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ROADSHOW
Mercado espanhol tem apetite para ainda mais parcerias e investimentos no Brasil, avalia Renan Filho
Após uma série de diálogos e reuniões para ver de perto os principais projetos do portfólio de concessões brasileiro, e de terem tido a oportunidade de conhecer os avanços regulatórios promovidos pela atual gestão, o mercado espanhol está aberto a investir mais no Brasil. A avaliação é do ministro dos Transportes, Renan Filho, que lidera a comitiva do Governo Federal que está em Madri, na Espanha, desde segunda-feira (11).
“Os acionistas têm muito interesse nos nossos projetos e, nos próximos meses, desejam entrar nos nossos leilões. Essa é a garantia do somatório de esforços: mais investimentos públicos e privados, conforme determinação do presidente Lula, para que possamos avançar na infraestrutura de transportes do país e, consequentemente, na melhoria da qualidade de vida da população”, afirmou o ministro, nesta sexta-feira (15). “Percebemos que o mundo quer investir no Brasil porque oferecemos boas oportunidades e projetos, modelagem estruturada, segurança jurídica, economia pujante, inflação controlada, taxa de juros em queda. Isso tudo enche os olhos dos investidores europeus”, reforçou.
Nesse sentido, a rodada de negócios internacional será fundamental para atingir a expectativa do governo de garantir que 13 projetos rodoviários sejam levados a leilão, o que representa um aporte de R$ 122 bilhões (aproximadamente € 22,5 bilhões) em recursos privados para novos investimentos na malha viária federal. Somados os recursos públicos e privados, a meta do Governo Federal é investir R$ 280 bilhões (cerca de € 52 bilhões) no segmento até 2026.
Conheça os principais projetos de concessões rodoviárias
Para o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, a missão já apresenta grandes resultados diante da recepção positiva do mercado. “Tivemos acesso e dialogamos com grandes empresas do cenário europeu, aproveitamos para tirar dúvidas e colher contribuições, que vamos estudar e tentar incorporar nos nossos projetos, com foco em aprimorá-los, sempre”, explicou. “Melhorar a infraestrutura também é garantir mais competitividade internacional para a produção, com insumos mais competitivos no mercado e mais baratos para o povo brasileiro”, resumiu Santoro.
A missão na Espanha é a primeira de uma série de viagens internacionais para conversar diretamente com investidores estrangeiros em 2024. Em abril, o pipeline brasileiro será apresentado a executivos na França, para onde seguirá a delegação em um roadshow que terá como mote a mobilização dos maiores investidores do mercado francês para acompanhar os projetos de rodovias e ferrovias do país, além de captar investimentos diretos, parcerias e coparticipações. Com o mesmo objetivo, estão previstas para ainda este ano missões nos Estados Unidos, nos Emirados Árabes Unidos e Singapura, reforçando, ainda, o reposicionamento do Brasil no cenário internacional.
Sustentabilidade
No último dia de missão na Espanha, a comitiva do Ministério dos Transportes teve como foco conhecer soluções sustentáveis em infraestrutura. As referências foram do grupo global Acciona Concessiones, com quem a delegação brasileira se reuniu nesta sexta-feira (15), em Madri. Presente em mais de 50 países, o grupo é conhecido pelo comprometimento com o desenvolvimento econômico e social das comunidades onde opera, metas alinhadas aos objetivos do Governo Federal de aliar o desenvolvimento à preservação do meio ambiente, reduzindo as emissões de carbono e considerando os impactos ambientais e sociais.
Para entender melhor como funciona a operacionalização em grandes concessões, a comitiva visitou os centros de inovação e tecnológico de construção, que atua como um mega laboratório de inovação com o qual a Acciona projeta infraestruturas sustentáveis preparadas para os piores efeitos da emergência climática. “Diante da urgência desta temática e entendendo a vocação do Brasil para desenvolver projetos com cada vez mais preocupação com a sustentabilidade socioambiental, ter acesso à referências inovadoras como essa é de extrema importância, não só para conhecer, mas para buscar parcerias”, destacou o ministro dos Transportes, Renan Filho.
No Centro Tecnológico de Construção da Acciona, as equipes concebem soluções digitais que otimizam os processos construtivos, além de novas tecnologias e materiais mais eficientes em obras que reduzam o potencial impacto no ambiente natural. “É um local interessantíssimo e repleto de inovações que podem enriquecer, em muito, as capacidades viárias, além da segurança nas rodovias. Extremamente importante termos acesso à referências como essas para avaliarmos a viabilidade de alcançarmos algo parecido no Brasil”, afirmou a secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse, sobre a troca de experiências.
Balanço
Os cinco dias de extensa programação da delegação do Governo Federal na Espanha tiveram como resultado a troca de experiências com grandes grupos, como Sacyr, Abertis e Acciona. As relações diplomáticas também foram estreitadas com o encontro com o ministro dos Transportes e Mobilidade Sustentável do Governo da Espanha, Óscar Puente, para tratar dos principais projetos e inovações regulatórias desenvolvidas pelo governo brasileiro para o setor.
No roadshow, o grupo falou a uma plateia formada por cerca de cem executivos das principais operadoras, além de representantes do mercado financeiro. A programação também foi marcada por uma série de reuniões bilaterais, nas quais o detalhamento de incentivos fiscais capazes de atrair capital internacional para o Brasil, como a emissão de debêntures de infraestrutura, foi apresentado pela equipe do Ministério dos Transportes. Entre os interlocutores, empresas como Iridium Concesiones de Infraestructuras; Copasa S.A. de Obras y Servicios; Ohla; Grupo Santander; Roadis; e Copasa.
A missão contou com apoio da Embaixada do Brasil na Espanha e do GRI Club Infra. Além da equipe do Ministério dos Transportes, integram a comitiva do Governo Federal o diretor presidente da Infra S.A., Jorge Bastos; representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).
Assessoria Especial de Comunicação
Ministério dos Transportes