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CONCESSÕES
George Santoro, ministro dos Transportes em exercício, apresenta modelo de concessões inteligentes durante evento no Recife nesta quinta
George Santoro, ministro dos Transportes em exercício, participa de um dos maiores eventos de infraestrutura do país - Foto: Divulgação MT
Na janela que compreende os anos de 2023 a 2030, o Brasil deve registrar um aumento de 120% nos investimentos privados em rodovias e ferrovias federais. Boa parte disso é resultado do empenho do Ministério dos Transportes em levar ao mercado projetos bem estruturados, atrativos e inovadores - caso das concessões inteligentes, modelagem apresentada pelo ministro da pasta em exercício, George Santoro, nesta quinta-feira (14), durante a edição Nordeste do P3C.
O evento é um dos maiores do país quando se trata de Programas de Parcerias Público-Privadas (PPPs) e de Concessões. Autoridades, investidores e especialistas de todo o país se reúnem para debater soluções e avanços no setor de infraestrutura.
“A região Nordeste tem desenvolvido projetos inovadores e, cada vez mais, a iniciativa privada tem participado de projetos do setor de infraestrutura. A carteira do Ministério dos Transportes hoje constitui o que tem de maior no mundo em carteira de projetos de infraestrutura. Isso atrai os olhares de vários investidores e também atrai a responsabilidade de a gente colocar cada vez projetos melhores e mais qualificados”, afirmou George Santoro na abertura do evento.
Projeções apresentadas durante o P3C indicam que as PPPs e as concessões no setor seriam capazes de beneficiar 56,4 milhões de pessoas somente na região Nordeste.
“A gente enxerga nas PPPs um caminho para viabilizar a execução de políticas públicas que nem sempre o Estado tem perna para alcançar sozinho”, disse Priscila Krause, vice-governadora de Pernambuco.
Recorde de Concessões
O Ministério dos Transportes vai fechar o ano de 2024 com oito leilões realizados, algo que totaliza R$53,87 bilhões em investimentos via Capex. Já para o 1º semestre de 2025, estão previstos outros seis certames, que juntos somarão mais R$32,5 bilhões de investimentos em Capex.
Para turbinar ainda mais a qualidade das rodovias e a economia, o MT estuda uma modelagem “inteligente” de concessão, que foi apresentada nesta quinta-feira por Santoro.
“A ideia é ser uma concessão com poucos serviços agregados, com foco na melhoria do piso, na sinalização, resolvendo questões de segurança e pontos críticos. A cobrança será por quilometragem rodada e o pedágio será eletrônico, ou seja, free flow”, explicou o ministro dos Transportes em exercício.
Seis rodovias, relevantes para a logística do país, foram selecionadas para o projeto piloto desse modelo.
“Nesse caso, o investimento do operador é muito menor do que em um projeto tradicional, já que as obras não são tão complexas. Vamos atrair operadores de médio porte, que terão a oportunidade de ganhar experiência, musculatura e, futuramente, entrar nas concessões tradicionais”, disse Santoro.
Os contratos vão variar entre 10 e 20 anos, conforme a necessidade de investimentos. O volume de capital a ser empregado na rodovia ficará concentrado nos três primeiros anos.
“A ideia é desincumbir o orçamento público de ter essa despesa anualmente de manutenção, aumentar a qualidade da via e construir projetos em que o setor privado entre com investimentos”, concluiu o ministro dos Transportes em exercício.
Aproximadamente R$337 bilhões devem ser investidos em rodovias e ferrovias federais entre os anos de 2025 e 2030. A expectativa é que, deste total, 74% venha do setor privado.
Assessoria Especial de Comunicação
Ministério dos Transportes