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Mesmo com pandemia, cabotagem registra alta de 11,3% entre janeiro e abril
Setor movimentou 60,8 milhões de toneladas no período; dados constam de levantamento do Ministério da Infraestrutura
A pandemia do coronavírus não registrou impactos, de forma geral, no setor portuário, sobretudo na navegação por cabotagem. Levantamento realizado pelo Ministério da Infraestrutura, com base em dados estatísticos da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), revela que a cabotagem registrou alta de 11,3% na movimentação entre janeiro e abril de 2020, em relação ao mesmo quadrimestre do ano passado. No total, o setor transportou 60,8 milhões de toneladas no período.
O impacto na movimentação por cabotagem está relacionado ao crescimento no transporte de graneis líquidos e gasosos (10,1%) – com destaque para o setor de petróleo e derivados –, assim como à alta de 58,1% no transporte de graneis sólidos no nos quatro primeiros meses do ano.
“Apesar de termos segmentos mais afetados durante a pandemia, o setor portuário tem mostrado resiliência aos efeitos da crise, mostrando um crescimento relevante no fechamento de dados do primeiro quadrimestre, com destaque para o aumento das movimentações da cabotagem. Isso mostra que estamos no caminho correto ao traçar o programa BR do Mar, que tem como objetivo potencializar ainda mais esse crescimento”, avalia o ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
Quando a movimentação geral é levada em consideração, o setor portuário também registrou alta de 3,7% no período, sendo 65,2% das cargas operadas pelos portos privados e 34,8%, pelos portos públicos. Em toneladas, o volume total transportado foi de 340,4 milhões. Novamente, a movimentação de graneis líquidos e gasosos impactou os dados, após alta de 15,1% no período.
Segundo o levantamento da pasta, mesmo após o mês de janeiro ter registrado quedas de 30% no transporte de minério de ferro e soja, na comparação com 2019, o setor apresentou recuperação nos meses seguintes, com o minério de ferro mantendo o nível do ano anterior, e o petróleo e a soja impactando no resultado positivo final.
CIAS DOCAS – Na análise individualizada das autoridades portuárias que administram os portos públicos, levando-se em consideração dados de janeiro a maio, destaque para a Companhia Docas do Pará (CDP), que teve acréscimo de 30% no período, em comparação com o ano anterior; para o Porto de Suape (PE), com alta de 21,1%; para a Portos do Paraná, que administra os portos de Paranaguá (PR) e Antonina (PR), com alta de 20,5%; além da SPA, autoridade portuária do Porto de Santos (SP), que registrou crescimento de 12% no período acumulado.
Dentre os maiores incrementos de movimentação nesse período, é possível destacar o aumento de 27,15% na movimentação de granel sólido vegetal no Porto de Paranaguá; de 28,33% na movimentação de granel líquido no Porto de Suape; e de 13,64% na movimentação de contêineres no Porto de Santos.
Os portos administrados pela Companhia Docas do Espírito Santo (CODESA), pela Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) e pela Companhia Docas do Estado da Bahia (CODEBA) tiveram maior impacto nas movimentações, uma vez que representaram perdas de 15,68%, 34,37% e 6,27%.
Houve redução de 27,62% na movimentação de granel sólido no Porto de Vitória (ES) e de 24,36% de granel líquido combustível no Porto do Rio de Janeiro (RJ). Entretanto, embora sejam portos de movimentação expressiva, o levantamento realizado mostra que, até o momento, a tendência de queda geral no transporte não é uma realidade do setor portuário.
Foto: Aescom/Divulgação
Assessoria Especial de Comunicação
Ministério da Infraestrutura