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Aeroportos de Guarulhos e Congonhas recebem 400 cadeirantes para Parapan-Americanos de Jovens 2017
Terminais paulistas estão no “auge” das qualificações de acessibilidade. Aviação é setor pioneiro, no Brasil, na atenção ao atendimento humanizado à pessoa com deficiência
Repetindo as boas práticas de acessibilidade aeroportuária dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, os aeroportos de Guarulhos e Congonhas, em São Paulo, recebem até segunda-feira (20) cerca de 400 cadeirantes que vão competir nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens 2017. O evento esportivo, que vai de 20 a 25 de março, contará com a participação de delegações de 22 países, competindo em 12 modalidades no novo Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro.
A preparação dos aeroportos paulistas seguiu a experiência dos Jogos Rio 2016, sob coordenação do Comitê Técnico de Operações Especiais (CTOE) da Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero), vinculada à Secretaria Nacional de Aviação Civil.
De acordo com Marcus Pires, chefe de serviço do CTOE, o alinhamento da operação de Guarulhos e Congonhas funcionou como o planejamento de uma “miniolimpíada”. “Foram realizadas reuniões e ações de integração entre os órgãos públicos para repetir iniciativas adotadas na Rio 2016. São Paulo tem aeroportos muito preparados, mas esse ajuste fino para uma demanda especial é decisivo para a fluidez nos terminais. E é o que faz toda a diferença na experiência do passageiro”, explica.
Ao todo, cerca de mil atletas, com idade entre 13 e 21 anos, participam do evento que é organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro.
EXPERTISE – A acessibilidade aeroportuária foi um dos temas-chave da preparação do setor de Aviação para as Olimpíadas e Paralimpíadas, realizadas em agosto e setembro passados no Rio de Janeiro. Para a criação de fluxos e procedimentos especiais para Passageiros com Necessidade de Atendimento Especial (PNAEs), a Secretaria Nacional de Aviação Civil estudou e realizou uma série de testes práticos, visitas técnicas e intercâmbios de conhecimento, de forma a oferecer um legado permanente ao País. O aeroporto de Guarulhos recebeu dois grandes simulados de acessibilidade (confira a cobertura aqui e aqui ).
Fizeram parte dessa preparação a análise de experiências internacionais como a dos Jogos Parapan-americanos de Toronto/2015; a realização de seminários para troca de experiências entre os aeroportos em preparação para os Jogos Rio 2016; além de simulados reais para testar as operações de embarque, desembarque, fluxos e procedimentos aeroportuários nos principais aeroportos do evento (como os eventos-teste de bocha paralímpica e rúgbi em cadeira de rodas). Os Jogos Rio 2016 são considerados a maior operação voltada para a qualificação de acessibilidade da história dos aeroportos brasileiros.
O Galeão, no Rio, considerado aeroporto-referência do Rio 2016, registrou, um dia após o encerramento dos Jogos Paralímpicos Rio2016, o maior volume diário de passageiros cadeirantes já embarcados em um único terminal no Brasil: foram aproximadamente 900 viajantes desse perfil, número treze vezes maior que a média de um dia comum no aeroporto.
AVIAÇÃO NA RIO 2016 - O resultado desse trabalho intensivo, em todo o País, deu origem a um novo padrão de conforto e atendimento humanizado nos aeroportos brasileiros. O tratamento e a atenção do setor às demandas da sociedade representam um novo momento do transporte aéreo no País.
O setor de aviação é pioneiro na atenção ao atendimento humanizado à pessoa com deficiência. Desde 2012, os aeroportos passam por um amplo processo de revisão e adequação de normas, com base em experiências internacionais; e de transformação de infraestrutura, para que os terminais sejam um espaço de inclusão, onde cada passageiro seja respeitado na sua diferença.
FOTO: Página oficial @YouthParapan no Facebook.
Assessoria de Comunicação Social
Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil