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Balões juninos ecológicos são testados no Paraná
Os balões do Festival não usam fogo para subir, diferente dos balões festivos, com uso de fogo, que são proibidos
No último domingo (11/6), foi realizado o Festival do Balão Sem Fogo Ecologicamente Correto, em Tunas do Paraná (PR), promovido pela Associação de Baloeiros do Paraná – Sapec (Somos Arte Papel e Cola). O evento foi um teste para o lançamento de balões não tripulados e ecológicos e teve o objetivo de monitorar e estudar o comportamento desses artefatos no espaço aéreo brasileiro.
A aprovação para realização do evento foi parte do escopo do Grupo de Trabalho (GT) coordenado pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), participante do GT, autorizou o lançamento destes balões na cidade de Tunas do Paraná, localizada a 37 milhas náuticas – aproximadamente 67 quilômetros – do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em Curitiba, e próximo ao limite norte da Área de Controle Terminal de Curitiba (TMA-CT).
“No festival, avaliamos os balões que cumprem a regulamentação vigente do Decea. Fora disso, soltar balão é crime e será combatido por nós”, avisou o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, informando que nesta época do ano o setor aéreo fica especialmente preocupado com os balões juninos, porque são registrados mais incidentes com balões, principalmente, nos estado do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.
Assista ao vídeo do ministro Quintella sobre as Festas Juninas.
BALÃO É COISA SÉRIA
– Há um ano, a IFALPA (Associação Internacional das Federações de Pilotos da Aviação Civil) colocou o Brasil na lista dos lugares “criticamente deficientes em segurança” de voo, por causa pratica disseminada de soltar balões não tripulados – “ balões festivos”. Desde então o governo brasileiro adotou uma série de medidas, entre as quais estão a campanha “Balão é coisa séria”, voltada para a população; a elaboração de um manual de orientação das forças de segurança pública; e medidas para melhorar os avisos aos pilotos em caso de ocorrências com balões no espaço aéreo.
Até 15 ou 20 anos atrás, os balões festivos se resumiam a pequenos artefatos de papel, soltos nas festas juninas. Hoje em dia são feitos com grandes recursos financeiros, têm dezenas de metros de tamanho e centenas de quilos de peso devido às armações de metal e suportes para fogos de artifício. Por isso, tornaram-se ao longo do tempo um perigo em potencial para os aviões.
FESTIVAL
– Segundo o presidente da Sapec, Egbert Schlogel, seis dos 40 balões soltos no Festival tiveram o propósito de servir como material de estudo sobre seu comportamento, como altura, temperatura, distância e outras informações. Cada artefato foi equipado com uma rádio-sonda que envia mensagens ao sistema e, com os dados coletados, estudos serão elaborados. “Fizemos um evento teste com lançamento de 40 balões, mas ainda é necessário realizarmos alguns ajustes”, ponderou.
Durante o evento, os organizadores ficaram responsáveis pela vistoria dos balões e que todos eles tivessem a correta configuração estabelecida, incluindo os mecanismos de deflação (serve para fazer que o balão perca força e faça-o descer).
AVALIAÇÃO
– Após a análise dos dados técnicos coletados durante a realização do evento, um relatório será apresentado ao GT, no início do próximo semestre, quando serão avaliados os impactos dos balões não tripulados no espaço aéreo.
Para a realização do festival, o Decea emitiu o NOTAM (aviso aos aeronavegantes) proibindo o voo de aeronaves num raio de 10 quilômetros do local do evento. Além disso, foram feitos avisos aos pilotos sobre a possibilidade de avistamento de balões relacionados ao evento.
Foto: Sapec (Associação de Baloeiros)
Assessoria de Comunicação
Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil