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Em 20 anos, demanda do setor aéreo pode chegar a 700 milhões de passageiros
Estudo realizado pela Secretaria Nacional de Aviação Civil apresenta cenários conservador e otimista para o segmento. Documento vai beneficiar tomada de decisões por parte do Poder Público.
No ano de 2017, a previsão é que a aviação civil brasileira movimente 201,3 milhões de passageiros, com expectativa de um aumento de mais de 2% em relação ao ano anterior. Uma estimativa otimista feita pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, mostra que a demanda por transporte aéreo pode mais que triplicar em 20 anos, atingindo mais de 700 milhões de passageiros nos aeroportos brasileiros.
O relatório de Projeções de Demanda para os Aeroportos Brasileiros 2017-2037 , feito pela Secretaria Nacional de Aviação Civil em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) mostra uma evolução conservadora ou otimista para o setor aéreo, dependendo das ações do Governo Federal, das empresas aéreas, evolução do cenário demográfico e macroeconômico, que vão determinar futuro do segmento no país.
Para o secretário nacional de Aviação Civil, Dario Lopes, o histórico recente da aviação aponta que nos últimos 10 anos a demanda cresceu 88% e as estimativas mais modestas indicam um crescimento menos acelerado para a aviação civil. “Para atingirmos patamares como Estados Unidos e Austrália precisamos de políticas de estado eficientes voltadas para o setor aéreo, o que envolve avanços regulatórios, investimento em infraestrutura e medidas que precisam de aprovação do Congresso Nacional”.
Segundo Lopes, a projeção conservadora mostra que a movimentação dos aeroportos regionais tende a crescer mais que nos aeroportos sistêmicos (aeroportos que atendem as capitais dos estados). O crescimento acumulado até 2037 deve ser de 104% nos aeroportos regionais e 87% nos aeroportos sistêmicos. No entanto, os aeroportos sistêmicos terão a representatividade de 90,7% de movimento de passageiros no país.
Por que dois cenários de demanda, um conservador e outro otimista? O cenário conservador é o que se espera se nada mudar. Por exemplo, não ocorrer redução no preço médio das passagens. Este cenário serve para indicar qual o mínimo de comprometimento em termos de infraestrutura. Já o cenário otimista é onde queremos chegar – ele pressupõe, por exemplo, que a redução no preço médio das passagens vai continuar. Nosso papel é formular políticas e estratégias de ação que viabilizem esta continuidade na redução e, conseqüentemente, o cenário da demanda.
O relatório também apresenta que a demanda por transporte aéreo deve dobrar em 20 anos, com um crescimento acumulado de 99%, visão moderada. Num cenário otimista, a demanda cresceria três vezes e meia, atingindo 700 milhões de embarques e desembarques em 2037.
Além disso, o número de viagens per capita – número de viagens por transporte aéreo em relação à população – deve variar de 0,54 (2017) para 0,97 (2037) na estimativa conservadora, e para 1,69 (2037) na otimista. Com isso, chegaremos ao patamar de países como Japão (0,93) e Portugal (1,27). Estados Unidos e Austrália têm 2,55 e 3,01 viagens per capita, respectivamente.
TRANSPORTE DE CARGA – O relatório mostra que para o transporte de carga aérea é projetado um crescimento acumulado de 65% em 20 anos. A carga doméstica deve ter crescimento de 88% no período, enquanto as exportações e importações devem aumentar 52%. Historicamente, o desenvolvimento da movimentação de carga aérea cresceu 24% nos últimos 10 anos. A perspectiva é que o crescimento para os próximos 10 anos seja maior, de 33%, acumulando 65% em 20 anos.
BENEFÍCIOS – O estudo de Projeções de Demanda para os Aeroportos Brasileiros 2017-2037, realizado pelo Ministério dos Transportes, tem como objetivo auxiliar no desenvolvimento ordenado da aviação civil no país, em todos os níveis de governo, no planejamento do espaço aéreo, infraestrutura aeroportuária, controle de tráfego aéreo, instalação de terminais, implantação de estradas de acesso, o dimensionamento de pistas e demais elementos necessários para o setor.
Além disso, o documento servirá como ferramenta a ser utilizada para alavancar o desenvolvimento do turismo, auxiliar o planejamento de longo prazo das companhias aéreas e fabricantes de aeronaves.
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Assessoria de Comunicação
Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil