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Fiol: obras de Caetité a Ilhéus (BA) seguem em ritmo acelerado
O ministro dos Transportes, César Borges, mostrou otimismo após analisar os dados de desempenho e o cronograma de cada trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Na última sexta-feira (02/08), César Borges sobrevoou de helicóptero cada metro dos 537 quilômetros da Ferrovia, acompanhado de Josias Sampaio Cavalcante Júnior, presidente da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias, órgão vinculado ao Ministério dos Transportes.
A vistoria foi realizada com o objetivo de conhecer os avanços, identificar os gargalos e cobrar das construtoras o máximo empenho. O ministro comemorou os avanços. “Hoje você vê obra plena. O trecho da Fiol de Caetité (lote 4) até Ilhéus (lote 1) já emprega 7.100 pessoas, e isso é muito bom para a Bahia”, afirmou.
César Borges também ressaltou o resultado do empenho do Ministério e da Valec em superar os desafios da obra. Em março deste ano, o Governo Federal havia repassado cerca de R$ 27,11 milhões às concessionárias para as obras da Fiol. Em julho, este valor já chegava a R$ 92,88 milhões.
Pico de produção - Todo o segmento Caetité − Ilhéus está em execução, com nível de desempenho mensal de acordo com o cronograma físico planejado. A obra se aproxima dos 20% de avanço físico realizado, enquanto se prepara para as próximas fases de construção, como, por exemplo, a colocação de dormentes.
No lote 3, o mais avançado (40% do físico executado), a fábrica de dormentes produziu, deste o início do ano, 72 mil unidades das 215 mil necessárias para cobrir a distância entre Tanhaçu e Manuel Vitorino. Os outros lotes (1, 2 e 4) também contam com fábricas instaladas e em funcionamento.
O lote mais preocupante era o lote 1, entre Figueirópolis e Ilhéus, com 125 km de extensão. A obra ficou parada deste o fim do ano passado, devido às questões judiciais entre a Valec e consórcio contratado, depois que a Delta deixou o empreendimento. Em junho, a Valec assinou um acordo com a nova líder do Consórcio (SPA), que retomou as obras e se comprometeu a atingir o nível máximo de produção nos próximos cinco meses.
O ministro confia que, agora, o trecho que já conta com 500 funcionários, vai contratar mais e recuperar o tempo perdido. “O resultado hoje é muito bom. Eu estive aqui em maio e não havia nada, mas hoje a gente chega e já é uma outra esperança.”, afirmou César Borges.
Vocação - A vocação maior do trecho entre Caetité e Ilhéus é o minério, atualmente exportado pelo Porto de Tubarão, no Espírito Santo, numa viagem feita por veículos pesados que percorrem quase 1.100 km de rodovia. Com a implantação da Fiol, serão reduzidos os custos logísticos como também o trajeto percorrido. Na região, já foram detectadas reservas de 4 bilhões de toneladas de ferro, além de outros produtos minerais.