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Aviação realiza workshop sobre experiência sueca em torres remotas de controle de trafego aéreo
No Brasil, aeroportos regionais podem se beneficiar do sistema, que vem sendo estudado pela Secretaria de Aviação Civil desde o ano passado
A Secretaria de Aviação Civil realizou, nesta quinta-feira (2), em Brasília (DF), um workshop sobre a experiência sueca em torres remotas de controle aéreo. O objetivo do encontro foi discutir o processo de certificação da nova tecnologia, que consiste em uma estação de telecomunicações aeronáuticas que fornece informações para os pilotos a respeito da meteorologia e condições de vento, pista, temperatura e pressão atmosférica a partir de um centro remoto de controle, além de auxiliar os pilotos nas operações de pouso e decolagem. O equipamento pode, além de reduzir o custo, aumentar a eficiência e elevar a segurança do tráfego aéreo.
Desde 2015, a Secretaria de Aviação Civil coordena um Grupo de Trabalho (GT) que discute a implementação da tecnologia de serviços de navegação aérea remotos no Brasil. Segundo o secretário de Navegação Aérea Civil, Rafael José Botelho Faria, o objetivo do GT é adequar a legislação brasileira para regulamentar a utilização destes serviços no país. “Estamos na fase de revisão de mais de 20 legislações que permitirão a operação das torres remotas de controle de trafego aéreo no País, com todas as regras de funcionamento para uma possível certificação, de modo que isso abra portas para o Brasil implementar um sistema de navegação aérea de alta tecnologia” afirmou.
Participam do GT o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), o Instituto de Controle do Espaço Aéreo (Icea), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
Após 4 anos de testes para a validação, a Suécia foi o primeiro país do mundo a obter, em abril de 2015, a certificação de reguladores suecos, permitindo o início da operação da tecnologia em aeroportos do país. O aeroporto regional de Örnsköldsvik foi o primeiro da Suécia e do mundo a implantar torres remotas de controle de trafego aéreo – sua operação é comandada no aeroporto de Sundsvall-Timrå, no norte do país, a cerca de 150 km de distância.
O Diretor de Desenvolvimento de Negócios e Assuntos Internacionais da LFV – Serviços de Navegação Aérea da Suécia, informou que em agosto um segundo aeroporto sueco vai receber o sistema e que a partir de 2017, o objetivo será implantar em dois terminais por ano. “A nova tecnologia de modernização do gerenciamento de controle aéreo no mundo é inovadora e traz soluções de grande potencial para o setor, como redução dos custos, flexibilidade e aumento da segurança. Gostaríamos de ver o Brasil como o primeiro país da América Latina a implementar essa tecnologia”, defendeu.
AVIAÇÃO REGIONAL – A Secretaria de Aviação Civil vai investir cerca de R$ 7,3 bilhões na construção e reforma de 270 aeroportos regionais em todo o território brasileiro. Para Rafael Botelho, os aeroportos regionais podem se beneficiar do grande potencial tecnológico das torres remotas, já que esta inovação pode “reduzir o custo da operação dos aeroportos mantendo a prestação dos serviços como segurança, eficiência técnica e operacional, dando mais sustentabilidade financeira para os novos terminais” afirmou o secretário.
Esta não foi a primeira vez que a equipe da Secretaria trocou experiências sobre Torres de Controle Remoto. Em julho de 2015, uma comitiva visitou três cidades dos Estados Unidos para o intercâmbio de conhecimentos na área. Em outubro, uma delegação do Japão veio ao Brasil para participar do seminário Experiência Japonesa sobre Serviços Remotos de Navegação Aérea e apresentou estudos sobre origem e benefícios da utilização do AFIS remoto ( serviços de informação de voo remoto) nas mais de 3 mil ilhas que formam o Japão.
O SISTEMA - As torres remotas utilizam câmeras de imagens em alta definição, integradas a uma rede de dados em um centro de controle remoto. A torre tem a facilidade de não estar necessariamente localizada no sítio aeroportuário: pode ser instalada para o controle de um único aeroporto, de vários aeroportos em um único centro de controle, ou ainda para grandes aeroportos com o intuito de auxiliar o trabalho do serviço de tráfego aéreo.
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