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Governo aumenta ações por segurança nas estradas
A quinta edição da operação Rodovida, envolve apoio de várias áreas do governo, por meio do trabalho executado pelo DNIT (Ministério dos Transportes) e PRF (Ministério da Justiça). O principal objetivo da operação que segue em todo o país até 14 de fevereiro, é reduzir a quantidade de acidentes graves nas rodovias federais e nos demais trechos críticos próximos a essas rodovias, sejam elas estaduais ou municipais, pois existe a integração com outros órgãos.
A Polícia Rodoviária Federal envolverá cerca de 10 mil policiais na fiscalização ostensiva das estradas. Eles estarão atentos às principais atitudes dos condutores que acarretam acidentes graves, como ultrapassagens indevidas, excesso de velocidade, embriaguez ao volante e falta de uso do cinto de segurança. Os motociclistas também receberão atenção especial. Nos últimos anos, esses motoristas têm sido as principais vítimas dos acidentes com mortes, principalmente na Região Nordeste.
A operação Rodovida conta com importantes reforços para reduzir o excesso de velocidade. Entre eles, 3.420 equipamentos de controle eletrônico que monitoram 6.389 faixas de trânsito. São lombadas eletrônicas, radares e detectores de avanço de sinal. Além da fiscalização eletrônica, em 2015 o DNIT aplicou R$ 485 milhões no programa BR Legal. O programa implanta e mantém um novo padrão de sinalização nas rodovias. Aumenta e reforçar a parte horizontal (faixas, taxas, taxões, inscrições, marcas e legendas no pavimento), instala mais placas de orientação, de advertência e turística, todas com material mais refletivo, e também usa dispositivos auxiliares, como painéis suspensos com mensagens variáveis e defensas metálicas e balizadores em trechos sinuosos.
Com os programas desenvolvidos, somados aos investimentos em manutenção das rodovias, constata-se a redução no número de acidentes ano a ano. No primeiro semestre de 2013, foram registrados 91.095 acidentes nas rodovias federais sob responsabilidade da Autarquia. Este número caiu para 86.003 no primeiro semestre de 2014 e para 71.003 no primeiro semestre deste ano, confirmando a efetividades dos programas do Governo Federal para aumentar a segurança nas rodovias.
No entanto, existem trechos em que a incidência de acidentes fatais é muito grande. Nem sempre se trata de trechos com problemas no pavimento ou com deficiências de sinalização. Assim, o planejamento da Operação levou em consideração estudos estatísticos para direcionar as ações de prevenção, fiscalização, socorro às vítimas de acidentes e campanhas educativas. A Rodovida trabalha, também, com estudos dos horários e locais de maior incidência de acidentes com vítimas.
Levantamento feito pela PRF apontou os dez trechos mais perigosos das rodovias federais, considerando os locais onde mais ocorrem acidentes graves, aqueles que resultaram em mortes ou feriram alguém gravemente. O período considerado foi de outubro de 2014 a setembro de 2015 e apresentou os seguintes trechos:
UF |
BR |
Trecho |
Município |
Acidentes graves |
Mortos |
Feridos graves |
ES |
101 |
260-270 |
Serra |
115 |
10 |
170 |
SC |
101 |
200-210 |
São José |
107 |
9 |
110 |
MG |
40 |
520-530 |
Contagem |
80 |
13 |
101 |
SC |
101 |
210-220 |
Palhoça |
80 |
9 |
78 |
CE |
222 |
0-10 |
Caucaia |
78 |
7 |
87 |
ES |
101 |
140-150 |
Linhares |
72 |
4 |
79 |
ES |
262 |
0-10 |
Cariacica |
65 |
5 |
66 |
PB |
230 |
20-30 |
João Pessoa |
63 |
10 |
64 |
PA |
316 |
0-10 |
Ananindeua |
59 |
5 |
63 |
PR |
376 |
170-180 |
Maringá |
55 |
1 |
62 |
A atuação da PRF, no entanto, não se restringe aos locais em que haverá o esforço conjunto. Elas ocorrerão ao longo de toda a malha viária federal com a atenção voltada, principalmente, para as ultrapassagens proibidas e forçadas, buscando prevenir as colisões frontais.