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Governo federal garante R$ 3 bilhões para grandes eixos de transporte de São Paulo
A presidenta Dilma Rousseff, acompanhada do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, do governador do Estado, Geraldo Alckmin, e de autoridades dos dois governos, anunciou, nesta terça-feira (13/9), investimentos federais de R$ 3,05 bilhões no Estado de São Paulo, destinados à modernização e ampliação da Hidrovia Tietê-Paraná e à construção do Rodoanel de São Paulo. Entres os recursos, R$ 900 milhões são oriundos do PAC 2 e serão destinados às obras da Hidrovia Tietê-Paraná, R$ 432,31 milhões à construção de barcaças e empurradores e R$ 1,71 bilhão de aporte federal para a construção do Trecho Norte do Rodoanel de São Paulo.
A cerimônia de assinatura do termo aditivo ao convênio de apoio financeiro para construção do Rodoanel de São Paulo – Trecho Norte, foi realizada no Palácio dos Bandeirantes e a presidenta reforçou que a parceria para as melhorias do eixo de transporte Tietê-Paraná é “estratégica”, mas que essa aposta no modal hidrovia, “não significa descuidar das rodovias”, lembrando da importância do Rodoanel, para a Região Metropolitana. “Nós estamos falando, nesta data, apenas no âmbito do Ministério dos Transportes, de cerca de R$ 3 bilhões, em favor de São Paulo”, reforçou o ministro Paulo Sérgio Passos, em seu discurso, falando da importância do investimento em diferentes modais de transporte.
Mais cedo, em Araçatuba, a presidenta assinou o protocolo de intenções que autoriza a liberação de mais de R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 900 milhões oriundos do PAC 2, para a implantação do projeto de modernização e ampliação da Hidrovia Tietê-Paraná. “Somos capazes de fazer um investimento que, nos próximos anos, vai resultar na expansão do trecho navegável, na melhoria de eclusas, na retificação de canais, enfim, na possibilidade de se utilizar o rio como forma de escoamento da nossa produção”, afirmou a presidenta Dilma.
Essas duas obras estruturantes de dois dos principais eixos de transportes de São Paulo têm orçamento total de quase R$ 8 bilhões e serão concluídas até o final de 2015, ampliando os acessos à capital paulista, retirando o tráfego pesado dos perímetros urbanos da Região Metropolitana, diversificando o transporte carga, no interior, e garantindo o acesso rápido ao Porto de Santos.
O Estaleiro Rio Tietê terá investimento total de R$ 432,3 milhões para construção de 80 barcaças e 20 empurradores, formando assim 20 comboios (quatro barcaças e um empurrador cada) com capacidade de transporte de 7,6 milhões de litros cada. Desse investimento, serão financiados R$ 370 milhões, em aporte do Fundo da Marinha Mercante.
Rodoanel
Prevista para ser iniciada em março de 2012, com custo total de R$ 6,11 bilhões (em valores de março de 2011), a obra terá um aporte de R$ 1,71 bilhão do Governo Federal. O restante será custeado pelo governo de São Paulo e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID.
Com 44 km, o trecho Norte do Rodoanel é o último a ser construído. Com previsão de conclusão para novembro de 2014, ligará o final do trecho Leste – na intersecção com a rodovia Presidente Dutra – à avenida Raimundo Pereira Magalhães, no início do trecho Oeste. Terá ainda interligações ao aeroporto internacional de Guarulhos, à rodovia Fernão Dias e ao acesso à avenida Inajá de Souza, na zona norte da capital.
Quando concluída, a obra deverá beneficiar em torno de 19 milhões de pessoas. Estima-se ainda que 11 mil empregos serão gerados durante as obras. O empreendimento, que apresenta obras complexas como viadutos e túneis, facilitará a retirada do tráfego de cargas do perímetro urbano, a diminuição dos congestionamentos e tempos de viagens, além de eliminar gargalos para o escoamento da produção pelos portos da região.
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Tietê-Paraná
O projeto de modernização e ampliação da Hidrovia Tietê-Paraná será realizado entre 2011 e 2014, segundo expectativa do Governo do Estado de São Paulo, e contemplarão cerca de 800 quilômetros do trecho paulista da Hidrovia. O programa tem como objetivo a eliminação de gargalos, com a ampliação de vãos de pontes, melhoria nas eclusas e retificação e dragagem de canais.
Algumas das ações previstas para o projeto são: a construção das barragens de Santa Maria da Serra e do município de Anhembi; ampliação de quatro pontes (SP-333, SP-425, Ferrovia Ayrosa Galvão e SP-595), que reduzirá a viagem em até duas horas por ponte e diminuirá em cerca de 20% os custos de transportes; modernização dos terminais hidroviários de Araçatuba e de Rubinéia; substituição das pontes na SP-191 por pontes estaiadas; serviços de dragagem e retificação dos canais de Conchas, Anhembi, Botucatu, Igaraçu do Tietê, Ibitinga e Promissão; melhorias na infraestrutura das eclusas de Bariri, Ibitinga, Promissão, Nova Avanhandava e Três Irmãos; entre outros. A expectativa é que essas ações atraiam para a Hidrovia o transporte de cerca de 11,5 milhões de toneladas, que significam o triplo da movimentação atual.
A Tietê-Paraná compreende uma extensão de 2400 km e conecta cinco dos maiores estados produtores de grãos do Brasil – Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná. No ano de 2010, passaram pela Hidrovia cerca de 5,776 milhões de toneladas de cargas como milho, soja, óleo, madeira, carvão e adubo.
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