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FERROVIAS
Centro de excelência vai possibilitar crescimento de pesquisas no transporte ferroviário
Crédito: Ricardo Botelho/MInfra
O setor de transporte ferroviário terá um polo de inovação destinado ao desenvolvimento de pesquisas e projetos que contribuam com o incremento da logística e com o crescimento do modal no país. O primeiro passo foi dado pelo Ministério da Infraestrutura (MInfra) e pelo governo de Goiás nesta quinta-feira (15), com o lançamento do Centro de Excelência em Tecnologia Ferroviária (CETF), que será instalado em Anápolis (GO).
Protocolo de intenções assinado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, prevê a cessão do local pelo governo goiano e o apoio técnico e acadêmico para a execução das atividades por parte do MInfra. O município tem uma posição central privilegiada, com o entroncamento de duas malhas – o tramo central da Ferrovia Norte-Sul e a Ferrovia Centro-Atlântica –, próximo a pátios ferroviários e, além disso, junto à BR-060, o que oferece ainda a possibilidade de testes visando uma integração com o transporte rodoviário.
“Se a gente vai ter um impulso no setor ferroviário é necessário que também tenhamos um crescimento em termos de pesquisa ferroviária. Como estamos fazendo concessões ferroviárias, nós alocamos um recurso de desenvolvimento tecnológico em cada uma das concessões e a ideia é ter um local destinado à pesquisa”, explicou o ministro, que participou da cerimônia em Anápolis junto com o secretário nacional de Transportes Terrestres, Marcello Costa. O espaço será constituído através de recursos administrados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
EDUCAÇÃO – Na mesma rodovia, distante somente quatro quilômetros, está a Universidade Estadual de Goiás, que também prestará apoio ao projeto com a formação e capacitação técnica e científica de novos profissionais, assim como a universidade federal no estado, que também terá um campus no município. “Os investimentos na indústria vão voltar, a indústria ferroviária no Brasil vai renascer, vai florescer, e isso já está acontecendo”, disse Tarcísio.
Segundo o ministro da Infraestrutura, a pesquisa ferroviária que será realizada pelo CETF atrai o interesse da indústria, pois o local terá laboratórios, que ainda não existem no Brasil. Tarcísio viu de perto esse apetite de crescimento do setor, durante agenda em Minas Gerais, no início da semana . “Uma empresa que tinha 500 funcionários já está com mais de 1 mil, e que estava recebendo 30 encomendas por ano, já vai bater 110. É sinal que esse esforço ferroviário já está irradiando”, afirmou.
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CEFT será instalado no Centro de Convenções de Anápolis - Crédito: Vinícius Rosa/MInfra |
REEQUILÍBRIO – O modal ferroviário é fundamental para o reequilíbrio da matriz nacional de transportes, barateando os custos operacionais de produção e, assim, tornando o produto brasileiro mais competitivo no exterior. A meta do MInfra é fazer com que a participação na matriz, que hoje é de cerca de 15%, supere os 35% até 2035. Para alcançar essa meta, a pasta já garantiu mais de R$ 31 bilhões de investimentos contratados junto à iniciativa privada .
São obras na ferrovia Norte-Sul, na de Integração Oeste-Leste (Fiol) – que teve inclusive o primeiro trecho concedido à iniciativa privada, entre Ilhéus e Caetité – e, muito em breve, na de Integração do Centro-Oeste (Fico), que deve começar a ser construída a partir de agosto, desde Mara Rosa (GO), onde se conecta à Norte-Sul, em direção a Água Boa (MT). Soma-se ainda os esforços do MInfra para a implantação da Ferrogrão, que pretende transformar a realidade do agronegócio no Mato Grosso, facilitando o acesso e escoamento da safra de grãos através dos portos do Pará, no Arco Norte. E pode ser ainda maior com a aprovação do Marco Legal das Ferrovias, que aguarda deliberação no Senado.
INICIATIVAS –
Ainda no estado de Goiás, o MInfra promoveu recentemente duas importantes concessões com aportes robustos de investimentos ao longo dos próximos anos. No início de abril, durante a Infra Week,
o aeroporto de Goiânia liderou o Bloco Central de leilões aeroportuários, ao lado de outros cinco equipamentos. A Companhia de Participações em Concessões venceu a licitação e investirá R$ 1,8 bilhão nos terminais
.
No fim do mesmo mês, aconteceu o leilão da BR-153/080/414/GO/TO , entre Anápolis e Aliança do Tocantins (TO), com mais R$ 7,8 bilhões para obras de melhorias e ampliação de capacidade, com mais quase R$ 1 bilhão sendo garantido ao projeto relativo ao montante que seria utilizado como pagamento da concessão para a União.
Assessoria Especial de Comunicação
Ministério da Infraestrutura