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INFRAESTRUTURA
Mulheres na infraestrutura: os diferentes caminhos trilhados para chegar a um destino
Campanha digital do Ministério dos Transportes segue até o fim do mês - Foto: Divulgação/MT
As diferentes histórias, origens e caminhos trilhados de Viviane, Ana Josele, Maryane, Adilne e Caroline resultaram em um mesmo destino: o trabalho diário em infraestrutura de transportes, com ineditismo em funções e a vontade constante de superar obstáculos. Elas fazem parte dos 44,21% de mulheres que estão no mercado de empregos formais e enfrentam, no dia a dia, as dificuldades de uma rotina extremamente competitiva.
O Ministério dos Transportes ouviu as cinco mulheres que atuam diariamente em nossas rodovias e ferrovias. Seus depoimentos, dados dentro da campanha " A Segurança de Ser Quem Eu Sou ", inspiram a todos independente de gênero, e mostram que todas as mulheres devem abraçar quem elas são e os caminhos que escolheram trilhar, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional.
Este #DiadasMulheres não seria o mesmo pra nós se não apresentássemos as que compõem a nossa equipe. Elas são uma parte do ministério e dos transportes. São maquinistas, engenheiras, operadoras, supervisoras e coordenadoras que têm algo em comum: a EXCELÊNCIA. Vem aí o #Evoluir ! pic.twitter.com/FiHCzgwU0k
— Ministério dos Transportes (@mtransportes) March 8, 2023
Com quase 20 anos de experiência no setor público, Viviane Esse, atualmente secretária nacional de Transporte Rodoviário do Ministério dos Transportes , formou-se em engenharia civil junto com outras três mulheres. Um cenário um pouco diferente dos dias de hoje. Segundo o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), existem atualmente cerca de 200 mil profissionais do sexo feminino atuando no país.
“Quando as pessoas veêm que alguém como elas conseguiu alcançar um objetivo, elas descobrem que também podem", disse Viviane, que é especialista em regulação de transportes terrestres de carreira da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e atuou em diversas áreas do Governo Federal.
Inspiração
Viviane: de servidora da ANTT à secretária do MT - Vosmar Rosa/MT |
E é justamente o exemplo de ver outra mulher atuando que despertou o interesse de Caroline Rangel, 36 anos. A moradora de São Gonçalo (RJ) teve diversos trabalhos, como papa-fila, apoio na pista e carpinteira. Mas foi ao ver outra mulher dirigindo um guincho que encontrou sua inspiração para encontrar uma nova carreira.
“Ela passava e eu pensava ‘nossa, se ela pode ser motorista de guincho eu também posso, eu quero’! Corri atrás de tirar a habilitação D e consegui. Hoje estou aqui nessa profissão e amando”, afirmou. Atualmente, Caroline atua na Ecoponte Rio-Niterói, da EcoRodovias, empresa concessionária do Governo Federal responsável por administrar a maior ponte do hemisfério sul do mundo, que é a principal ligação entre Rio de Janeiro, Niterói e interior do estado.
Igualdade
Na área de infraestrutura, a edição mais recente da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) mostra um cenário ainda mais desproporcional do que a PNAD Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados levantados pelo Ministério do Trabalho em 2021 revelam que somente 10,85% dos postos formais de trabalho são ocupados por mulheres.
Por isso, o Governo Federal decidiu, por exemplo, apresentar um projeto de lei para promover a igualdade salarial entre homens e mulheres que exerçam a mesma função e planeja outras ações para diminuir a diferença entre os gêneros . “Isso é um exercício que todos nós devemos fazer; o presidente Lula fez e eu também estou fazendo”, disse o ministro dos Transportes, Renan Filho.
Chances
Exemplos são importantes, mas também é necessário haver oportunidades. Natural de Ivaí (PR), Ana Josele Rodrigues Moura, 26 anos, começou a se interessar pelos gigantes vagões logo que foi empregada pela Rumo, concessionária de ferrovias do Governo Federal, ainda como na posição de técnica-administrativa. De tanto ver trens chegando e partindo, tomou uma decisão que mudou sua vida: decidiu ser maquinista.
Estudou os trens, o que eles transportavam e como era a rotina de quem transporta parte da produção agrícola por meio dos trilhos no país. Sua vontade ficou conhecida dentro da empresa, que a escolheu para participar de um projeto pioneiro para mulheres maquinistas. “De tanto persistir e a vontade e oportunidade que eles me deram, estou aí dentro da empresa Rumo há dois anos como maquinista. Abrindo portas para outras mulheres e não deixar que o ‘não’ te abale”, lembrou.
O trabalho da engenheira Maryane Figueiredo, 39 anos, torna possível que maquinistas, como Ana Josele, tenham segurança para trafegar sobre os trilhos. Especialista em engenharia ferroviária e servidora da Valec - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., Maryane atuou em projetos importantes para o país, por onde passam trens carregados de grãos, combustíveis, minérios e outros insumos destinados ao mercado nacional e exportação.
“É apaixonante. As obras são complexas, mas é muito gratificante. Ver um trem passando onde você participou do projeto e da construção é, talvez, o que me fez apaixonar", conta Maryane. Inicialmente formada em matemática e atuante na docência e em empresas de infraestrutura na iniciativa privada, decidiu mudar de ares ao optar pela engenharia ferroviária no setor público.
Motivação
Assim como Viviane e Maryane, a servidora do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Adilene Adratt possui também formação em engenharia. Chefe de serviço local do órgão na cidade catarinense de Mafra, ela vê hoje seu trabalho repercutir diretamente na economia da região do Planalto Norte de Santa Catarina.
“A infraestrutura de transportes é importantíssima para isso. A nossa região é industrial, mas ela é bastante agrícola, então o escoamento da produção está diretamente ligado à infraestrutura rodoviária”, afirmou Adilene, que diariamente se motiva por saber que suas atividades profissionais são voltadas para a segurança dos usuários e trazendo benefícios para cada um que necessita fazer uso da rodovia federal.
Assessoria Especial de Comunicação