mais desafiadores”, disse o ministro.
O encontro foi realizado paralelamente à XI Cúpula do BRICS, que reúne em Brasília os chefes de estado de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul até esta quinta-feira (14). O NDB tem a meta de investir inicialmente US$ 2,5 bilhões no Brasil. Freitas e Kamath acertaram uma agenda de trabalho entre as equipes técnicas do ministério e do banco para estudar a carteira de projetos de infraestrutura brasileiros.
INTERCÂMBIO COM A CHINA - Mais cedo, também nesta quarta-feira, Freitas participou do almoço em homenagem ao presidente da China, Xi Jinping, no Palácio do Itamaraty. Em seguida, o ministro assinou Memorando de Entendimento (MoU) com o Governo da China, para expandir a cooperação entre os dois países no setor dos transportes e do desenvolvimento da infraestrutura. Equipes do Ministério da Infraestrutura do Brasil e do Ministério dos Transportes da China irão se reunir para troca de experiências no setor.
No final da tarde, o ministro da Infraestrutura participou do painel “Oportunidades de investimento nos países do BRICS”, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), na capital federal. Freitas destacou que o Brasil tem um dos maiores programas de transferência de ativos de infraestrutura do mundo. “Nesses próximos anos, vamos transferir para a iniciativa privada 41 aeroportos, 16 mil km de rodovias, mais de 3mil km de ferrovias, dezenas de terminais portuários, faremos as desestatizações de empresas do setor portuário”, ressaltou o ministro.
Ele enfatizou ainda o desejo do Brasil de contar com a grande experiência e a tecnologia que os países do BRICS acumularam ao longo do tempo em infraestrutura, especialmente no setor ferroviário. Além de citar a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) e a Ferrogrão como exemplos de oportunidades no país, Freitas disse que espera contar com os países do BRICS também no desenvolvimento dos trens de passageiros de média velocidade. “Temos oportunidades também nessa área, não no âmbito federal, mas estamos fazendo investimentos em malhas federais, segregando linha de cargas e passageiros, justamente pra permitir empreendimentos de passageiros, a cargo de unidades de federação, que se tornem viáveis”, afirmou o ministro.
Assessoria Especial de Comunicação
Ministério da Infraestrutura