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“Vamos fazer do Porto de Santos o maior ancoradouro do Hemisfério Sul”, afirma Tarcísio
Os investimentos previstos de R$ 16 bilhões com a desestatização do Porto de Santos têm a capacidade de tornar o terminal o maior em operação em todo o Hemisfério Sul, afirmou nesta sexta-feira (11) o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ao participar de audiência pública realizada pela seccional da cidade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Conforme destacou o ministro, a desestatização resultará na duplicação da capacidade do porto, o que demandará obras nos acessos para viabilizar o transporte de cargas até o complexo portuário. “Com a concessão à iniciativa privada, vamos fazer do Porto de Santos o maior ancoradouro do Hemisfério Sul'', disse.
Na visão do ministro, a transferência do porto ao setor privado terá a capacidade de transformar a cidade do litoral paulista em um “verdadeiro canteiro de obras”. “Isso vai contribuir para a geração de emprego e o aquecimento da economia. A desestatização é um processo inescapável”, disse. É esperada a criação de 60 mil postos de trabalho a partir do investimento privado.
Infraestrutura transformada
Entre os investimentos prioritários a serem realizados, está a ampliação do sistema ferroviário do Porto de Santos, cuja capacidade está estrangulada. De acordo com o ministro, os R$ 11 bilhões do arrendamento que o governo receberá nos próximos meses servirão para aumentar a capacidade da linha férrea e, consequentemente, a movimentação de cargas.
O pacote de obras também inclui a adequação das rodovias federais que chegam ao porto, além da construção do túnel unindo as zonas Leste e Noroeste da cidade. Os R$ 16 bilhões em investimentos previstos na desestatização também vão contemplar a construção do túnel submerso interligando Santos e Guarujá, e do viaduto da Alemoa, que contribuirá na expansão industrial local. Com a outorga, a orla portuária será revitalizada.
“O movimento da desestatização vai além do setor portuário, envolve toda a cadeia da infraestrutura. Mais investimentos, mais empregos e menor custo Brasil. Essa é a equação da desestatização que dará resultado positivo”, avaliou Freitas.
Avanços
Ainda durante a palestra, o ministro listou as conquistas do Governo Federal desde 2019, com os 125 leilões de concessão realizados, os R$ 820 bilhões contratados e a possibilidade de ampliação desse montante para R$ 1 trilhão até o fim deste ano. Trata-se do maior programa de concessões do mundo. Só na área de infraestrutura, houve a transferência de 79 novos ativos à iniciativa privada e contratados mais de R$ 89,6 bilhões em investimentos para aeroportos, ferrovias, portos e rodovias brasileiros.
Tarcísio também mencionou os 79 pedidos de autorização para construção de linhas férreas pela iniciativa privada, os quais resultarão na ampliação da malha ferroviária do país com 20.700 quilômetros de novos trilhos, somando investimentos na ordem de R$ 240 bilhões.
Assessoria Especial de Comunicação
Ministério da Infraestrutura